Led Zeppelin: "Moby Dick", plágio? Será?
Por Ivan Da Luz
Fonte: Memórias do Rock
Postado em 02 de julho de 2019
Um dia contarei as histórias por trás das acusaçõs de plágios que a clássica banda inglesa sofreu em sua carreira. Sou fã do Led Zeppelin, mas essas histórias precisam ser contadas. São, no mínimo curiosas, mas evidenciam as influências da banda e também o quanto foram capazes de lapidar canções, transformando estas em pérolas eternas- ainda quem sem os devidos créditos.
Sobre o clássico instrumental "Moby Dick", há muito o que dizer!
Dizzy Gillsespie (1910-93) foi um famoso e influente trompetista de jazz, além de cantor, compositor e cantor de Orquestras e de Big Bands.
Ativista negro, nos anos 40 liderou um movimento de inserção da música latina no jazz americano. Nos anos 60, em meio aos conflitos no Vietnã, procurou chamar a atenção para os problemas sociais e de segregação nos EUA, se candidatando à presidência do país. Suas promessas incluíam promover oportunidades entre negros e brancos igualitariamente.
Dizzy anunciou que, se eleito, colocaria Miles Davis como chefe da CIA, Louis Armstrong como ministro da Agricultura, Duke Ellington como secretário-de-Estado e Malcolm X como procurador geral. Entre outras excentricidades, prometia também oficialmente trocar o nome da Casa Branca (White House) para Casa do Blues (Blues House).
Uma de suas músicas mais famosas é "Manteca", de 1947. Ouça e se surpreenda.
Bobby Parker (1937-2013) foi guitarrista, compositor e cantor de Blues e Blues Rock, sendo grande influência para a concepção dos primeiros álbuns do The Beatles.
Aliás, sua música mais famosa é "Watch Your Step", de 1961, que influenciou muito na composição das músicas "I Fel Fine"" e Day Tripper" do quarteto de Liverpool. Bobby dizia que merecia maior reconhecimento pelas composição da banda, embora se sentisse muito elogiado.
Não tomou providências judiciais, porque reconhecia que sua composição surgiu a partir da música de Dizzy Gillespie que citei há pouco.
John Bonham compôs a música "Moby Dick" para ser tocada em shows e as apresentações ao vivo podia chegar a mais de 20 minutos, com trechos em que ele tocava com as mãos sem baquetas.
Inicialmente o nome dela era "Pat’s Deligth", em homenagem à sua esposa, mas seu pequeno filho Jason Bonham adorava essa música e certa vez chegou para o pai e disse que aquela música de bateria era tão grande quando a baleia Moby Dick. A própria Pat, se divertindo com aquilo sugeriu a mudança de nome.
Foi Jimmy Page quem gravou a faixa, em diversas sessões. Ele via muitas vezes John executando tudo aquilo e gravava. Depois, ele mesmo montou a fita artesanalmente, deixando várias sobras que, mais tarde se tornou outro instrumental de bateria chamado "Bonzo’s Montreux", com adição de efeitos em estúdio.
Também foi Page quem compôs a introdução e o final, que gerou a discussão sobre plágio.
As gravações ocorreram na época de criação de "Moby Dick", mas "Bonzo's Montreal" só foi lançada em 1982, após o fim da banda. Quando John Bonham tocava "Moby Dick" ao vivo, às vezes incluía trechos de "Bonzo’s Montreaux" na apresentação. Porém, ela nunca havia sido lançada em disco até 1982.
A faixa teve um tratamento de Jimmy Page, que inseriu efeitos eletrônicos postumamente, ates de incluí-la no disco Coda. Para mim é a única faixa do álbum que relamente é boa.
As citadas I Feel Fine e Day Tripper, The Beatles:
Moby Dick ao vivo:
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Ivan Da Luz, com Jayro Teles, é criador do canal Memórias do Rock e editor da fanpage deste canal.
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