Byzantine: 15 anos no underground do Metal Norte-Americano
Por Guilherme Cardoso
Fonte: Tudo no Shuffle
Postado em 16 de maio de 2017
Byzantine é uma banda de West Virginia (EUA) formada em 2000. O grupo lançou três albums pela Prosthetic Records: "The Fundamental Component" (2004), "...And They Shall Take Up Serpents" (2005) e "Oblivion Beckons" (2008). Poucas semanas após o lançamento do último álbum, a banda encerrou suas atividades. Em 2010, a banda faz um breve retorno para tocar alguns shows em West Virginia e arredores. Somente em 2012, a banda anunciou seu retorno definitivo e, desde então, lançou dois álbums de forma independente financiados pelos fãs: "Byzantine" (2013) e "To Release is To Resolve" (2015).
Nesses quase 16 anos de existência, o grupo passou por algumas mudanças de formação. A mais estranha delas foi, provavelmente, a saída do baixista Skip Cromer alegando que se convertera ao Cristianismo e, por isso, tinha outra direção a seguir na vida. O único membro original é Chris "OJ" Ojeda, guitarrista, vocalista e principal compositor.
O novo álbum da banda, "The Cicada Tree", tem lançamento marcado para Junho próximo e sairá pela gigante Metal Blade Records, com quem a banda assinou um contrato de alcance mundial em 2016. Nada mal para um grupo com mais de 10 anos de estrada que nunca atingiu o sucesso de contemporâneos do New Wave of American Heavy Metal como LAMB OF GOD, SHADOWS FALL e ALL THAT REMAINS. Como o próprio OJ disse a época sobre o contrato com a Metal Blade: "nós sentimos como se fosse dada uma segunda chance ao Byzantine de causar uma primeira impressão".
Mesmo sendo comumente considerada como integrante do NWAHM, o quarteto americano consegue aliar técnica apuradíssima com influências que vão desde o thrash oitentista e death metal até metalcore e hardcore. O trabalho das guitarras do grupo rouba a cena com riffs descompassados ao melhor estilo MESHUGGAH e riffs cheios de groove ao melhor estilo PANTERA. No meio disso, há ainda os vocais de OJ que passam pelo gutural, pelos vocais limpos e pelos vocais rasgados. Para os que querem conhecer a banda, separamos uma música de cada disco.
"Stick Figures" - "The Fundamental Component"
O riff principal combina técnica com groove. Como um todo, essa música é uma boa amostra da diversidade sonora da banda.
"Jeremiad" - "...And They Shall Take Up Serpents"
Considerado o clássico da banda, tanto que ganhou até clipe e costuma fechar os shows do Byzantine. Destaque para a alternância de vocais, em especial os vocais limpos de OJ no refrão.
"Deep End of Nothing" - "Oblivion Beckons"
Muitas mudanças de andamento, riffs e solos. Inclusive, todos os membros da banda fazem um solo de guitarra nessa música.
"Signal Path" - "Byzantine"
Música que mais utiliza os vocais limpos de OJ. A letra é baseada no ataque cardíaco sofrido pelo guitarrista Tony Rohrbough. Em pouco mais de 5 minutos, "Signal Path" alterna passagens pesadas com um momento calmo quase psicodélico.
"Justinian Code" - "To Release is to Resolve"
"Justinian Code" mostra que a entrada dos novos membros, Sean Sydnor (baixo) e Brian Henderson (guitarra), não alterou o DNA do Byzantine. Com mais de 8 minutos (é a música mais longa da banda), há tempo para todos mostrarem muita técnica com seus instrumentos.
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