Judas Priest
 Por João Paulo Andrade
Por João Paulo Andrade
Postado em 06 de abril de 2006
Colaboraram: Rogério C. Peixoto e José Gomes
A banda Judas Priest pode ser considerada uma das precursoras do heavy metal moderno. Tratou-se da primeira banda a unir o peso e temática violenta criados pelo Black Sabbath à velocidade dos grupo como o Led Zeppelin. Foram também responsáveis pela adoção das roupas de couro com adereços de metal cromados entre os apreciadores de rock.
A banda foi formada em Birminghan, Inglaterra, em 1969, por Ken Downing (KK Downing, guitarrista), Ian Hill (baixista), Alan Atkins (vocalista) e John Ellis (baterista). O nome Judas Priest (baseado no nome de uma música de Bob Dylan, The Ballad Of Frankie Lee And Judas Priest) já havia sido usado por uma banda anterior de Atkins e Ellis, que logo sairiam da nova formação, dando lugar a Rob Halford (vocalista) e John Hinch (baterista) que haviam tocado na banda Hiroshima. Mais tarde se juntou à banda mais um guitarrista, Glenn Tipton (as guitarras dobradas seriam mais uma marca a ser imitada entre as bandas de heavy metal inglesas que se seguiram).
 
Durante anos, lançando discos por selos locais, a banda não conseguiu sair do underground (a sonoridade era realmente nova à época) mas conseguiu juntar uma legião de seguidores e outras bandas que copiavam seu estilo.
Após o primeiro álbum, Rocka Rolla, de 1974, o baterista John Hinch abandonou a banda e foi substituído por Alan Moore (que havia tocado algumas vezes com o Priest logo após a saída de Ellis). Em 1976 gravaram Sad Wings Of Destiny, cuja repercusão valeu à banda pela primeira vez um bom contrato com a gravadora CBS.
Com o álbum Sin After Sin de 1977 a banda apareceu pela primeira vez nas paradas inglesas. Com Stained Class de 1978 já eram considerados uma banda bastante influente e com o álbum Killing Machine de 1978 (lançado na américa com o nome Hell Bent For Leather) se tornaram capitães da grande New Wave Of British Heavy Metal, movimento que revelou praticamente todas as grandes bandas de metal clássico da Inglaterra, como Iron Maiden, Saxon, Venom, etc.
 
Dave Holland assumiu a bateria para o disco British Steel, que teve pela primeira vez grande repercussão mundial. O auge da carreira internacional da banda ocorreria com Screaming For Vengeance de 1982 e Defenders Of The Faith de 1984.
Ocorreu então o fato que iria marcar a carreira da banda desde então. A imprensa noticiou fartamente o suicídio de dois garotos fãs da banda. O caso foi explorado ao máximo e a banda apontada na medida do possível como bode espiatório e responsável pela morte dos garotos. Após anos de julgamentos e apelações felizmente ficou provado que o suicídio dos garotos teria sido resultado de problemas e violência doméstica. O fato porém marcou a imagem da banda definitivamente.
 
O álbum Turbo, lançado em 1986 tratou-se do mais polêmico da banda, que em busca de sonoridades mais atuais havia incorporado instrumentos eletrônicos. Apesar da imensa vendagem (movida pelos excelentes álbuns anteriores) o disco não foi bem aceito por crítica nem público. Turbo contava com composições que traziam bastante energia, melodias e refrões marcantes, bem como solos tecnicamente impecáveis e repletos de criatividade, além de conseguir incorporar avanços técnico-instrumentais oitentistas à sonoridade do Priest, mas soava prejudicado pela temática das letras e pela sonoridade muito comercial, incompatível com a história da banda.
O álbum posterior, Ram It Down, é acusado por muitos de ser um ponto ainda mais baixo na carreira do Judas, aprofundando radicalmente todos os aspectos negativos de seu antecessor, sem contar, entretanto, com as virtudes deste. A produção desceu a tal ponto que, até hoje, apesar das veementes negativas da banda, cogita-se que parte das baterias usadas na mixagem final seja eletrônica. As roupas, o laquê, a postura poser e a produção de palco da turnê estavam ainda mais exageradas.
 
A volta por cima seria dada em 1990 com o excepcional Painkiller, um disco moderno, rápido e violento, acima de tudo fiel ao estilo da banda. Com o novo baterista Scott Travis, a banda se apresentou no Brasil no Rock In Rio II.
Em 1992 porém Rob Halford abandonou a banda para montar o Fight (que a princípio deveria ser apenas um projeto paralelo). Após um longo período de indecisão em 1996 o Judas Priest anunciou que iria voltar com um novo vocalista e para o lugar de Halford foi escolhido Ripper Owens que havia tocado durante anos em uma banda cover do Judas Priest.
Desta tentaviva coberta de sucesso, sai Jugulator. Jugulator trazia uma banda totalmente diferente de tudo que já havia feito. Um álbum muito mais pesado mesclando heavy com thrash, mas sem descaracterizar o seu som. Diferente de Painkiller. Os solos não tão elaborados como seu antecessor, mas igualmente perfeitos para o que a banda se propôs a fazer. O vocal de Ripper Owens nas partes agudas pode ser facilmente comparado com Rob Halford. De uma capacidade incrível, o novo vocalista mostrava seu poderio vocal em faixas como Jugulator, Cathedrall Spires, Death Row e Burn in Hell. Vale destacar também o conteúdo mais forte das letras. Muitas críticas positivas e outras nem tanto. Alguns setores da imprensa acusaram a banda de ter "fugido completamente" de seu estilo clássico de fazer heavy metal, e outros consideravam-no um excelente disco.
 
Em 1998 sai 98’Live Meltdown. Um cd duplo ao vivo com o melhor do Judas Priest. Aclamado por toda a imprensa, este live traz músicas antigas e sucessos recentes, mas o que chama a atenção, é a versatilidade e profissionalismo com que Ripper Owens interpreta sucessos antes cantados por Rob Halford, além de suas próprias músicas.
Em 2001 sai Demolition. Seguindo as mudanças iniciadas em Jugulator, o Judas tende ao metal moderno (até por vezes alternative / new metal), sem olhar para trás. Demolition marca a consolidação de Ripper Owens como vocalista, e um estilo musical diferente. Novamente, gerou discórdias, com fãs radicais não o aprovando enquanto outros acreditam tratar-se de (mais um) excelente álbum.
 
Em 2003 começam boatos sobre a saída de Ripper e a volta de Halford ao Judas Priest. A ótima recepção do último álbum da banda Halford, uma volta ao metal mais tradicional, apontava para uma reunião que realmente se concretizaria. Fora do Judas, Ripper assumiu o posto de vocalista na banda Iced Earth.
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