Praying Mantis
Postado em 06 de abril de 2006
Por Felipe "Stratton" Matula
O Praying Mantis foi uma das melhores da NWOBHM (para quem ainda não sabe, foi o ressurgimento do heavy metal na Inglaterra, que aconteceu no inicio da década de 80). A banda é uma das poucas daquelas época que continuam na estrada hoje em dia, apesar de nunca ter tido o sucesso merecido.
O Praying Mantis, em algumas épocas, foi uma verdadeira "casa da sogra", ou seja, com muitos músicos tendo passado pela banda. Os fundadores da banda, entretanto, foram os irmãos Tino e Chris Troy (guitarra/vocal e baixo, respectivamente) juntamente com Pete Moore (guitarra), que se juntaram nos idos de 1976.
A banda, no começo, teve o nome de Junction, logo mudando para Mantis, vindo ser mudado finalmente para Praying Mantis, nome de uma das primeiras composições da banda. Em 1978, o grupo já era relativamente conhecida na Inglaterra, devido aos seus shows em pubs. Chegou a ter um inicio bastante parecido com o do Iron Maiden, pois começaram a tocar no clube Soundhouse, que é administrado pelo DJ Neal Kay, que gostara da banda, resultando no primeiro registro do Praying, uma demo-tape com 3 faixas que levou o nome de "Soundhouse tapes Part 2" (a parte 1, foi gravada pelo Iron Maiden).
O ano de 1980 foi muito bom para o Praying, que chegou a lançar 5 registros, entre singles e participações em coletâneas. Um fato bastante engraçado é que no "Soundhouse Tapes", os Troy foram creditados com seu sobrenome verdadeiro, que é Neophytou e não gostavam nem um pouco.
De qualquer modo, um single foi lançado, o nome oficial é Praying Mantis, mas é muito conhecido como Captured City. Este single tem apenas três músicas, todas hits da banda, elas são: Captured City, Lovers to the Grave e Johnny Cool. A "line-up" desde álbum foi Tino, Chris, Pete e o baterista Chris Hudson. Neste época, a banda tocou no Marquee Club. Este show existe hoje em dia apenas em bootleg. Mais tarde, Pete Moore sairia da banda, tendo como substituto Bob Angelo; o baterista oficial da banda ficou sendo Mick Ranson.
A banda também tocou bastante ao vivo, na tour "Metal for Muthas" e com shows junto com Iron Maiden e White Spirit (banda de Janick Gers).
Com Steve Carroll substituindo Bob Angelo, a banda gravou seu primeiro LP, que levou o nome de "Time Tell No Lies", álbum que abriu as portas para a banda, e trouxe os grandes hits da banda, onde a maioria das músicas contidas no álbum são tocadas até hoje nos shows. Algumas músicas são "Panic In The Streets", "Cheated" e "Children Of The Earth". O álbum contém músicas que já haviam sido lançada em singles. O baterista que toca nesse álbum é Dave Potts. Foi na divulgação deste que a banda tocou no Dutch Open Air, na Alemanha, junto com o Tygers Of Pang Tang.
A seguir foi gravado o álbum "A Question Of Time" que infelizmente não é um álbum conhecido. Em 1982, Steve Carroll saiu da banda, dando lugar a M.G.MacMillan e a banda tocou no Reading Festival, sendo uma das principais bandas.
Em 1983, aconteceu algo bastante engraçado no Praying: eles acrescentaram Clive Burr (ex-Iron Maiden) e simplesmente mudaram seu nome para Clive Burr’s Escape. Entretanto, a banda teve problemas de direitos autorais com o nome Escape e se transformou no Stratus. A formação a banda era Bernie Shaw (vocal), Tino, Chris, Alan Nelson (teclados) e Clive Burr (bateria).
O Stratus chegou a lançar o álbum "Throwing Shapes", que teve certo sucesso. Em 1987, com a saída de Clive, a banda voltou a seu antigo nome, com Dave Potts na bateria e Hugh Bestick na segunda guitarra. A banda já não saia em grandes tours e nem vendia tanto, tocando apenas em pubs, quando em 1990 a banda, em visita ao Japão, grava um álbum ao vivo. Não um álbum ao vivo normal, pois eis o que acontece: Tino, Chris e Bruce Bisland (bateria) aparecem e tocam "Panic In The Streets", aparecendo então Dennis Stratton (guitarra/vocal, ex-Iron Maiden, Lionheart) e canta e toca algumas músicas do Praying e do Lionheart. Logo depois, o show chega ao clímax quando vem ao palco o antológico Paul Di’Anno (vocal, ex-Iron Maiden, Killers, Battlezone) e canta algumas músicas do Maiden e do Praying. Esse álbum levou o nome de "Live At Last" e foi um grande sucesso de vendas, principalmente no Japão, onde a banda sempre manteve seu nome. Dennis, que havia gostado muito de tocar na banda, grava o álbum "Predator In Disguise" com participação de Gary Barden cantando algumas músicas. Já Paul sai para seu projeto solo. A banda também faz alguns shows no Japão com participação de Doug White (ex-Rainbow). Foram gravados videoclips para as músicas "This Time Girl", "Border Line" e "Can’t See The Angels".
Em 1993, é gravado o álbum "A Cry for the New World", com o vocalista Colin Peel. Saiu também o single "Only the Children Cry" apenas no Japão, com o vocalista Mark Thompson-Smith
O álbum "To The Power Of Ten" foi gravado em 1995, desta vez com vocal de Gary Barden. No mesmo ano a banda grava dois shows e lança o álbum ao vivo "Captured Alive In Tokyo City". Foi também gravado um vídeo para "Welcome To My Hollywood". Clive Burr chegou a voltar para a banda, tocando em alguns shows. Esta, provavelmente, foi a melhor formação do Praying, com Tino, Chris, Dennis Stratton, Gary Barden e Clive.
Em 1997, o vocalista ficou sendo Tony O’ Hara e Bruce Bisland voltou a banda. Eles gravaram algumas demos que se transformaram em um dos melhores álbuns do Praying: "Forever In Time", que só foi lançado em 1998. Dennis, Tino e Tony fizeram alguns shows acústicos para promover o álbum.
Em 1999, a banda lança o CD duplo Demorabilia, que contém alguns lados b de singles e demos de músicas da banda e do Escape.
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