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Iron Maiden: as opiniões do meio Rock/Metal sobre o álbum

Postado em 20 de agosto de 2010

Convidamos personalidades do meio Rock/Heavy Metal a comentar "The Final Frontier", novo álbum do Iron Maiden. Confira abaixo as opiniões publicadas até o momento; esta página será atualizada com novas opiniões durante os próximos dias. Se você for um músico ou profissional do meio, e quiser participar, entre em contato para saber como proceder.


Vitão Bonesso - Programa Backstage

Iron Maiden - Mais Novidades

Sempre existe uma grande expectativa em torno de um novo lançamento do Iron Maiden.

Primeiro, é divulgado uma prévia da capa, seguido do play list, com os nomes das faixas, datas para os lançamentos do primeiro single, até a liberação de uma das músicas. Tudo pra aguçar a curiosidade. Por fim, surgem as primeiras entrevistas, com o mesmo papo de sempre; "...é um álbum isso, um álbum aquilo, bla bla bla". É sempre a mesma coisa, afinal, imaginem Steve Harris, ou qualquer outro integrante da banda dizendo: "... olha ... esse disco está uma porcaria... estamos de saco cheio, etc. ..." Tudo isso faz parte, e toda a engrenagem que está por detrás do Iron Maiden, sabe como poucos, acelerar os batimentos cardíacos dos fãs.

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Ai, o disco é lançado. Se a primeira música (no caso de "The Final Frontier", "El Dorado"), não conseguiu provocar tanto alarde, o álbum pode guardar surpresas, agradáveis ou desagradáveis. Na verdade, os fãs (to dizendo os fãs, pois com os fanáticos não existem argumentos), esperam desde "Brave New World", um PUTA álbum do Iron Maiden. De lá pra cá, já se passou uma década, e a temperatura continua morna; As já manjadas introduções "lentinhas", com teclado e o baixo de Harris, um vocal calmo, aí as guitarras começam a despontar, até o ritmo acelerar, e lá se vão sete, oito, dez minutos.

Nas ultimas duas semanas ouvi "The Final Frontier" pelo menos umas cinqüenta vezes. São faixas longas em sua maioria, o que requer várias audições. Gostei de três, "Starblind", "The Talisman" e "Isle Of Avalon". As restantes, deixam bem claro que tudo continua a mesma, ou quase a mesma coisa, e como fã, continuo aguardando um PUTA álbum do Iron Maiden.

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Um bom trabalho, assim como "Brave New World", "Dance Of Death",e "A Matter Of Life And Death".


Tato Deluca - Banda Aclla

The Final Frontier tinha tudo para ser o melhor disco do Iron Maiden desde os anos 80! A criatividade da banda está a mil por hora e eles estão muito soltos, o que seria excelente nas mãos de um bom produtor. Aí é que está o problema! A produção é horrorosa! Não pelo fato do som estar ruim, mas pela falta de peso (que jamais seria esperada de uma banda com 3 guitarristas), pelos arranjos pouco trabalhados e pelas músicas equivocadamente longas! Resumindo: a culpa não é da banda e sim de Kevin Shirley, que é um PÉSSIMO produtor para o Iron Maiden. A cada álbum ele vem dando mais liberdade de composição para a banda, mas na hora de organizar as idéias para gerar os grandes Hits ele simplesmente deixa tudo como está!

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A introdução "Satellite 15" é fantástica, mas deveria ser uma música a parte. O produtor deveria incentivar a banda a aproveitar o clima tenso da introdução para fazer uma faixa 2 porrada de verdade, com peso e velocidade. "The Final Frontier" deveria ser a terceira música, pois não tem nada a ver com o clima da primeira. "El Dorado" por sua vez é medonha e totalmente dispensável, deveria ser cortada! Eles a usaram como música de trabalho apenas por ter a estrutura mais direta, mas as idéias são ruins! "Mother of Mercy" e "Coming Homing" são muito legais e ficariam ainda melhores se dessem seqüência à ordem aí em cima. Já "The Alchemist", só é rápida e tem refrão grudento - Seria uma música muito mais legal se em vez de 3 guitarras fazendo o tema, uma fizesse base para dar peso , se a ponte antes do refrão fosse melhor resolvida e se o arranjo da parte seguinte fosse menos limpinho e mais trabalhado. Uma pena! Depois disso vem o momento mais fabuloso do disco: a seqüência "Isle of Avalon", "Starblind" e "The Talisman", seria perfeito se o produtor fizesse a banda cortar 2 minutos de cada música e invertesse um pouco a estrutura para que não começassem todas da mesma maneira! "The Man Who Would be King" não cheira nem fede, mas a última música "When the Wild Wind Blows" realmente tem uma melodia muito legal, muito mesmo, mas também ficaria melhor com alguns minutos a menos!

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Resumindo, a banda é genial, o disco tem momentos maravilhosos de arrancar lágrimas daqueles que tiverem paciência de ouvir até o fim. Novamente Kevin "Caveman" Shirley mostrou ter a inteligência musical de um Neandertal e quase estragou tudo... assim como se livrar de Bob Rock fez bem para o Metallica... está na hora do Iron Maiden trocar de produtor!


Caio Duarte - Banda Dynahead

Com quase 40 anos de carreira, o Maiden continua produzindo ótimos discos e fazendo tours com uma regularidade inacreditável. Difícil pensar em outra banda que tenha esse pique e eficiência depois de tantos anos. No entanto, fica uma impressão de que isso se mantém mais como uma forma de reciclar o status e pagar as contas do que pela música, afinal o Iron Maiden se tornou algo mais parecido com uma instituição do que uma simples banda.

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Mas, pela primeira vez em um bom tempo, tive um gostinho de uma banda interessada e querendo explorar, romper um pouco com as "regrinhas" criadas e reforçadas por si mesma ao longo dos anos junto aos seus fãs...

É um disco que dá para ouvir e viajar, sem aquela velha impressão de "mais do mesmo".

Assim como todos os discos mais recentes do Maiden, algumas pessoas irão adorar, outras odiar, muitas sem saber bem o por quê em ambos os casos... Mas é revigorante ouvir esses 'senhores' fazendo um disco motivado, longo, difícil e até - quem diria! - experimental. Além do pique, fica também um gostinho de integridade.


André de Sá - Banda Argos

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Em meio à audição do "The Final Frontier" me dei conta de que realmente estava diante de uma grande obra e esta seria pra mim, se a compararmos às outras épocas, uma experiência parecida com ouvir os discos "Powerslave", "Piece of Mind", "Somewhere in Time" ou "Seventh Son of Seventh Son" pela primeira vez.

O novo álbum traz muitos momentos de empolgação, energia, felling, equilíbrio e também uma sensação de estarmos ouvindo algo realmente verdadeiro. Apesar das introduções lentas e reflexivas certamente será interessante ver e ouvir este trabalho ao vivo.


Alexandre Grunheidt - Banda Ancesttral

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Pela primeira vez desde "Brave New World" resolvi ouvir um novo trabalho do Iron Maiden de mente e coração abertos, pois os últimos dois albuns consegui ouvir apenas uma vez para nunca mais. Na minha opinião o novo trabalho é melhor que os dois últimos registros, mas ainda mais fraco que "Brave New World".

A introdução/1ª música "Satellite 15.....The final frontier" me soou como um catado de riffs e climas que não levam o ouvinte a lugar nenhum. O 1º single "El Dorado" é uma boa música, mas com partes desnecessárias. Ela tinha tudo para estar no Piece of Mind, não fosse o refrão medonho.

"Mother of Mercy" foi a música que mais me chamou a atenção. Me lembrou muito dos últimos trabalhos solo do Bruce, que são infinitamente melhores do que as últimas coisas que ele fez no Iron Maiden. É a primeira vez no disco que ouvimos o trabalho das 3 guitarras e, principalmente, a contribuição do Adrian Smith no que diz respeito a afinação "dropada" que ele trouxe para o Iron Maiden. Imagino como essa música soaria, fosse o produtor o Roy Z e não o Kevin Shirley.

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publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Gustavo Godoi Alves | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

O que se ouve no decorrer do disco é aquele Iron Maiden de sempre, sem novidade. Sem ser um lixo, mas também sem a genialidade do passado. A impressão que eu tenho é que o Iron Maiden já atingiu o seu ápice e os próximos discos serão apenas um bom motivo para saírem em turnê, apresentarem um novo Eddie, um novo palco, um novo DVD ao vivo e que não será diferente do que tem sido desde a volta da dupla Dickinson/Smith.

Mas fica a pergunta: Será que as pessoas querem que o Iron Maiden mude?


Nanji - Editor do site Doutor Rock e Guitarrista da Paul Dianno Brazil Tour 2007

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O efeito IRON MAIDEN sobre nós é uma coisa incrível. Amamos tanto essa instituição do Metal, que chega a ser engraçado escutarmos um novo álbum repetidas vezes até conseguirmos dizer que gostamos!

Mas no final das contas, o álbum é bom ou ruim?

O álbum é bom. Mas pra mim fica essa sensação de que algo não está certo. O que eu sei com certeza é que do 1º disco até o SEVENTH SON OF A SEVENTH SON, o IRON MAIDEN criou um som novo e viciante e esses álbums eu vou escutar até morrer. Os outros não...


Leko Soares - Banda Lothlöryen

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Após quase um mês de audições do novo álbum, finalmente posso manifestar minha opinião de forma mais equilibrada sem cair nas armadilhas do imediatismo tão comum nos dias de hoje .

Muito tem se falado sobre o fato de o Maiden não ser mais uma banda capaz de produzir hits como no passado, porém, creio que o equívoco em relação a esse tipo de análise é que não dá mais pra ficar comparando o Maiden atual com o dos anos 80, visto que o processo de composição de um álbum envolve não somente técnica e conhecimento musical, mas principalmente o feeling em relação ao momento e contexto vivido pela banda na hora de compor algo novo.

Acredito que o TFF é uma continuação natural do que a banda começou no "A Matter", porém, com uma dose extra de surpresas e uma evolução latente nas estruturas.

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Se as músicas estão enormes? Sim, porém, não soam enjoativas (na maior parte do tempo) e as mudanças de compassos e intenções musicais não me parecem tão forçadas quanto no álbum anterior.

O Maiden soa íntegro, renovado e passando a impressão de ainda ter muita lenha pra queimar nos próximos anos e no fim das contas, isso é o que importa pra qualquer fã que espera algo real de uma banda que já não precisa provar mais nada pra ninguém.


Walter Campos - Banda Still Alive

O Maiden é uma banda com qualidades marcantes e bem peculiares em termos de sonoridade. E ao mesmo tempo que foram mantendo suas caracteristicas musicais a banda sempre inovou ou mudou de disco para disco.

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Esta inovação ou evolução por assim dizer é algo que sempre pegou seus fãs de surpresa e sempre foi alvo de críticas do seu público mais ortodoxo. E the Final Frontier não é diferente.

A evolução e a maturidade musical de seus membros está muito evidente com canções que beiram o hard rock até canções progressivas que precisam de mais tempo para serem digeridas. Simplicidade, complexidade, riqueza de melodias, tudo pode ser encontrado. Deve-se ouvir cada música com bastante atenção e viajar em sua sonoridade. Enquanto os refrões marcantes e emocionantes de "Coming Homing" e "The Alchemist" conquistam de primeira os ouvidos, músicas como "Isle of Avalon", "Starblind" e "The Talisman" aparecem com riquezas de detalhe e complexidade que apesar de serem muito boas requerem uma audição mais atenciosa. Sem contar com a musica homônima do CD, por ser mais simples e direta, e "El dorado", música de trabalho que chegou a assustar um pouco os fãs por soar um pouco "estranha", também merecem um certo destaque.

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Um ótimo CD que na minha opinião é melhor que o seu antecessor e requer uma certa dose de cuidado se você for ouvir esperando o Iron de sempre. Não espere o óbvio e sim um time de músicos para lá de excelentes e que apesar da idade ja avançada ainda tem muito a acrescentar para o Metal.

Foto da chamada: Makila Crowley

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