Exodus: um soco no estômago em formato de show
Resenha - Exodus (Carioca Club, São Paulo, 04/12/2022)
Por Diego Camara
Postado em 07 de dezembro de 2022
As vezes o simples é o que traz os melhores resultados. Acho que esta frase pode resumir muito bem o que ocorreu na noite do último domingo no Carioca Club. E digo isso com um grande elogio: em uma época em que as pessoas estão as vezes buscando o som extravagante ou uma banda nova, o ouro pode estar escondido no bom e velho. O Exodus é a fórmula que funciona, que dá certo: e ontem, meus amigos, deu ainda mais que certo: esta foi sem dúvidas a melhor apresentação do Exodus no Brasil. Confira abaixo os principais detalhes do show, com as imagens de Fernando Yokota.
O sucesso do show começou inclusive antes do Exodus subir ao palco. Escolher o Torture Squad para abrir o show não foi só um mero detalhe na construção do espetáculo da noite, mas um ponto extremamente importante. Há sempre muita reclamação quanto as bandas de abertura, seja as vezes pela qualidade do som da apresentação, seja pelo fato de que a banda não se comunidade bem com o público do show principal. Não foi este o caso.

O Torture Squad subiu ao palco às 19h para uma apresentação de 40 minutos. Mas que 40 minutos foram estes! A banda subiu ao palco como se fosse o show principal da noite, e encantou o público com muita potência e brutalidade. A força das guitarras, a rapidez da bateria, estava tudo ali, com os vocais de Mayara Puertas como a cereja do bolo. Todo grande show devia contar com uma apresentação de abertura neste nível, que dignifica ainda mais o show principal.

Com uma apresentação de abertura como essa, o Exodus pegou um público extremamente motivado quando subiu ao palco as exatas 20h10, conforme a programação oficial da Liberation MC. E que apresentação impressionante foi esta! Do primeiro ao último minuto o que tivemos foi uma surra de heavy metal, digna dos melhores shows que já passaram pelo Brasil.

O Exodus entregou, e o público respondeu. O moshpit surgiu desde a primeira música, acompanhando o ritmo incessante da bateria da banda e das guitarras de Gary Holt. A bandeira do Brasil com o logo da banda, estendida pelo vocalista Steve Souza para todos os fãs acendeu ainda mais o ânimo do público.

Dos destaques do show, a banda já lançou logo no comecinho "Blood In, Blood Out". O público cantou com vontade o refrão da música, gritando a plenos pulmões acompanhando o som da banda. A qualidade do som, que já havia sido incrível desde o começo da apresentação do Torture Squad, não deveu novamente em nada: cada instrumento soava incrível, e o som altíssimo confrontava com a animação do público.

Foi o bastante para Steve Souza dizer para os fãs brasileiros que eles nunca desapontam. O vocalista elogiou o ânimo do público, dizendo o quanto a banda está sempre contente em vir ao Brasil e que todos os shows aqui são insanos. Muitas vezes essas frases parecem local marcado para as bandas, mas no caso do Exodus foi difícil não ver a sinceridade: a banda estava realmente muito contente em se apresentar no Brasil novamente.

Daí para a frente a coisa só foi ficando mais feia. O coro puxado por Souza na música "Body Harvest" foi uma grande apresentação de pulmão pelo público e um grande controle de palco do vocalista.

O show ficou ainda melhor no final da sequência principal, com "Deathamphetamine", "Blacklist" e "Piranha". A banda puxou a velocidade até o limite, jogando o humor do público lá no alto. O publico cantou e bateu cabeça com muita vontade, o moshpit ainda mais violento, com alguns fãs mais insanos se lançando sobre o resto do público.

A quebra do setlist da banda em dois bis não pareceu, porém, uma tática interessante. O retorno para o primeiro bis deu uma pequena quebra no humor do público, que não acompanhou as músicas anteriores com "Prescribing Horror".

Felizmente isso foi superado rapidamente, com os fãs pegando novamente o ritmo com "Bonded By Blood", outra das favoritas dos fãs. Cantando desde o início da música, até mesmo fora do refrão, o público foi incendiado por uma performance totalmente alucinante e uma das melhores da noite.

O trecho de "Raining Blood", do Slayer, tocado por Gary Holt ainda acendeu mais o público antes da apresentação de "The Toxic Waltz", outra das excelentes apresentações da noite. Melhor que esta, só a que veio em seguida, quando o público foi convidado a abrir o centro da pista ao comando de Steve Souza, fazendo os fãs se apertarem nas laterais da casa antes da pancadaria comer solta.

Fechando o show, quando uma parte do público ameaçava já deixar a casa antes da hora, o Exodus voltou para mais duas músicas. Nesse momento acho que toda música tocada seria uma favorita do público: tão loucos estavam todos os fãs com o fim do show.

A apresentação não foi apenas épica como memorável, um dos melhores shows que vi nos últimos anos e a melhor apresentação do Exodus que assisti. O excelente trabalho da produtora Liberation MC realmente deu ótimos frutos. Que venham mais shows como este!

Setlist:
The Beatings Will Continue (Until Morale Improves)
A Lesson in Violence
Blood In, Blood Out
And Then There Were None
Body Harvest
The Years of Death and Dying
Deathamphetamine
Blacklist
Piranha
Bis 1:
Prescribing Horror
Bonded by Blood
The Toxic Waltz
Strike of the Beast
Bis 2:
War Is My Shepherd
Metal Command
Exodus











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Torture Squad













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