Resenha - Maroon 5 (Estacionamento da FIERGS, Porto Alegre, 06/04/2022)
Por Guilherme Dias
Postado em 25 de abril de 2022
O Maroon 5 voltou para Porto Alegre depois de 6 anos. O local da apresentação foi o mesmo da visita anterior, o Estacionamento do Centro de Eventos da FIERGS, localizado na zona norte da cidade. Foi o primeiro evento internacional de grande público desde o retorno dos shows na capital, cerca de 18 mil pessoas estiveram presentes. A banda estava na América Latina logo no início da pandemia do Covid-19, em março de 2020. Um concerto foi cancelado em Buenos Aires naquela ocasião. Situação que não se repetiu dessa vez, com a diminuição considerável de casos da doença no continente.
A abertura foi realizada pelo Zaka, que tem em sua formação Zaka Kappel (vocal), Lucas Varisco (guitarra), Lucas Goulart (guitarra), Bernardo Waschburger (teclado), Gustavo Vargas (baixo) e Nando Pellegrini (bateria). A atuação foi segura e direta. A recepção do público foi muito boa desde as autorais "Up Above" (a primeira da noite), "Para de Fingir", "B With U" (último single lançado) até os covers de "Blinding Lights" (em uma versão bem rock and roll em comparação com a original de The Weeknd), "What You Know" do Two Door Cinema Club e "Cedo ou Tarde" do NX Zero, onde a plateia estava nas mãos da banda, com uma ótima interação. O grupo cumpriu muito bem com o seu objetivo, esbanjando muita animação e energia positiva.
Os californianos subiram ao palco por volta das 21 horas e 45 minutos. O líder Adam Levine (vocal e guitarra) foi o primeiro, acompanhado de James Valentine (guitarra), Sam Farrar (baixo), Matt Flynn (bateria), PJ Morton (teclado) e Jesse Carmichael (teclado/ guitarra).
O início não poderia ser mais arrasador, as primeiras foram "Moves Like Jagger" e "This Love", que além de ser clássico absoluto (lançada no disco "Songs About Jane" de 2002), ainda teve um final flertando com o rock and roll e um solo de guitarra espetacular realizado por Adam, que desfilou pela imensa passarela no centro do palco. O primeiro momento ainda teve uma versão reduzida de "Stereo Hearts" (canção de uma parceria de Adam com o Gym Class Heroes), "One More Night" e "Animals".
Apenas depois de vários hits como "Makes Me Wonder", "Maps" e "Harder to Breath", vieram as primeiras palavras de Adam para a plateia, dizendo: "Boa noite, vocês estão bem? Eu não sei falar português, peço desculpas", proporcionando risadas e sorrisos por parte do público. Adam, James e Jesse foram até o final da passarela, sentaram em bancos e apresentaram uma versão acústica de "Payphone", antes disso Adam disse que gostaria de compartilhar um segredo que já havia contado no dia anterior, em São Paulo, o "segredo" era que o público brasileiro era o melhor de todos, como se ele não dissesse o mesmo em todos os países, mas deu certo, os fãs demonstraram bastante alegria com o elogio.
O final da apresentação contou com "Cold" e "Girls Like You" do penúltimo álbum, chamado "Red Pill Blues" de 2017 e outro clássico dos anos 2000’s, a radiofônica "Sunday Morning". Após uma pequena pausa, os norte-americanos voltaram para o bis com "Love Somebody", a jovem balada "Memories" (presente no álbum "Jordi", lançado no ano passado) e uma velha balada, chamada "She Will Be Loved", com direito a Adam e James na ponta da passarela mais uma vez e um agradecimento imenso por parte de Adam, dizendo que eles estão na ativa há 20 anos e possuem fãs de diversas gerações, deixando-os muito encantados, reforçando que amam muito o seu público, e agradeço bastante a presença de todos. A saideira ficou por conta do hit "Sugar", do álbum "V" de 2014.
O desempenho de todos os músicos foi espetacular do início ao fim. Adam teve o público nas mãos em todos os momentos, assim como James, que interagiu bastante, trocando olhares com os fãs mais próximos. A qualidade áudio visual foi impecável, como merecia o espetáculo. O Maroon 5 se despediu com muita energia, sendo muito possível um retorno breve para o país.
Fotos por: Dudu Leal
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Dave Grohl elege o maior compositor de "nossa geração"; "ele foi abençoado com um dom"
Rush confirma primeiros shows da turnê de reunião na América Latina
O melhor disco do Kiss, de acordo com a Classic Rock
Após fim do Black Sabbath, Tony Iommi volta aos palcos e ganha homenagem de Brian May
PETA pede que Robert Plant mude de nome para promover causa animal
Os dois maiores discos do rock nacional, de acordo com Sérgio Britto, do Titãs
Guns N' Roses explica por que Axl Rose deu chilique em show na Argentina
O indicativo de que Foo Fighters e Queens of the Stone Age podem vir ao próximo Rock in Rio
Iron Maiden anuncia turnê norte-americana com Megadeth e Anthrax
Novo disco do Soulfly tem música dedicada a falecido ícone do metal extremo
O álbum do Pink Floyd que David Gilmour acabou detestando por causa do Roger Waters
All Metal Stars BR: Priester, Ardanuy e Bianchi anunciam turnê em homenagem a Andre Matos
The Cult anuncia pausa na carreira por tempo indeterminado
Baterista Mikkey Dee (Scorpions, Motörhead) fará turnê tocando Kiss com orquestra
O choque de Geezer Butler ao ver Ozzy nos ensaios; "não sabia o quanto ele estava doente"

Exodus - sempre uma das melhores experiências do ano
Behemoth e Deicide - um espetáculo inigualável do metal extremo
Anette Olzon apresentou no Brasil músicas dos álbuns "Dark Passion Play" e "Imaginaerum"
Imminence - público apaixonado enche a casa numa quinta-feira
Rock, Memória e Emoção - Nenhum de Nós Encanta Jumirim/SP
Ultraje a Rigor Invade Cerquilho e Reafirma o Poder do Rock Nacional
Deicide e Kataklysm: invocando o próprio Satã no meio da pista


