John Mayer: que presente para a plateia do Rio de Janeiro!
Resenha - John Mayer (Jeunesse Arena, Rio de Janeiro, 27/10/2017)
Por Gabriel von Borell
Postado em 30 de outubro de 2017
Depois de passar por São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, John Mayer encerrou sua turnê pelo Brasil na última sexta-feira (27) ao se apresentar na Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, para um devotado e barulhento público, composto predominantemente por pessoas acima de 30 anos.
A abertura do show ficou por conta da dupla mexicana Rodrigo y Gabriela, que subiu ao palco pouco depois do relógio marcar 21h. Eles animaram os fãs por cerca de uma hora com sua competente performance no violão. Apesar das canções não serem cantadas, a plateia reagiu positivamente à apresentação, principalmente durante o cover de "Killing in the Name", do Rage Against the Machine".
Com a Arena já cheia, as luzes se apagaram às 22h38, para delírio dos fãs. O telão mostrava legendas iguais as que vemos em créditos de filmes e as imagens indicavam que o grande astro da noite surgiria em breve. E quando ele finalmente apareceu, com seus óculos vermelhos e roupa folgada, o público urrou.
No palco, acompanhavam Mayer o baixista Pino Palladino e o baterista Steve Jordan, que formam com ele o cultuado John Mayer Trio, além de dois guitarristas, um tecladista e dois backing vocals. Para abrir a apresentação, o cantor, de recém-completados 40 anos, escolheu "Helpless", de seu mais recente álbum, "The Search for Everything", lançado neste ano e que dá nome à tour.
Em seguida, Mayer tocou a empolgante "Why Georgia", fazendo os fãs explodirem. No meio da execução da faixa do disco de estreia "Room for Squares" (2001), ainda teve um trechinho de "No Such Thing", do mesmo trabalho de estúdio. Após o hit "Love on the Weekend", o cantor agradeceu a reação empolgada da plateia com um "obrigado". "Eu nem preciso perguntar se vocês estão se divertindo. Para mim está claro", comentou, causando alvoroço nos fãs. Na sequência, vieram mais duas canções do atual CD do músico de Connecticut: "Rosie" e "Moving on and Getting Over".
Após a etapa inicial do show, Mayer parou para falar com os fãs mais uma vez. "Não acontece toda noite ou em todo show isso que estou sentindo hoje. Canções são apenas canções. São melodias, acordes e letras, mas elas somente ganham sentido verdadeiro quando você recebe essa energia de volta", disse o cantor, visivelmente impressionado. "Vocês estão fazendo cada verso, cada nota que eu canto, parecer a escolha certa para cada uma dessas músicas. Eu não poderia agradecer mais", completou o artista. A plateia, lógico, respondeu ao discurso entusiasmado de seu ídolo com muitos gritos e aplausos.
O show então continuou com o set acústico, aberto com a popular "Daughters", do disco "Heavier Things", de 2003. Mais tarde, se a presença de "Love is a Verb", do álbum "Born and Raised" (2012), no repertório foi uma surpresa para os fãs, a entrada da bela "Split Screen Sadness" no setlist deixou todos boquiabertos e enlouquecidos. A faixa não era executada em turnê desde, pasmem, 2007. Sorte dos cariocas.
Mayer continuou sozinho no palco em "In Your Atmosphere" e em seguida Palladino e Jordan retornaram ao palco para o set dedicado ao John Mayer Trio. Com muitas jams hipnotizantes, eles apresentaram o cover de Robert Johnson, "Cross Road Blues", a suingada "Vultures", do CD "Continuum" (2006), e a versão de "Wait Until Tomorrow", da The Jimmy Hendrix Experience". Ao final do set arrasador, o trio foi reverenciado pelo público.
Novamente com a banda completa, Mayer deu sequência ao show com um set apenas com faixas do "Continuum": "Belief", "I Don't Trust Myself (With Loving You)", "Slow Dancing in a Burning Room", "Stop This Train" e "Waiting on the World to Change", fechando a apresentação com a energia lá em cima. Após algumas dezenas de segundos de apreensão dos fãs, Mayer e cia voltaram ao palco para o bis. A comovente "In the Blood" abriu caminho para a catártica "Gravity", que encerrou o show, às 00h37.
Depois de duas horas de apresentação, Mayer ainda ficou um tempo ali no palco, contemplando aquele momento mágico. Para o público, não bastasse testemunhar o talento de um dos maiores guitarristas da geração atual, John Mayer entregou, definitivamente, o melhor repertório da turnê. Que presente para a plateia do Rio de Janeiro.
Setlist:
1. "Helpless"
2. "Why Georgia"/"No Such Thing"
3. "Love On The Weekend"
4. "Rosie"
5. "Moving On and Getting Over"
6. "Daughters"
7. "Love Is a Verb"
8. "Split Screen Sadness"
9. "In Your Atmosphere"
10. "Cross Road Blues (cover de Robert Johnson)
11. "Vultures"
12. Wait Until Tomorrow (cover de The Jimi Hendrix Experience)
13. "Belief"
14. "I Don't Trust Myself (With Loving You)"
15. "Slow Dancing In A Burning Room"
16. Stop This Train
17. "Waiting On The World To Change"
Bis:
18. "In the Blood"
19. "Gravity"
Comente: Esteve no show? Como foi?
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O álbum clássico do Iron Maiden inspirado em morte de médium britânica
A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Andi Deris garante que a formação atual é a definitiva do Helloween
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
A canção emocionante do Alice in Chains que Jerry Cantrell ainda tem dificuldade de ouvir
O rockstar que Brian May sempre quis conhecer, mas não deu tempo: "alma parecida com a minha"
A banda que superou Led Zeppelin e mostrou que eles não eram tão grandes assim
O melhor álbum do Led Zeppelin segundo Dave Grohl (e talvez só ele pense assim)
A banda de rock favorita do Regis Tadeu; "não tem nenhuma música ruim"
Steve Harris reconhece qualidades do primeiro álbum do Iron Maiden
O álbum do Led que realizou um sonho de Jimmy Page; "som pesado, mas ao mesmo tempo contido"
A canção que Sandy & Junior recusaram e acabou virando hino do rock nacional nos anos 2000
Metal: A escola de marketing que ninguém te contou
Loudwire elege os 11 melhores álbuns de thrash metal de 2025
O clássico álbum de hard rock que mudou a vida de João Gordo, do Ratos de Porão
Pink Floyd "não é uma banda de rock", segundo um de seus músicos
Eric Clapton admite que não tem coragem de ser como Roger Waters

Nem Jimi Hendrix, nem Eric Clapton existiriam sem esse guitarrista, afirma John Mayer
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente



