Paul Gilbert: Guitarrista fez um puta show recheado de hits
Resenha - Paul Gilbert (Carioca Club, São Paulo, 31/01/2017)
Por Nelson de Souza Lima
Postado em 02 de fevereiro de 2017
Gostaria de usar um monte de palavras impróprias para definir a apresentação de Paul Gilbert no Carioca Club. Mas como este é um site de família (risos), o mínimo que dá pra dizer é que o americano fez um puta show. Depois de tocar em Brasília e Belo Horizonte Gilbert encerrou a passagem por nosso país na capital paulista. Assim que cheguei ao Carioca por volta das 19h30 uma fila com aproximadamente 80 pessoas já havia se formado. Motociclistas, roqueiros e suas camisetas pretas, jovens e tiozões aguardavam a abertura da casa. Antes de entrar, claro, um sanduba pra forrar o estômago.
Às 20 horas liberaram as portas e me dirigi à assessora de imprensa que liberou de boa. Entrei e fiquei no aguardo do mano Fernando Yokota que mais uma vez mandou bem nas imagens. Confiram ai.
O Carioca não é uma casa grande. É bem menor que o Tropical que ultimamente também tem recebido shows de rock e metal. Mesmo assim é um espaço bacana pra ver espetáculos. Dei um look no palco no qual um roadie com jeitão de caminhoneiro ajeitava os instrumentos. Uma guitarra acoplada a um pedestal já indicava que Gilbert iria usá-la e demonstrar sua técnica apurada. Quem conhece o trabalho do cara sabe que ele está entre os mais rápidos guitarristas do planeta.
Dando um rolê pela casa fui conferir a lojinha com camisetas a preços nada módicos. Uma camiseta a R$ 80,00 não dá, né? Claro que não faltaram as indefectíveis selfies. Todos querendo registrar o momento. Só queria saber por que o DJ tocou tantas músicas do Guns N' Roses? O cara rolou o Appetite For Destruction praticamente inteiro. Nada contra o Guns, mas não teve Led, Judas ou Iron. Mas tudo bem. O negócio era esperar por Paul Gilbert. Troquei ideia com dois caras que levantaram a questão de que a banda tinha exigido uma bateria especial para o show. Polêmicas à parte, o tempo voou e exatamente às 22h04 o grupo entrou. Gilbert de guitarra já em punho, acompanhado do baixista Pete Griffin e do batera Thomas Lang. Tanto Griffin quanto Lang são monstros em seus instrumentos. O baixista já dividiu o palco com Steve Vai, Geoge Duke, Stanley Clark, entre outros. Por sua vez, o baterista tocou com Glen Hughes, Tina Turner, Robbie Willians e outros.


Após saudar o público Gilbert e companhia deram início a uma apresentação inesquecível. A primeira parte do show é um medley no qual o trio desfilou uma série de hits em versão instrumental. O vocal ficou a cargo do público, que entre outras, cantou músicas do Mr. Big. Gilbert utilizou quatro guitarras e a cada troca de instrumento evidenciava o quanto é um músico completo. O cara manda bem nos solos, riffs, dedilhados, tapping, acordes, além de usar uma furadeira portátil que dá um efeito especial na guitarra. Tudo de forma bem dosada sem firulas. Cabe ressaltar que a plateia não empolgava tanto. Aliás a casa não lotou. O público foi bem decepcionante para uma apresentação de uma banda tão talentosa. Talvez o fato de ter sido numa terça-feira não tenha ajudado.
Depois do medley o simpático Gilbert passou a trocar ideia com o público e sempre que ia começar uma música falava um pouco dela dando detalhes de acordes e riffs.
Ai foi uma avalanche de sonzeiras dos discos solos, principalmente do mais recente "I Can Destroy". Deste álbum os caras mandaram "Everybody Use Your Goddamn Turn Signal', "I Can Destroy", "Woman Stop" e "Blues Just Saving My Life". Do Racer-X, outra ex-banda de Gilbert, detonaram "Techincal Difficulties". Uma saraivada de sons sem falhas ou brechas nas músicas. Griffin e Lang fizeram solos competentes. O batera, além de extremamente técnico, ainda brinca com as baquetas jogando-as pra cima para pegar em seguida. Monstro das baquetas.


Após tocarem "Adventure and Trouble", faixa também de "I Can Destroy", Paul Gilbert pergunta ao público se ainda queriam mais o que foi devidamente correspondido. O que os caras mandaram? "Little Wing", de Jimi Hendrix. Um cover competente homenageando o maior guitarrista da história.
E para encerrar em alto nível a poderosa "SVT", do disco "Space Ship One".


Exatamente a 0h04 minutos, duas horas depois de começar o trio encerrou o show. Saudados pelo público jogaram palhetas pra galera e deixaram o palco.
Mais uma noite pra história do rock em São Paulo.
SET LIST
MASSIVE MEDLEY
ONE WOMAN TOO MANY
EVERYBODY USE YOUR GODDAMN TURN SIGNAL
BLUES JUST SAVING MY LIFE
ENEMIES (IN JAIL)
I CAN DESTROY
WOMAN STOP
BETTEH CHORDS
DRUM SOLO
TECHNICAL DIFFICULTIES – RACER-X SONG
I AM NOT THE ONE (WHO WANTS TO BE WITH YOU)
ADVENTURE AND TROUBLE
LITTLE WING – THE JIMI HENDRIX EXPERIENCE SONG
SVT




Rogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro tecladista estrela do rock nacional: "A Gloria Pires ficou encantada"
O álbum "esquecido" do Iron Maiden nascido de um período sombrio de Steve Harris
Axl Rose ouviu pedido de faixa "esquecida" no show de Floripa e contou história no microfone
A melhor música dos Beatles, segundo o Ultimate Classic Rock
A banda desconhecida que influenciou o metal moderno e só lançou dois discos
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
Guns N' Roses homenageia seleção brasileira de 1970 em cartaz do show de São Paulo
Nicko McBrain revela se vai tocar bateria no próximo álbum do Iron Maiden
Festival Sonic Temple anuncia 140 shows em 5 palcos para 2026
Regis Tadeu toma partido na briga entre Iron Maiden e Lobão: "Cafona para muitos"
O convite era só para Slash e Duff, mas virou uma homenagem do Guns N' Roses ao Sabbath e Ozzy
A reação de Ozzy Osbourne ao cover de "War Pigs" gravado pelo Judas Priest, segundo Rob Halford
Bryan Adams fará shows no Brasil em março de 2026; confira datas, locais e preços
Os tipos de canções do Guns N' Roses que Axl afirma terem sido as "mais difíceis" de compor
Humberto Gessinger e o verdadeiro motivo que impede um retorno do Engenheiros do Hawaii
A música dos anos 90 que passou 2 bilhões no Spotify, mas é odiada por cantor que a gravou
Dimebag Darrell: namorada fala sobre a vida e a morte do músico


Exodus - sempre uma das melhores experiências do ano
Behemoth e Deicide - um espetáculo inigualável do metal extremo
Anette Olzon apresentou no Brasil músicas dos álbuns "Dark Passion Play" e "Imaginaerum"
Imminence - público apaixonado enche a casa numa quinta-feira
Rock, Memória e Emoção - Nenhum de Nós Encanta Jumirim/SP
Ultraje a Rigor Invade Cerquilho e Reafirma o Poder do Rock Nacional
Deicide e Kataklysm: invocando o próprio Satã no meio da pista


