Machine Head: Mais de 2 horas de show levaram público a loucura
Resenha - Machine Head (Vila Marquês, São Paulo, 07/06/2015)
Por Diego Camara
Postado em 09 de junho de 2015
Uma noite um pouco conturbada, com muitos atrasos e espera, marcaram a passagem do Machine Head em seu show em São Paulo, único em terras brasileiras. Com 24 anos de carreira nas costas, os americanos voltaram para o Brasil para uma turnê que pretendia perpassar toda a carreira da banda, desde o lançamento de "Burn My Eyes" em 1994 até o recentemente lançado "Bloodstone & Diamonds", no ano passado. Com muita potência e agressividade, dominaram inteiramente o público durante pouco mais de duas horas de show.
Duas filas enormes se formaram na porta da casa desde o final da tarde, o que dava conta de que a quantidade de público seria realmente gigantesca e o Via Marquês ficaria pequeno para tanta gente. As informações davam que o show se realizaria às 19h00m, porém a casa foi aberta bem depois deste horário e, obviamente, o show só começaria também bem depois do combinado. Às 20h45m, Flynn e seus companheiros subiram ao palco para o início do show, deixando os fãs em polvorosa.
Começaram o show com "Imperium", do álbum "Through the Ashes of Empires", seguida por "Beautiful Mourning", do "The Blackening". O som estava desde o início extremamente alto, em toda a casa de show, até mesmo um pouco exagerado para os ouvidos do público. A pancada auditiva, porém, não prejudicou no geral a qualidade de som, que aguentou firme sem problemas.
A banda pareceu o tempo inteiro muito a vontade, e foi muito bem recepcionada por um público que cantou e pulou da primeira até a última música. Flynn disse que esperava por muito o retorno da banda para o Brasil, que foi respondido com gritos e aplausos de um Via Marquês lotadíssimo que aguardava o mesmo, desta vez com um show grande, digno do repertório da banda.
Flynn não falou muito, mas quando se dirigiu ao público não poupou ninguém. Ao elogiar os fãs presentes, amantes da música ao vivo que gastaram seu tempo em um fim de domingo para ir ver os caras, criticou com veemência a música artificial, os DJs e toda esta indústria em torno da valorização destes profissionais.
O show inteiro foi muito forte, sem momentos ruins. Os destaques musicais ficaram para a excelente "Darkness Within", do "Unto The Locust" de 2011, que foi aberta no violão e com o apoio do coro dos fãs no final. Outro destaque também foi o cover de "Hallowed Be Thy Name", do IRON MAIDEN, que a banda tocou pela primeira vez na América do Sul nesta turnê. Bastante agressivo e com uma pegada veloz, a versão agradou bastante os fãs e mostrou um mix da melodia do Maiden com uma pitada da agressividade do Machine Head.
Mesmo no adiantado da hora, o público nem a banda se cansaram, e o show seguiu para os seus momentos finais embalado pela música "Aesthetics of Hate", do "The Blackening". A força do público, apesar do tempo já adiantado da noite, não terminou nem na última nota de "Halo", música que fechou o show. Parecia que os fãs tinham saído da casa com a mesma vontade de duas horas de show como haviam entrado.
Machine Head é:
Robb Flynn – Vocal e guitarra
Phil Demmel – Guitarra
Jared MacEachern – Baixo
Dave McClain – Bateria
Setlist:
1. Imperium
2. Beautiful Mourning
3. Now We Die
4. Bite the Bullet
5. Locust
6. From This Day
7. Ten Ton Hammer
8. Clenching the Fists of Dissent
9. Darkness Within
10. Bulldozer
11. Killers & Kings
12. Davidian
13. Descend the Shades of Night
14. Now I Lay Thee Down
15. Hallowed Be Thy Name (cover do Iron Maiden)
16. Aesthetics of Hate
17. Game Over
18. Old
19. Halo
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