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Dream Theater: Como foi o único workshop de Mangini no Brasil

Resenha - Mike Mangini (Hotel Praia Centro, Fortaleza, 12/10/2014)

Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Postado em 15 de outubro de 2014

Numa promoção da MP Acessórios de Bateria, Duetos Escola de Música, Bateras Beat Escola de Baterias e Mentes Globais (Agência de Intercâmbio), o baterista Mike Mangini, da banda de heavy-metal progressivo DREAM THEATER apresentou sua "drum clinic" para um auditório completamente lotado no Hotel Praia Centro, em Fortaleza, capital do Ceará. Ali não estavam apenas bateristas ávidos por mais conhecimento, mas também meros batucadores de mesa (como este redator) fãs da banda americana, ansiosos para ver novamente (e mais de perto) um quinto da banda que se apresentara na noite anterior no Siará Hall. Até crianças preferiram ir a este evento ao invés de algum mais apropriado para suas idades, acompanhadas e influenciadas por seus pais, como uma família de São Paulo que tem acompanhado a turnê (pai, mãe e três meninos, um ainda bebê) e o filho de Pedro Neto, exímio ex-baterista da banda de heavy metal COLDNESS. A procura foi tão grande que a organização teve que mudar o local do evento (antes, o Teatro Celina Queiroz, que não é pequeno). Como Fortaleza foi a única cidade do Brasil a receber o workshop, além dos cearenses da capital e interior, estavam ali também pessoas do Mato Grosso, Belém, Maranhão, Piauí, Amapá, Salvador e São Paulo. A realização do workshop em Fortaleza, com certeza, deve ter influenciado os fãs mato-grossenses (que ainda aguardam para assistir a um show dos ícones do Metal Progressivo em seu próprio estado) na escolha de onde ver o DREAM THEATER.

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Ao subir ao palco, Magini, mesmo sempre mostrando muita alegria, ressaltou o pedido já feito pela produção para não filmarem ou fotografarem músicas do DREAM THEATER. "Não me metam em confusão", disse ele.

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Dando início às suas explanações, Mike Mangini afirmou: "Eu descobri a ciência da improvisação. Assim como uma pessoa que combate o fogo tem que improvisar, um policial tem que improvisar, um baterista também tem que improvisar". Além dos discos com o DREAM THEATER e participações em bandas como ANIHILATOR e EXTREME, Mangini também lançou o DVD "The Grid", onde condensa a essencia dos seus ensinamentos na arte de espancar as peles. No workshop desta tarde de domingo, o músico falou bastante sobre o mesmo tema do DVD, como montar um grid e como um baterista que mal consegue tocar rock and roll pode tocar afro-jazz cubano-brasileiro e rock and roll em trinta minutos.

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Sobre o solo que toca em "Enigma Machine", Mangini falou que tocou o mesmo solo em quase todos os shows do DREAM THEATER desta turnê, que o construiu em casa pensando no que os fãs gostariam de ver. Mangini também lembrou que teve que improvisar, além de tocar músicas antigas do DREAM THEATER, em sua audição para a banda, quando os outros membros da banda o estavam avaliando e avisou que iria fazer da mesma forma naquela tarde. Em relação à bateria no palco, disse que jamais tinha tocado num kit como aquele, configurado daquela forma. E foi da mesma forma na audição. "Como eu fiz isso? E não cometi erros na improvisação. Nem cometi erros nas time signatures. Eu sabia disso: mostrou o cartaz que trouxe com o conteúdo do DVD". Duvidei que ele desconhecesse tanto assim aquele setup e, ao fim da apresentação, confirmei com a produção que ele não tinha feito muitas exigências em relação ao kit. Ao contrário do que era de se esperar, deixou a montagem completamente a cargo da produção, com poucas especificações, dando apenas sugestões ao final para dificultar o próprio trabalho, como, por exemplo, inverter posições de componentes do kit. "Esse cara não é humano. Ele não pensa como a gente", revelou-me Samuel, o apresentador e tradutor do Workshop.

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"Todo tempo tem uma time signature e tem sua subdivisão", continuou Mike, antes de tocar pequenos trechos de rock, jazz, samba e música armena, com time signatures de dois, três, quatro e cinco, respectivamente. Ainda demonstrando como improvisar, chegou a pedir que alguém da plateia indicasse números diferentes e improvisou usando time signatures diferentes nas mãos e nos pés (até mesmo usando três time signatures diferentes, dividindo o próprio corpo). Disse que se ele podia, o público também seria capaz de fazê-lo, não fazia ideia do que tocaria, mas que não tocaria o caos porque gostava de contar uma estória com o que tocava.

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Mike Mangini também disse que é ruim ter medo, mas que o medo algumas vezes pode ser bom. Ele confessou que teve medo antes da audição para o DREAM THEATER, medo de errar, assim como tinha medo de errar diante do público que o observava naquela tarde. Ele disse também que se tiver que tocar uma música do DT neste Kit, por ser diferente do seu, teria que improvisar.

Antes de começar a tocar, Mike fez um esclarecimento: "Eu não uso a bandana e o boné para parecer o Mike Portnoy. Faço isso pra segurar os fones de ouvido nas orelhas, senão eles ficam caindo". E acrescentou: "Ele é meu amigo pessoal. Não somos inimigos". Então, ajustou a bandana na cabeça, prendendo os fones, como diz. No entanto, da forma como faz, uma das pontas fica para cima. "Para não parecer o Papa, eu ponho o boné. Não é para parecer o Mike Portnoy", ele diz, antes de tocar "The Enemy Inside" com os outros instrumentos gravados e o público acompanhando a letra.

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Ao terminar a música, confidenciou que tudo o que tocou na noite anterior com a banda com o lado direito, teve que tocar com o lado esquerdo, e vice-versa. "Foi terrível. Meu corpo dizia: o que você está fazendo comigo?"

Ainda sobre a audição, Mangini confessou que estudou Mike Portnoy e fez um grid dele, sabia exatamente o que Mike Portnoy estaria pensando. Escutou toda a discografia do DREAM THEATER e ia conferindo cada parte, fazendo até uma planilha. Se pedíssemos para ele tocar "Octavariun", por exemplo, ele não saberia de imediato, pois jamais tinha tocado com a banda, mas, se déssemos dez minutos ele o faria. Ele sabe como soa, conhece as time signatures, mas tem que respeitar o tempo para memorizar.

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Respondendo às perguntas do público, ele foi questionado se a emoção que ele demonstrou (no "reality show" de escolha do novo baterista, divulgado pela banda no YouTube) era real ao participar da audição e ser selecionado diante de tantos bons bateristas como Virgil Donati.

Mangini respondeu contando toda e estória: No seu estúdio pessoal, construiu um set de bateria nos últimos dez anos. E nos últimos cinco anos, não tinha conseguido estar em nenhuma banda, estava dando aulas na Berklee (!). Um dia, atravessou a rua, foi à uma igreja e pediu: "Deus, por favor me coloque numa banda. E o fez toda semana por cinco anos". Olhava para o seu drum set e pensava: "ninguém jamais vai me querer". Então, quando eles me chamaram para a audição, ele pensou (com raiva), eu não vou mais ter que enfrentar aquele trânsito (para a faculdade). Quando recebeu a música da audição pra aprender teve três semanas para aprender. Na primeira semana, trabalhou a semana inteira em Berklee, na segunda, viajou para a América do Sul. Na semana seguinte, acordava às cinco da manhã, praticava por três horas, ia dar aulas, enfrentava o trânsito, voltava pra casa, tinha crianças chorando enquanto tentava ensaiar. Na audição, viu que não poderia tocar a própria bateria, tinha que arrumar a que recebera da melhor forma possível. Na hora da audição, pensou que ninguém estaria lá, mas toda a banda estava lá, passando o som e fazendo muito barulho. Então, sem aquecimento, sem testar a bateria, sem poder ouvir a música como gostaria, sem ter acesso às notas que tinha feito (a tal planilha), ele teve que fazer o teste. Então, quando recebeu o resultado, só poderia ter aquela reação vista no YouTube.

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Sobre o uso de componentes eletrônicos, Mangini disse que usa os e-pearls porque pode incluir sons de tímpanos, cowbells no set sem ter que tê-los fisicamente.

Mangini revelou ainda que, pelo menos metade do que foi gravado no álbum "Dream Theater" foi improviso. Disse que ensaiaram, bastante, mas a banda confiava nele e ele tinha aprendido a conhecer seus companheiros.

Então, interrompeu a sessão de perguntas e respostas dizendo que ele próprio tinha uma pergunta para o público: "Agora faz sentido porque eu estou no DREAM THEATER?" Diante da resposta positiva do público, completou: "Eu gosto disso. Eu gosto de reconhecer padrões e tocar. Eu gosto disso. Vocês entendem". E ainda desafiou o público: "quero ver vocês dizerem qual o time signature desta música".

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Mangini terminou o workshop tocando um minuto de drum loop e o início de "Illumination Theory", sempre com expressões de que estava se divertindo enfrentando, conhecendo, namorando, conversando, combatendo o kit à sua frente. A produção ainda providenciou o sorteio de uma pele autografada e das duas baquetas usadas no workshop, além do meet and greet para os fãs que compraram os ingressos de frontstage. À minha frente na fila, o pai daquela família já mencionada contou-me que seu filho mais velho já leva oito shows da banda americana na bagagem, enquanto o do meio já assistira a quatro. Mesmo com tempo limitadíssimo para atender a cada fã (devido ao vôo que teria que tomar logo, logo), Mike Mangini continuou super-atencioso e sorridente. Ao saber que eu escreveria este review, com texto obviamente em português, contou que pediria ao Nuno Bettencourt, ex-colega de EXTREME para traduzi-la. Traduza essa, Nuno: Mike Mangini, é um cara pai d'égua e também soube botar boneco muito bem aqui em Fortaleza.

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Foto: Produção do Evento

Agradecimentos: MP Acessórios de Bateria, em especial à Débora Silva, pela atenção e credenciamento.

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Sobre Leonardo Daniel Tavares da Silva

Daniel Tavares nasceu quando as melhores bandas estavam sobre a Terra (os anos 70), não sabe tocar nenhum instrumento (com exceção de batucar os dedos na mesa do computador ou os pés no chão) e nem sabe que a próxima nota depois do Dó é o Ré, mas é consumidor voraz de música desde quando o cão era menino. Quando adolescente, voltava a pé da escola, economizando o dinheiro para comprar fitas e gravar nelas os seus discos favoritos de metal. Aprendeu a falar inglês pra saber o que o Axl Rose dizia quando sua banda era boa. Gosta de falar dos discos que escuta e procura em seus textos apoiar a cena musical de Fortaleza, cidade onde mora. É apaixonado pela Sílvia Amora (com quem casou após levar fora dela por 13 anos) e pai do João Daniel, de 1 ano (que gosta de dormir ouvindo Iron Maiden).
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