Accept: resenha e galeria de fotos do show em Porto Alegre
Resenha - Accept (Bar Opinião, Porto Alegre, 07/04/2013)
Por Zé Henrique
Postado em 10 de abril de 2013
Pela primeira vez, uma das mais importantes bandas alemãs de todos os tempos chegou a Porto Alegre, uma aula de heavy metal, a ansiedade dos fãs era muito grande, influente nos anos 80, o ACCEPT carrega uma longa e prolifera carreira de clássicos. Já na chegada ao Bar Opinião, o que se via era uma aglomeração de headbangers na sua maioria com mais de 30 anos, contrastando com os mais jovens. Teríamos um público saudosista e fanático, e foi o que se viu.
Fotos: Liny Oliveira
A abertura ficou por conta da veterana SPARTACUS, e não poderia ter sido mais justa a escolha. Que banda e que show! A banda é formada pelos fundadores Marco Canto (vocal) e Marco Dimartino (baixo), na ativa, também desde os anos 80, e completada por Luciano Reis (guitarra ) e Guilherme Oliveira Oliva (bateria).
No seu set de pouco mais de 30 minutos, SPARTACUS despejou seu heavy metal tradicional com letras em português, com muita técnica e atitude no palco, excelentes músicos e composições com forte influência no heavy rock dos anos 70 e heavy metal tradicional dos anos 80. Destaques do set para "Encontro das Almas", "Sem Cessar" (clássico da banda, lançada no LP Rock garagem em 1984) e "Libertae", que dá nome ao último lançamento da banda.
Com um intervalo de pouco mais de meia hora, eis que é chegado o grande momento da noite e o ACCEPT invade o palco. Com o trio original Wolf Hoffmann (guitarra) , Herman Frank (guitarra) e Peter Baltes (baixo) e mais os "novatos" Mark Tornillo (vocal) e Stefan Schwarzmann (bateria), iniciaram a destruição com duas músicas do novo cd, o excelente "Stalingrad", "Hung, Drawn and Quartered" e "Hellfire". Na seqüência um dos maiores clássicos da banda, do disco de mesmo nome, de 1982, "Restless and Wild", a esta altura o excelente público que compareceu já estava enlouquecido.
Sem pausa emendaram "Losers and Winners" do impecável álbum "Balls to the Wall" (1984). A fase atual, com o norte americano Mark Tornillo (vocal) é excelente e isso se comprova através do fato das músicas dos dois discos com Mark se fundirem de forma homogênea e perfeita com os maiores clássicos da banda.
Destaque para o magistral entrosamento entre eles, capitaneado por Wolf (guitarra), o líder e maestro do ACCEPT, dono de um timbre único, bem como carisma e técnica de todos os membros da banda. Pontos altos no set list foram a faixa que dá nome ao mais recente trabalho "Stalingrad", "Neon Nights" e "Princess of Dawn", estas duas também do melhor disco da banda, "Restless and Wild", "No shelter".
Chegamos no clímax quase apocalíptico do show com "Fast as a Shark", posso dizer, sem sombra de dúvidas, que esta é a música mais pesada , rápida, violenta e agressiva do planeta, pois ela foi forjada pela banda, numa época anterior aos rótulos thrash, death, e "etc metal". Esta música causou um impacto muito grande na primeira vez que ela foi ouvida por mim, e creio que em todos que começaram a curtir metal na década de oitenta.
O ACCEPT saúda o público e se retira do palco, mas como de praxe volta rapidamente para o bis, com uma trinca matadora "Metal Heart", com direito a coro do público, "Teutonic Terror" do disco anterior "Blood of nations" e o clássico maior da banda "Balls to the Wall" acompanhada em uníssono pela platéia.
Resumindo um show sensacional para um ótimo publico, o ACCEPT provou na noite de domingo o que todos já sabíamos: uma grande banda, clássica e com uma grande e merecida legião de fãs.
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