Noel Gallagher: fãs cariocas do Oasis ficaram menos órfãos
Resenha - Noel Gallagher (Vivo Rio, Rio de Janeiro, 03/05/2012)
Por Gabriel von Borell
Postado em 07 de maio de 2012
Os fãs cariocas de Oasis ficaram um pouquinho menos órfãos durante a noite da última quinta-feira (3), quando Noel Gallagher se apresentou no palco do Vivo Rio, na Glória. Com a casa cheia, o irmão de Liam matou saudades do público misturando clássicos do Oasis com canções de seu projeto solo, a Noel Gallagher’s High Flying Birds.
O disco homônimo da banda foi lançado no final de 2011 e marca o retorno do cantor britânico à cena musical desde o anúncio do fim (?) do Oasis, em meados de 2009. E se uma das maiores bandas do brit pop não está mais na ativa, pelo menos a essência do som do grupo continua presente nas letras e melodias compostas por Noel para a sua nova empreitada. Ainda assim, a plateia não se cansava de pedir hits do Oasis durante cerca de uma hora e meia de show. A essa altura do campeonato os fãs já deveriam imaginar que o sr. Gallagher não é daqueles que se preocupam tanto em agradar, mas não custava nada tentar.
Noel Gallagher - Mais Novidades
Pelo menos o britânico parecia bem à vontade no palco e interagiu com o público mais do que qualquer fã do músico poderia pensar. Em determinado momento Noel até brincou com um grupo de fãs que pedia insistentemente por "Gas Panic", canção do álbum do Oasis "Standing on the Shoulder of Giants" (2000). Com seu humor peculiar, o cantor disse: "’Gas Panic’? Ah sim, eu compus essa música. É brilhante para caralho". Porém, antes dos fãs se empolgarem Noel logo completou: "se vou tocar? Ah... não".
Por outro lado, também, ninguém podia reclamar. Músico e banda, alguns ex-Oasis, abriu o show, praticamente no horário marcado, às 21h29, com a dobradinha de seu "antigo" grupo "(It’s Good) to Be Free" e "Mucky Fingers". E o público explodiu logo de cara.
Em seguida Noel direcionou o show para as suas composições solo e conseguiu manter o interesse dos fãs com louvor. A plateia cantou do início ao fim canções recentes como "Dream On", "If I Had a Gun", "The Good Rebel" e "The Death of You and Me". Enquanto isso, fãs homenageavam o cantor com cartazes, balões, camisas de seu time de futebol, o Manchester City, e, claro, trechos de letras do Oasis.
Quando Noel apresentou a sua versão acústica para "Supersonic" se deu o primeiro grande momento no Vivo Rio. Os famosos versos da canção foram entoados com uma boa dose de emoção por parte dos fãs, que responderam com muito barulho e aplausos ao final da faixa.
Depois Noel voltou a focar em seu disco solo com "(I Wanna Live in a Dream in my) Record Machine" e "AKA... What a Life!". O público curtiu bastante, mas só voltou a inflamar novamente com mais uma do Oasis: "Talk Tonight". E mais ainda, pouco depois, com "Half the World Away", com direito às palmas que a música pede.
Quando o relógio passava de 22h30 Noel tocou ("Stranded On) the Wrong Beach"), última faixa da apresentação antes do bis.
Na volta, o britânico cantou o b-side "Let the Lord Shine a Light on Me", acompanhada timidamente pelo público. Mas aí era chegada a vez daquela sequência para nenhum fã de Oasis botar defeito. Primeiro começou com o single de 1994 "Whatever", que deixou a plateia mega empolgada. E depois vieram "Little by Little" e o hino "Don’t Look Back in Anger" para fechar a apresentação com chave de ouro.
Enquanto Noel Gallagher se despedia junto com a banda, e com a promessa de um breve retorno, os fãs concentravam seus últimos esforços em reverenciar o ídolo. O cantor, visivelmente, reconheceu todo o fanatismo do público do Rio de Janeiro ao longo do show, e aprovou o comportamento de seus fãs cariocas antes de sair de cena.
Agora, para todos eles, fica o desejo de que a volta de Noel seja acompanhada de seu caçula. Afinal, embora o talento individual dos Gallagher esteja bem vivo em seus projetos atuais, é inegável que Noel e Liam funcionam muito melhor juntos. Quem sabe em 2015, certo?
Set list:
1- "(It's Good) To Be Free" (Cover de Oasis)
2- "Mucky Fingers" (Cover de Oasis)
3- "Everybody's on the Run"
4- "Dream On"
5- "If I Had a Gun"
6- "The Good Rebel"
7- "The Death of You and Me"
8- "Freaky Teeth"
9- "Supersonic" (Cover de Oasis)
10- "(I Wanna Live in a Dream in My) Record Machine"
11- "AKA... What a Life!"
12- "Talk Tonight" (Cover Oasis)
13- "Soldier Boys and Jesus Freaks"
14- "AKA... Broken Arrow"
15- "Half The World Away" (Cover de Oasis)
16- "(Stranded On) The Wrong Beach"
Bis:
17- "Let the Lord Shine a Light on Me"
18- "Whatever" (Cover de Oasis)
19- "Little By Little" (Cover de Oasis)
20- "Don't Look Back In Anger" (Cover de Oasis)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
Irmãos Cavalera não querem participar de último show do Sepultura, segundo Andreas Kisser
O guitarrista que Jimmy Page admitiu estar fora de seu alcance: "Não consigo tocar"
Andreas Kisser diz que não tem a "mínima vontade" de voltar a tocar com irmãos Cavalera
O melhor disco de Raul Seixas, apurado de acordo com votação popular
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Robert Plant acrescenta o Rio de Janeiro à turnê brasileira em 2026
Monsters of Rock confirma as 7 atrações da edição de 2026 do festival
Fender lança linha de instrumentos em comemoração aos 50 anos do Iron Maiden
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Dave Grohl
A icônica banda que negligenciou o mercado americano; "Éramos muito jovens"
O melhor baterista dos últimos 10 anos, segundo Lars Ulrich do Metallica
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
Evanescence anuncia turnê mundial para 2026


O artista "tolo e estúpido" que Noel Gallagher disse que "merecia uns tapas"
O álbum dos anos 1970 que Oasis é tão importante quanto, segundo Noel Gallagher
O rockstar que para Noel Gallagher é uma mistura de John Lennon com Paul McCartney
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente
Maximus Festival: Marilyn Manson, a idade é implacável!


