Sebastian Bach: show com energia incrível em São Paulo
Resenha - Sebastian Bach (Carioca Club, São Paulo, 14/04/2012)
Por Otávio Augusto Juliano
Postado em 15 de abril de 2012
A primeira de duas apresentações do vocalista SEBASTIAN BACH (ex-SKID ROW) teve seus ingressos esgotados muito tempo antes e a grande procura gerou inclusive o agendamento de um show adicional (dia 17/04). Por esta razão já era de se esperar lotação máxima no Carioca Club neste sábado final de tarde/começo de noite.
Fotos: Paulo Rafael Rodrigues
Foi isso mesmo que aconteceu. A fila para entrar no Carioca Club dava a volta no quarteirão e todos queriam ver um dos grandes nomes do Hard Rock mundial novamente em São Paulo, depois da última passagem do vocalista por aqui, ao lado do GUNS N’ ROSES em 2010. Dentre os presentes, fãs não só da capital, mas também do interior de São Paulo e também de outros Estados, como o Rio de Janeiro.
Sebastian Bach - Mais Novidades
Para a abertura foi escalada a banda paulista MADJOKER, formada por Gus Nascimento (vocal), Fernando Cordelli (guitarra), Cadu Ramalho (baixo) e Lucas Pit (bateria). Apesar de um pouco prejudicados pela qualidade de som no início, os músicos foram responsáveis pelo aquecimento do público em um Carioca Club bastante quente, tocando covers do METALLICA ("Fuel") e GUNS N’ ROSES ("You Could Be Mine"), além de canções de própria autoria, como "O Homem Duplo", que teve seu clipe recentemente lançado. Mais um bom nome do Rock e Metal nacional, que deve ter seu álbum "O Mal Necessário", produzido por Thiago Bianchi (SHAMAN), lançado ainda esse ano.
Público devidamente aquecido, às 20:20h, foi a vez das luzes se apagarem para a entrada de SEBASTIAN BACH e sua banda solo. Em turnê de promoção do mais recente álbum "Kicking & Screaming", o vocalista escolheu começar logo de início com "Slave To The Grind", do SKID ROW, para delírio geral.
No palco, BACH não para um minuto sequer, balançando a cabeça e girando o microfone a todo o momento, transmitindo uma incrível energia ao público, que também não cansou de agitar.
Um pena que o som da voz de BACH pareceu muito baixo em alguns momentos e a qualidade do som acabou um pouco prejudicada, em especial no início do show. Mas isso não atrapalhou em nada, afinal com canções de seu mais recente lançamento misturadas a clássicos do SKID ROW, a banda continuou em perfeita sintonia com a plateia. SEBASTIAN se divertiu muito com os incansáveis gritos de "Tião", não exitou em abrir uma bandeira do Brasil com o nome "Tião" escrito e ainda mostrou cartazes do público, como um que trazia os dizeres: "Baz, case comigo!". Aproveitou inclusive para afirmar que irá fazer uma tatuagem com o apelido de "Tião" que ganhou no Brasil.
Em "Here I Am", do primeiro álbum do SKID ROW, os fãs presentes cantaram em uníssono e se ouviu mais as vozes do público do que o próprio BACH. Já em "(Love Is) A Bitchslap", SEBASTIAN brincou que Axl Rose estava prestes a entrar no palco, para uma participação especial, fazendo referência à versão de estúdio da música que tem a participação do vocalista do GUNS N’ ROSES.
Os músicos que acompanham o vocalista são muito bons, com destaque para o guitarrista Nick Sterling, a grande aposta de BACH, que vem dando cada vez mais espaço ao garoto, como se vê nas composições das músicas do disco "Kicking & Screaming". No palco, Nick, além de tocar guitarra, ajuda muito nos backing vocals.
SEBASTIAN só mudou sua expressão de felicidade antes da execução de "18 And Life", parecendo bastante irritado com algum problema em seu microfone ou até mesmo no retorno de ouvido. Não foi possível entender direito as reclamações de BACH, mas o show seguiu normalmente, com a balada sendo executada perfeitamente.
A apresentação não teve bis. O setlist foi executado sem intervalos e foi o mesmo da noite anterior em Buenos Aires. Além das músicas tocadas para o público, BACH ainda deu uma palhinha, a capella, das baladas "Wasted Time", "In A Darkened Room" e "By Your Side".
Com "I Remember You" e "Youth Gone Wild", dois sucessos absolutos do SKID ROW, intercaladas por "Tunnelvision", a apresentação de BACH em São Paulo se encerrou às 21:45h.
Bom, se SEBASTIAN BACH já deixou claro em entrevistas que o show da banda em 1996, no festival Monsters Of Rock, também em São Paulo, foi o pior momento de sua carreira e que, em compensação, em 2010, o concerto no Estádio Palestra Itália foi o seu melhor show, acho que depois de ver o Carioca Club lotado para recebê-lo novamente ele sairá mais uma vez bastante feliz e satisfeito com o que viu.
Certamente o show extra agendado para o próximo dia 17 de abril terá casa cheia novamente e servirá para mostrar ainda mais o carinho e respeito do público brasileiro por SEBASTIAN BACH e também por sua antiga banda, o SKID ROW.
Banda:
Sebastian Bach - vocal
Johnny Chromatic - guitarra
Nick Sterling - guitarra
Bobby Jarzombek - bateria
Jason Christopher - baixo
Set List:
1. Slave to the Grind
2. Kicking & Screaming
3. Dirty Power
4. Here I Am
5. Big Guns
6. (Love Is) A Bitchslap
7. Stuck Inside
8. Piece of Me
9. 18 and Life
10. American Metalhead
11. As Long as I Got the Music
12. Monkey Business
13. My Own Worst Enemy
14. I’m Alive
15. I Remember You
16. Tunnelvision
17. Youth Gone Wild (Skid Row)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
Como e por que Dave Mustaine decidiu encerrar o Megadeth, segundo ele mesmo
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
O improviso do Deep Purple após noite inteira de farra que virou canção clássica
We Are One Tour 2026 ganha data extra em São Paulo
Lemmy lembra shows ruins de Jimi Hendrix; "o pior tipo de coisa que você ouviria na vida"
Os dois discos do ELP que Carl Palmer disse que deveriam virar vasos


Molchat Doma retorna ao Brasil com seu novo álbum Belaya Polosa
Gloryhammer - primeira apresentação no Brasil em ótimo nível
Planet Hemp é daquelas bandas necessárias e que fará falta
Masterplan - Resenha e fotos do show em Porto Alegre
Poppy - Uma psicodelia de gêneros no primeiro show solo da artista no Brasil
Festival Índigo cumpre a promessa em apostar no Alternativo
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente
Maximus Festival: Marilyn Manson, a idade é implacável!


