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Kreator e Tristania: Juntos, clássico thrash oitentista e movimento gó

Resenha - Kreator, Krisiun, Tristania (Espaço das Américas, São Paulo, 19/03/2005)

Por Rafael Carnovale
Postado em 19 de março de 2005

Fotos: Fernando Ogronauta

Taí um show que motivou-me a me deslocar do Rio para São Paulo. Apesar dessa combinação ser comum em festivais europeus, Kreator e Tristania seria uma novidade em terras brasileiras. Embora todos estejam ligados ao heavy metal de um jeito ou de outro não é sempre que um nome consagrado do thrash oitentista se une a um dos expoentes do chamado movimento gótico para um giro pelo Brasil. Medo de brigas? Não mesmo! A galera do metal atualmente está bem mais focada na música, e basta simplesmente não assistir o show que você não gosta... O Kreator vinha divulgando seu novo cd, "Enemy of God" e o Tristania o seu novo "Ashes". Para dar um toque especial ao evento as bandas brasileiras Torture Squad e Krisiun foram convidadas, criando uma boa expectativa, pois quem comparecesse iria presenciar quatro fortes shows de bandas que têm como característica boa presença ao vivo.

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O local escolhido novamente foi o Espaço das Américas, na Barra Funda (São Paulo). O que disse sobre o Rock the Planet (outubro de 2004) repito agora. É um local interessante para a proposta do evento, que era reunir shows e estandes de gravadoras (Hellion e Century Media, além da revista Valhalla marcaram presença) em ambientes diversos. O local só peca pela ventilação, que é ineficaz, considerando que 8000 pessoas estiveram presentes, mas mesmo assim ainda considero o Espaço um bom local para shows. Mais algumas adaptações e poderá ficar bem melhor para o público. Em todos os shows pessoas foram removidas da multidão devido ao calor excessivo... mas me diga um evento lotado em que isso nunca aconteceu?

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Sem maiores delongas vamos aos shows. Por volta de 18:00 o Torture Squad subiu ao palco, com um pano de fundo simples mas um eficiente jogo de luzes (aliás o trabalho de luzes nestes shows foi espetacular). "Convulsion" e "A Soul In Hell" abriram o massacre e as rodas começaram. A banda é extremamente competente, e o vocalista Vítor Rodrigues é um agitador de primeira. "Towers on Fire" e "Pandemonium" continuaram o show, que seguia com a adrenalina a mil. O som estava razoável, o que não impediu que petardos monstruosos como "Leather Apron", "Murder of a God" e "Horror and Torture" abalassem as estruturas do local e deixassem muitos fãs boquiabertos com a presença da banda. "The Unholy Spell" encerrou o show e o Torture Squad conseguiu a façanha de deixar muita gente no bagaço com apenas 30 minutos de show. Memorável.

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Estrategicamente o Tristania foi colocado entre o Torture Squad e o Krisiun, o que se mostrou uma escolha acertada. Por volta de 19:00 a banda subiu ao palco ao som de "Libre", de seu novo cd. Os urros foram gigantescos quando Vibeke (a linda vocalista) entrou em cena, mas quem realmente cuida da agitação é o vocalista Kjetil, responsável pelas vozes guturais, enquanto que Osten Bergey faz com competência os vocais limpos. A banda seguiu com "World of Glass" e "Beyond the Veil", contagiando os fãs, que vieram trajados a caráter, com muitos sobretudos e roupas medievais. "Tender Trip on Earth" e a pesada "The Wretched" continuaram o show e mostraram um Tristania que de parado no palco não tem nada. Embora Vibeke fique mais postada em frente ao microfone, Kjetil e o guitarrista Anders Hidle cuidam de agitar o público que respondia cantando todas as músicas. "Circus" foi tocada em seguida e percebeu-se um problema: o som não estava adequado ao show do Tristania. Vibeke tinha problemas quando alcançava notas mais agudas, devido a potência de sua voz, o que causava um certo incômodo aos ouvintes, mas isso não impediu uma performance bem convincente e agressiva da banda, que encerrou seu "set" com "Aphelion" e "Angellore", para delírio dos fãs. Uma hora de um bom show, e aprovado pelo público com louvor.

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Um rápido intervalo (aliás parabéns a organização pela agilidade na mudança dos palcos, porque os intervalos não chegavam a 30 minutos) e chegou a hora do "METAL DA MORTE". Alex Camargo, Max e Moyses Kolesne sobem ao palco para uma hora de puro massacre sonoro (e põe massacre, porque o som neste show foi colocado no máximo do máximo). "Kings of Killing" e "Murderer" foram os primeiros mísseis sonoros que o Krisiun atirou na multidão, seguidas por "Thorns of Raven", "Dawn of Flagelation" e "Slain Fate". É perceptível que o trio é 200% sintonia, e que Max Kolesne simplesmente é o melhor batera do cenário nacional, com pauladas rápidas e ritmadas, que fazem muito baterista gringo olhar para trás e voltar a estudar. "Hatred Ihnerit" e "Vengeances Revelation" abriram rodas insanas na multidão, enquanto que "Conquerors of Armagedon" e "Wolfen Tyranny" fizeram muita gente babar pela técnica dos músicos. Não faltaram os discursos inflamados que já fazem parte da história do Krisiun, que levaram a galera do delírio e que fariam Joey Demaio se esconder debaixo da cama, se borrando de medo. O massacre foi encerrado com "Servant of Emptiness" e "Apocaliptyc Victory", e muita gente suada e cansada começou a desabar no local, tamanha a intensidade do show do Krisiun. Massacre é pouco para definir o que rolou nessa hora. Só quem esteve no local pode descrever o evento.

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Desta feita o intervalo foi um pouco maior, o que de certa maneira foi até bem vindo, para que os fãs pudessem se recompor. Quando a "Intro" começou a soar nos PA’s, a galera foi se espremendo em frente ao palco, para ver a entrada triunfal de Mille, Ventor, Samy e Christian, ao som de "Enemy of God", cantada por todos. Sem espaço para respirar, foram logo emendando "Impossible Brutality" e "Pleasure to Kill", seguidas por "Phobia" e um "medley" de "Patriarch" e "Violent Revolution" (que música foda!), além de "World Anarchy" e da cadenciada "Renewal". Mille aproveita para saudar os brasileiros, quase íntimos da banda, já que o Kreator já tocou por aqui pelo menos cinco vezes, antes de continuar abrindo rodas ao som de "Suicide Terrorist" e "People of the Lie". O "set" foi calcado nos cd’s mais recentes, mas mesmo assim a galera cantava cada momento e a agitação beirava a insanidade. "Voices of the Dead", "All the Same Blood" e "Riot of Violence" fizeram o Espaço das Américas tremer.

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Não há o que falar mal do Kreator. O som melhorou muito, e Mille e Samy são bons guitarristas, além de terem uma cozinha previlegiada, com um Ventor inspirado nas baquetas e um Christian corretíssimo no baixo. Mille novamente agradeceu a calorosa acolhida do público (chegando a se emocionar com os gritos de "Kreator" que ecoavam da platéia", e detonou tudo com "Terrible Certainty" e "Reconquering the Throne", que encerraram o "set" normal.

Para o bis Mille anunciou que iriam tocar músicas mais antigas e perguntou se o pessoal reconhecia o nome das mesmas. Era a deixa para "Betrayer", "Flag of Hate" ("nossa forma de nos expressarmos com nossos governantes"), "Terrorzone" e "Tormentor", que encerrou quase duas horas (inicialmente pensei em duas horas e meia) de show, e deixou 8000 fãs extasiados com uma performance matadora.

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Este evento foi realmente proveitoso e mostrou que bandas extremas podem tocar em festivais sem grandes problemas, a não ser o cansaço do público. Tomara que o mesmo sirva de iniciativa para mais eventos deste porte. Nós brasileiros, agradecemos!!!

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Sobre Rafael Carnovale

Nascido em 1974, atualmente funcionário público do estado do Rio de Janeiro, fã de punk rock, heavy metal, hard-core e da boa música. Curte tantas bandas e estilos que ainda não consegue fazer um TOP10 que dure mais de 10 minutos. Na Whiplash desde 2001, segue escrevendo alguns desatinos que alguns lêem, outros não... mas fazer o que?
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