Resenha - Viper (Direct TV Music Hall, São Paulo, 24/05/2001)
Por Fernanda Zorzetto
Postado em 24 de maio de 2001
Depois de cinco anos de inatividade, o Viper volta aos palcos em São Paulo para um show de reunião da banda. O show começa 10:20h, com quase 1h de atraso. O público de cerca de 1250 pessoas, muitos deles amigos e conhecidos dos músicos, foi pequeno para um show tão esperado. Podia-se chegar sem problemas até a grade que dividia a pista do palco.
A abertura da apresentação fica com a música "Coma Rage" levando o pessoal a agitar, mesmo não sendo dos álbuns mais esperados da noite. Na seqüência vêm "Dead Light" do Evolution, "A Cry From the Edge" e "To Live Again", do Theatre. Guilherme Martin na batera já mostra sua diferença em levadas mais pesadas e cadenciadas. Val, guitarrista do Toy Shop (banda também de Guilherme) faz backing em quase todo o show.
O show segue com o cover "I Fought the Law", que ficou famosa na versão do The Clash, e a excelente "Knights of Destruction" do Soldiers. O Viper também aproveitou o show para testar a reação do público ao novo material com a inédita "Instinto Selvagem", cantada algumas partes em português e outras em inglês por não estar com formato definitivo.
A parte técnica do show deixou um pouco a desejar. O som ficou grande parte do tempo muito embolado, onde às vezes não dava para distinguir o som das duas guitarras. Um detalhe que, apesar de simples, foi bem pensado, foi da iluminação atrás da banda que tinha uma estrutura formando um V.
Apesar disso, os fãs agitam bastante quando uma das músicas mais esperadas é tocada, "Soldiers of Sunrise". Natasha do Toy Shop marca mais uma participação subindo ao palco para cantar "The Spreading Soul". Seu timbre de voz faz alguns fãs torcerem o nariz e a maioria do público não agita na pista. Mas o destaque vai pra Guilherme que alterou as passagens de bateria no final da música fazendo com que ela soasse bem diferente e menos crua.
A apresentação volta a seu ritmo com "The Shelter", onde fica evidente o embolamento do som. O irmão de Felipe Machado é chamado para tocar "Not Ready to Get Up", que tem influências de um punk mais leve. Emendando com ela, o Viper toca "Sheena Is a Punk Rocker" do Ramones.
Definitivamente rolou de tudo nesse show, mas o que o público menos esperava era a cover de "Prowler" do Iron que mesmo tocada, digamos, bem diferente do original, foi uma das que mais agitou o público.
Em "Evolution", Pit estende o baixo pra galera tocar e depois demora para conseguir afiná-lo de novo. A música que segue é "8 De Abril" do Tem Pra Todo Mundo que quase ninguém conhecia. Para reaquecer o show vem "Living For the Night" que o público canta sozinho do começo ao fim. Pit diz "fica muito melhor com vocês" e fica como um dos momentos mais saudosos da apresentação. Tocaram também "Rebel Maniac", que não poderia faltar.
Renato Graccia, ex-baterista, que estava nas cadeiras superiores, é chamado ao palco mas ele prefere assistir. Depois de uma pausa, o Viper volta ao palco para o bis. A banda faz algumas brincadeiras e André Matos entra no palco sendo muito aplaudido. Antes de cantar, despeja muitos elogios ao Viper e diz que torce mais do que ninguém pra que tudo dê certo. André faz o vocal em "Prelude to Oblivion" e "H.R.".
A volta do Viper, não só à ativa, como também às origens, despertou muitas opiniões contrárias. Pouca gente acreditou na sinceridade dessa reunião mas, querendo ou não, o Viper foi uma grande banda e uma das primeiras a dar certo sem seguir o caminho já trilhado pelo Sepultura. Que isso não seja desperdiçado.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
Graham Bonnet lembra de quando Cozy Powell deu uma surra em Michael Schenker
Regis Tadeu elege os melhores discos internacionais lançados em 2025
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
O álbum dos Rolling Stones que é melhor do que o "Sgt. Peppers", segundo Frank Zappa
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
O músico que Ritchie Blackmore considera "entediante e muito difícil de tocar"
Os 50 melhores álbuns de 2025 segundo a Metal Hammer
O baterista que ameaçou encher Ronnie James Dio de porrada caso ele lhe dirigisse a palavra
Desmistificando algumas "verdades absolutas" sobre o Dream Theater - que não são tão verdadeiras
O clássico absoluto do Black Sabbath que o jovem Steve Harris tinha dificuldade para tocar
Fim da linha: os últimos discos de cinco bandas de heavy metal que encerraram atividades
O megahit do Iron Maiden que não representa o som da banda, segundo Steve Harris
A primeira impressão que Nightwish teve do futuro marido e pivô da demissão de Tarja

5 discos lançados em 1989 que todo fã de heavy metal deveria ouvir ao menos uma vez na vida
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente



