Rebaelliun: volta da banda é tapa na cara do mimimi no metal do Brasil
Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 01 de julho de 2015
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A volta do grupo gaúcho REBAELLIUN às atividades, tal como anunciado ontem pela própria banda em sua página do Facebook, deve ser bastante celebrada – pelo menos entre aqueles que se julgam bastiões do verdadeiro underground e os que defendem o ‘fortalecimento da cena brasileira’.
O Rebaelliun compõe – junto com o KRISIUN e o igualmente bissexto ABHORRENCE – a santa trindade do Death Metal nacional. Gaúchos como o trio de irmãos de Ijuí, outro elemento une as três bandas: a verdadeira e implacável independência da pífia e viciada mídia voltada para o rock e o metal no Brasil.
O quarteto ainda se chamava BLESSED quando, em 1993, por via de uma amizade estabelecida em Porto Alegre com o Krisiun, com uma demo tape e a distribuiu por gravadoras e lojas da galeria da 24 de maio, guiados pelo baixista e vocalista ALEX CAMARGO. Alex, já tarimbado pela falácia e pelo baile de máscaras que é a cena do metal em São Paulo [âmago da poseragem], alertou a banda quanto aos meandros e ao modus operandi que seu próprio grupo já aprendera: trabalhar muito, falar pouco e não pedir boi, para não ter que dar boi depois.
Na época, antes da disseminação da internet e do estabelecimento de sites onde as informações fossem centralizadas e tivessem repercussão eletrônica, as bandas [pelo menos as não muito esclarecidas] estavam à mercê de uma única publicação impressa, que estava 100% focada em promover um produto de seu empresário, um Helloween cover de luxo que foi divulgado como sendo algo de extraordinário e presente dos deuses pelo pasquim – basta ler as matérias desse período. A trajetória do Blessed – rebatizado como Rebaelliun – seguiu os passos da dos irmãos gaudérios: forte e constante divulgação em fanzines do exterior, tudo ainda na base da carta, do envelope com fita cassete protegida com papelão e fita adesiva.
O caminho mais sólido para o reconhecimento de uma banda de metal do underground brasileira era um só: o aeroporto.
Sem reclamações, sem implorar para aparecer em revista, sem pagar por resenha em revista, sem jabá para ser pôster central, sem se prestar ao ridículo na televisão, sem xingar fãs que não apareceram em shows.
E ali começava, duas décadas atrás, o verdadeiro estabelecimento do Death Metal nacional como uma força a ser reconhecida; a duradoura e impávida consagração mundial do Krisiun seria depois seguida pela penetração do Rebaelliun tanto no mercado europeu como no estadunidense [‘Annihilation’, de 2001, foi considerado pela edição original da Rolling Stone como um dos 100 melhores álbuns daquele ano] até que, por motivos alheios aos fãs, o quarteto pausou suas atividades na metade da década passada.
Agora, FABIANO PENNA, LOHY SILVEIRA, SANDRO MOREIRA e RONALDO LIMA gravam um novo CD, a ser lançado em 2016, seguido por uma turnê, que, de acordo com Penna, visa ‘ter o maior alcance possível’.
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