Metal Fest Chile: "limpando a imagem" da América do Sul
Por Julio Ferraz
Fonte: Powermetal.cl
Postado em 30 de abril de 2012
Animado por transmitir a sensação de festa absoluta que existe na Arena Movistar. É o maior festival de metal feito na cena metaleira chilena e que tenta levar a coisa a sério, e que é feita de verdade, onde você ouve todos os tipos de metal, MEGADETH, METALLICA, MAIDEN e SLAYER, mas além dessas classicas, alguns fãs devem suportar a ausência de sua bandas favoritas, e as que vieram, devem agir diante de uma platéia cuja quantidade não faz justiça ao seu nome no meio.
Onde eu quero chegar é na emoção que faz com que a experiência de milhares de fãs de metal batam palmas com os clássicos do ANNIHILATOR, ACCEPT com UDO nos vocais, enlouquecidos moshpits, stage diving nos shows de TESTAMENT e ANTHRAX... e tudo em paz, alegria, diversão e festa, sem qualquer transtorno, uma harmonia que eu tenho certeza que todos os outros eventos invejaria, um choque positivo decorrente do entusiasmo de todos ali presente, como um sonho do qual se tem consciência que está sendo vivido, portanto, todos se mobilizam para que assim não seja estragado um momento como esse.
Tanto fora como dentro da Arena Movistar, Metal Fest é o festival que sempre sonhamos ter aqui no Chile, com bandas tocando diante de uma platéia ilustre, impensáveis se tivessem que vir tocar sozinhas. Como todas essas frases clichê e tudo mas, agora vale mais do que nunca: a união faz a força.
É justo sentir algum tipo de receio depois do que aconteceu no último fim de semana no Metal Open Air no Brasil, o evento irmã do Metal Fest Chile, que por causa da negligência dos próprios produtores se tornou um dos mais tristes marcos na história do metal sul-americano. No entanto, todo o medo em Santiago sempre foi infundado, porém vários reclamaram por ser realizado em um recinto fechado ou a pouca variedade de estilos, mais ainda assim a organização até agora tem sido impecável, e o comportamento dos metaleiros, exemplar!
Tudo estava em ordem, horários compridos os grupos tocando na hora exata conforme programação... o primeiro atraso foi do TESTAMENT, uns quatro ou cinco minutos, e todos já estavam ansiosos e querendo saber o por que diabos não aparecia! Sobre a qualidade do som... uma banda que sempre esteve em dívida com Chile nesse aspecto era o OBITUARY, que agora soava incrível, podre como só eles sabem, claro e estrondoso. Um luxo desde o início.
Na verdade, é difícil não se sentir uma criança diante de tanta energia em um festival como esse, indo de um lado para outro para não perder nada. Além disso, as bandas chilenas mostravam a sua cara num palco raramente visto em nossa cena, entregando um som amplificado e de excelente desempenho dos nossos compatriotas. CALEUCHE soava poderoso como jamais havia escutado, o mesmo de uma hora atrás, no show do MASSAKRE... som de qualidade internacional, absolutamente esmagador! Talvez como nunca tenha soado, oferecendo potência, detalhe, cor e energia.
Quem teria imaginado OBITUARY tocando para três mil pessoas?, Ou UDO retornando depois de um ano para se vingar de uma audiência local digna desse nome? Ou apenas ver ANNIHILATOR, uma banda que ninguém tinha marcado em sua agenda e de repente vem para roubar o filme?
Finalmente, Joey Belladonna diria no final do show do ANTHRAX, "sempre adorem a música"! Esse é o espírito do The Metal Fest que muitos já sentem desde o seu primeiro dia.
Hoje, domingo 29/04, teremos BLIND GUARDIAN levantando a bandeira da música que nós amamos tanto, DESTRUCTION voltando a tocar em um festival como o fez em 2000 com THE HAUNTED e IMMORTAL, e como eles merecem! Veremos seus irmãos do KREATOR numa apresentacao exclusiva só para os chilenos, em que poderemos dizer ao mundo como soa Mille Petrozza e companhia em 2012...
O Metal Fest tem a responsabilidade de limpar a imagem da América do Sul mediante o desastre do Metal Open Air, e até agora todos os envolvido nele estão colocando o Chile no olho da cena, em um festival ate o momento impecável, desde a organização aos grupos, e claro, até o público presente. Que orgulho e prazer, agora só desfrutar o que falta...
Texo Original Jorge Ciudad
Traduzido Julio Ferraz
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