Empresas querem pagar conta de menina processada
Fonte: Terra Música
Postado em 11 de setembro de 2003
Vários serviços de música de Internet se ofereceram para cobrir os US$ 2 mil dólares que uma mulher de Nova York pagou em um acordo legal para retirar as acusações contra sua filha de 12 anos, que baixou centenas de músicas online.
A P2P United, coalizão de várias redes "peer-to-peer", que permitem que usuários troquem música e outros arquivos pela Internet, informou nesta quinta (11) que está tentando localizar Sylvia Torres para pagar o valor do acordo que ela fez com a Associação da Indústria Fonográfica Americana (RIAA, na sigla em inglês).
Além disso, a loja de música online MusicRebellion.com disse que daria à filha de Torres, Brianna Lahara, US$ 2 mil dólares em arquivos de música de seu site de música legal.
As duas entidades disseram que não estenderão a oferta aos 260 outros indivíduos que enfrentam processos da RIAA por downloads de música da Kazaa, Grokster e outras redes.
Lahara, uma estudante exemplar de Manhattan que oferecia "Material Girl", de Madonna, e cerca de outras mil canções pelo serviço Kazaa, tornou-se um símbolo para os consumidores que denunciam a campanha da RIAA como exagerada.
"Acho que essas pessoas estão passando dos limites", disse o presidente do Grokster, Wayne Rosso. "Eles são o Taliban da indústria do entretenimento".
O porta-voz da RIAA, Jonathan Lamy, disse que o grupo comercial não está tentando atormentar adolescentes. A única informação que eles tinham ao abrir o processo era o nome e endereço do usuário, afirmou ele.
"O objetivo da campanha não é ganhar um concurso de popularidade, mas passar uma mensagem de alerta, de forma que as pessoas percebam que pode haver consequências para esse comportamento ilegal", disse Lamy.
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