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Ellefson fala sobre Mustaine e Megadeth

Por João Vitor Hatum de Mendonça
Fonte: Rust In Page
Postado em 17 de outubro de 2004

O ex-baixista do MEGADETH, David Ellefson (atual F5), foi entrevistado por Eddie Trunk no "Friday Night Rocks" na Q104.3 FM. A entrevista ocorreu no último dia 15, e Ellefson falou sobre vários assuntos relacionados ao Megadeth e à Dave Mustaine.

Leia abaixo alguns trechos importantes dessa entrevista:

David Ellefson: "Quando nós [Trunk e Ellefson] conversamos pela última vez foi em Janeiro de 2002, o DVD e CD 'Rude Awakening' estavam pra ser lançados, e neste momento, nós achávamos que já iríamos começar a gravar o próximo álbum do Megadeth, e nós estávamos certos disto, e então algumas semanas depois, Dave [Mustaine] anunciou que aquilo estava encerrado, tudo estava acabado, foi isso, e aquele, claro, foi um dia que mudou minha vida à partir do momento que eu recebi aquela notícia."

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"Eu conheci Dave uns dois meses após sua saída do Metallica. Ele veio de Nova York para L.A., e eu tinha me mudado de Minnesota, onde eu cresci, para L.A.. Eu e ele nos conhecemos - nós moramos no mesmo prédio - e montamos o Megadeth. E isto foi mais ou menos em Junho de 1983. Então até o começo de Fevereiro de 2002, nós eramos os caras do Megadeth. A banda acabou, e obviamente, muita tensão, muito stress, um monte de lançamentos e trabalhos afundam quando algo assim acontece. Eu sei que isto não foi o fim de uma banda de bar qualquer."

"Em um outro plano bem diferente atrás das cortinas, há vários problemas de trabalho, e você lê sobre várias destas coisas em revistas, mas...Você sabe, olhe...Para mim, pessoalmente, este era o tipo de coisa que nunca senti que era realmente apropriado para ser dito abertamente ao público e aos fãs, porque...Veja, eu entrei nessa porque eu sou um fã. E isto parece como se eu não me preocupasse com política ou qualquer um dos assuntos que rolavam no 'backstage' sobre as bandas que eu cresci ouvindo - Eu também queria ouvir as músicas. Isto é como, 'Cale a boca e toque sua música'. Eu quero dizer que, pessoalmente eu nunca tentei seguir em frente com isto. Até agora, obviamente, nós estamos tentando resolver algumas brigas de trabalho que nós temos tido, deixe isto entre nós, e deixe estas coisas para trás."

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"Mas eu estou chateado porque não estou no Megadeth e as coisas têm mudado sem mim? Sim, claro. Megadeth foi minha vida. Eu coloquei minha vida toda dentro dessa banda - isto foi todo o meu coração e minha alma, toda a minha vida, e isto foi tudo que nós tinhamos, você sabe, e agora eu e Dave estamos em páginas opostas por causa de algumas coisas. Porque eu acho que este não deveria ser o caminho e eu não acho que este tem que ser realmente o caminho."

Eddie Trunk: Você não queria ter voltado junto com Dave Mustaine no retorno do Megadeth? Ele não ofereceu essa oportunidade à você quando a banda voltou?

David Ellefson: "Não, eu queria ter feito isto, Dave me falou sobre isto. Eu só não estava disposto a fazer algo importante assim como eu estava quando a banda se separou. Eu penso que, eu não saí da banda, eu não deixei o grupo, eu não fugi disto ou qualquer coisa parecida, portanto isto deveria ser como, 'Vamos pegar de onde nós paramos, eu estou dentro, vamos lá.' Então quando eu descobri que isto não estava sendo assim, foi quando os problemas começaram."

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Eddie Trunk: Então essencialmente, lendo isto, e sabendo do que se trata, você era um sócio no Megadeth e o novo arranjo, eu entenderia, significou que você foi mais ou menos uma arma alugada naquele momento até um ajuste final...

David Ellefson: "Muito reduzido [risos]... Sim, exatamente. E isto foi inaceitável. Eu quero dizer, de novo, eu não saí, eu não fugí, a banda não acabou por minha culpa, não acabou por nenhum destes motivos. Então isto é como, 'Eu estou dentro e vamos lá. O baixo está sintonizado, vamos agitar.' E quando isto tornou-se algo diferente daquilo, ali foi...Eu acho, realmente, em poucas palavras, que ali foi onde os problemas começaram. E eu acho, que a coisa que provavelmente mais me chateia nisto é que não houve mais nenhuma comunicação direta entre eu e Dave, porque até uma ou duas semanas atrás, nós vivemos cerca de cinco minutos juntos [em Arizona]. E o fato de que nós trabalhamos juntos por 20 anos e nós tocamos músicas juntos e estivemos no inferno e voltamos e tudo que nós fizemos juntos, eu penso que nossos caminhos estão se cruzando de uma péssima maneira agora."

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Eddie Trunk: Você ouviu o novo álbum do Megadeth "The System Has Failed"?

David Ellefson: "Eu não ouvi o álbum. Eu escutei algumas músicas, e claro, eu escutei o single na rádio, e é um bom material. Eu acho que você ja poderia esperar por isso - este é Dave. Eu nunca tive nenhuma disputa com suas habilidades para compôr. De fato, eu não acho que alguém tenha - Dave é um compositor muito talentoso, então você supõe que o que ele faz é bom."

Quando perguntado sobre o porque que o Megadeth nunca fará algo tão espetacular como o álbum "Rust In Peace", Ellefson disse: "Isto é interessante, porque...Você pensa numa música como pensa numa foto, e um álbum é como um álbum de fotografia. Isto é como um período instantâneo em sua vida. E como você tem um catálogo, como o Megadeth tem, lá há várias fases de sua vida, e eles realmente refletem o que esteve acontecendo em sua vida até o momento. Eu me lembro quando estava falando com Dave atualmente, lá em 2001 quando nós estávamos no 'World Needs A Hero'. Vários de nossos fãs queriam que nós voltássemos e fizessemos [outro] 'Rust In Peace', e nós poderiamos tentar, mas nós nunca iremos fazer outro 'Rust In Peace'. Não será nunca um outro 'Peace Sells', não será nunca alguma recriação direta de nenhum desses álbuns, porque este era um momento único na vida. Aquilo era quantos anos nós tinhamos, e neste álbum em particular, 'Rust In Peace', cara, aquilo teve muita coisa rolando [risos] e tudo que estava acontecendo em nossas vidas naquele momento, era um típo de 'clímax' parecido com aquela grande excitação que estorou quando nós fizemos o 'Rust In Peace', porque este álbum...Nós estávamos vindo de uns tempos estranhos naquele momento, com o novo...Eu sempre olhei para esse período sabendo que nós não estávamos substituindo dois caras, nós estávamos essencialmente começando, mais ou menos começando uma nova banda - Dave e eu estávamos lá - com Nick Menza e Marty Friedman vindo, e cara, eu te digo que: Aquela química do nosso quarto trabalho juntos...'Countdown To Extinction', ele é um pouco mais refinado, nós o fizemos um pouco mais bem feito, e alcançou outro nível. Mas o que aconteceu em 'Rust In Peace', você realmente deve apreciá-lo pelo o que ele é, porque este foi um momento único na vida."

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Sobre a banda F5, "Quando o Megadeth acabou, foi como uma morte na minha família, cara. Sim, isto foi...Várias pessoas pensaram, 'Oh, cara, você tem que arrumar uma outra banda, pegue outro vocalista, coloque alguns caras juntos, vá fazer algo,' e eu serei honesto com você - Eu não sou como esses caras que ficaram sentados no Megadeth apenas esperando o dia que poderia lançar seu álbum solo, ou poderia fazer seu projeto paralelo. Para mim, Megadeth era...era meu negócio. Então eu só sentei alí com um monte de riffs e minha guitarra, idéias e materais para as músicas, mas eu tenho que ser honesto com você, isto é quase como eu fiquei nestes anos durante um período de lamentação, você sabe o que quero dizer? Um período com mágoas. Isto foi feito e está acabado. Isto foi simples assim. Mas eu não fiquei correndo por aí tentando achar um monte de caras para tocar comigo, algumas pessoas me ligaram para tocar com elas. E como o F5 se formou no começo de 2003, então mais ou menos um ano antes, eu estava andando pelo mundo, estava fazendo o desenvolvimento de alguns artistas, produzingo algumas novas bandas que haviam demos, produzindo algo para elas. Eu realmente gosto de estar em estúdio porque me põe em contato com um monte de músicas novas, e bandas novas, que fazem coisas completamente diferentes do Megadeth. Eu estou realmente gostando disto. E alguns dos caras com os quais eu trabalhei - suas bandas se separaram, e foi assim que o F5 se juntou. Isto foi divertido, excitante, nós não estávamos tentando ser nada, e obviamente os rapazes sabem da minha história no Megadeth, eles respeitam isto, eles estão empolgados com tudo isto, mas F5 não é uma recriação do Megadeth. Este é um som completamente novo, novas caras, um novo dia, um novo som, é uma coisa nova."

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Sobre João Vitor Hatum de Mendonça

Nascido no interior de São Paulo em 1988, hoje graduado no curso de Bacharelado em Ciência da Computação, fanático por Rock e Heavy Metal desde pirralho, sendo, hoje, um dos responsáveis pelo site Rust In Page e criador do blog Inside Loud. A paixão pelo Rock surgiu lá pelos 10 anos de idade com um álbum do Aerosmith e, desde então, teve (e ainda tem) entre seus músicos e bandas favoritas nomes como Iron Maiden, Judas Priest, Megadeth, Rush e Van Halen. Mas, independente de rótulos e conceitos pré-definidos, seu gosto musical viaja desde o som mais pesado de um Carcass, até os experimentalismos de um Mr. Bungle e o som mais moderno de um Stone Sour, apenas ouvindo o que lhe agrada e soa bem aos ouvidos. Hoje, além de trabalhar na área de Computação e ser um 'músico' casual, despende parte de seu tempo no blog Inside Loud, em homenagem a uma de suas maiores paixões: a boa e velha música.
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