Rita Lee: livro mostra vida de sexo e drogas
Por Mauro Ferreira
Fonte: Terra Música
Postado em 19 de julho de 2006
Rita Lee ganhou biografia à sua altura. Não, Rita Lee Mora ao Lado não é uma daquelas biografias volumosas que se pretendem definitivas e, não raro, acabam tendo sua veracidade questionada.
Em princípio, o livro de Henrique Bartsh - um músico paulista dublê de engenheiro civil - é pura ficção conduzida por uma personagem alucinógena chamada Bárbara Farniente.
Mas é assim, a pretexto de contar mentiras, que o simpático livro vai revelando a alucinada vida de Rita Lee (cheia de sexo e drogas) e, de quebra, desvenda um pouco os bastidores da indústria fonográfica. Entre histórias regadas a sexo, drogas e rock'n'roll, a narrativa revela como o executivo André Midani - na época, peça-chave na engrenagem da Philips (atual Universal Music) - jogou contra os Mutantes na batalha por uma carreira solo de Rita que, a rigor, iria se desenvolver na Som Livre, sob o comando de João Araújo.
E aí o leitor entende como Araújo, delicadamente, direcionou Rita para um caminho mais pop ao lado de Roberto de Carvalho, o músico e compositor genial que, para não quem não sabe e teima em diminuí-lo diante de Rita, é o autor das melodias de Mania de Você, Chega Mais e outras deliciosas músicas que sedimentaram a carreira da "ovelha negra" no instante em que a deixou mais pop e menos roqueira.
A gente fica sabendo que foi Ezequiel Neves quem, lá pelos idos de 1984, espalhou o boato de que a titia estaria com leucemia.
E fica sabendo também como Rita sucumbiu à ferocidade de um ex-crítico da Folha de S. Paulo e, desde então, decidiu se comunicar com a imprensa apenas por e-mail.
O Dia
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