Evanescence: Comentários sobre "The Open Door" na revista Kerrang
Por Gustavo Hermann
Fonte: Kerrang
Postado em 28 de setembro de 2006
Agendado para chegar às lojas em 3 de outubro, "The Open Door", novo trabalho do EVANESCENCE, já pode ser escutado na íntegra no AOL; clique aqui para conferir.
Segue abaixo a tradução de uma resenha do disco, publicada na revista Kerrang, e que pode ser vista neste link:
"Quando Ben Moody saiu do Evanescence em 2004 para seguir carreira como compositor profissional, parecia que com isso havia mandado Amy Lee em uma viagem só de ida para a ilha dos condenados, levando consigo todos os remos disponíveis. Como guitarrista ele era de certa maneira uma comodidade dispensável, mas como principal compositor por trás do álbum 'Fallen' de 2003, que vendeu 14 mil cópias, ele era uma engrenagem vital na máquina do Evanescence, sendo portanto insubstituível. Ou assim se poderia pensar, já que o novo álbum 'The Open Door' não é apenas um bom álbum que supera o 'Fallen' de fato, ele é também um salto massivo de criatividade em um território muito mais épico, excitante e musicalmente completo que o de seu predecessor, que soava de alguma forma restrito.
Toda a atmosfera no decorrer do álbum é de um peso elegante. As guitarras estão MUITO mais pesadas que antes por um lado - com riffs ocassionais que remetem até mesmo aos níveis de escuridão melódica do My Dying Bride -, enquanto por outro há inflências clássicas muito mais proeminentes nesse trabalho, com maior destaque para cordas e coros, e em todos os momentos mantendo firme a marca registrada da banda com versos e refrões que seguem uma linha pop-dark.
Opondo-se a esse brilhantismo clássico há a apropriação de um novo elemento eletrônico à la Björk, que cria uma atmosfera difícil de se descrever. Batidas eletrônicas, baixo sujo e distorcido, vocais esquálidos, todos esses elementos aparecem no decorrer dos momentos mais reservados de 'Cloud Nine' e 'Lose Control', antes de ambas faixas explodirem em riffs excelentes e grandiosos acompanhados de floreios orquestrais. Durante os momentos nos quais esta pompa atinge tons febris, como ocorre em 'Snow White Queen' e 'Your Star', os vocais de Amy Lee são esplêndidos; em parte uma vocalista de rock humana, em parte uma sirene operística com garganta privilegiada. E isso soa brilhante, particularmente na faixa central do álbum, 'Lacrymosa', onde as partes clássicas e o peso das ótimas guitarras se entrelaçam perfeitamente para criar um estonteante coro majesticamente dark num estilo wagneriano.
Não que o Evanescence tenha se tornado um Nightwish, mas ainda assim há uma forte e inegável linha clássica permeando o metal gótico que é marca registrada da banda.
Muito antes de uma nota das novas músicas ter sido escrita, críticos de língua afiada escreveram que o Evanescence sem Ben Moody seria como um Bavid Beckham perneta, um Ron Jeremy após a operação, ou como a parte da frente de uma fantasia de cavalo para duas pessoas, a parte fotogênica e com voz de anjo.
É irônico, diante disso, que 'The Open Door' é um ótimo álbum e leva a especular se a saída de Moody não foi a melhor coisa que já aconteceu à banda.
Para fàs de: Within Temptation, Lacuna Coil.
Por Nick Ruskell"
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