Arch Enemy: 1ª parte de relatório da turnê sul-americana
Por Daniele Mendes
Fonte: Angela Gossow Oficial
Postado em 02 de junho de 2009
A vocalista do ARCH ENEMY, Angela Gossow, postou hoje em seu website oficial a primeira parte do diário de bordo da turnê sul-americana, que começou na Venezuela.
"Insanidade venezuelana!
Chegar em Caracas foi um tanto leve. Fomos pegos pelos promotores do show no aeroporto e não tivemos que passar pela imigração. Sim, as coisas funcionam dessa forma lá. Ha-ha. Com ou sem a gripe suína? Ha-ha... isso soa tão cruel!
Caracas é a cidade mais perigosa de toda a América do Sul. Ouvimos muitas histórias sinistras e vimos muitos lugares e pessoas assustadoras. O longo caminho até Maracay certamente não foi seguro – mas isso era na verdade por causa das estradas insanas nas montanhas, um motorista terrível e sem cintos de seguraça durante toda a viagem. A vida é barata na Venezuela.
Fizemos o check-in no hotel Maracay dentro de uma hora, as baratas e os insetos no banheiro não corresponderam à nossa idéia de "lugar aconchegante pra ficar". Então gastamos a maior parte do dia procurando por outro hotel e desistimos da procura um pouco antes da passagem de som. Foda-se, logo depois do show estávamos dirigindo de volta a Caracas.
Não filmamos os insetos (nojentos demais), mas aqui vão algumas fotos do "elevador" (Nota: para visualizar as imagens, é preciso acessar o link www.angelagossow.com). Quero dizer, eu vi crianças brincando naquele andar. Imaginem o que poderia acontecer se elas chegassem perto do fosso do elevador?!
O "local do show" era uma antiga quadra coberta de basquete, e levando-se em conta o som, as luzes e a segurança foram sofríveis. O maior problema foram os guardas deixando as pessoas entrar na área do backstage pela metade do preço (em alguns lugares tivemos cerca de 50 garotos nos rodeando) e a força policial batendo nas pessoas e tentando cancelar o show – a preço de dinheiro vivo. A corrupção é algo comum na Venezuela. Assim como crimes e assassinatos – as pessoas são seriamente desprovidas e subjugadas por seu próprio governo. Ainda assim, é um país bonito e com potencial de riqueza. Faz você querer ‘Deixar a Revolução Começar" imediatamente!
E foi um show lotado e enraivecido, é claro. Os fãs de metal são pirados neste lugar. E isso é bom.
Conseguimos que a coisa toda não saísse do controle. Em vez disso tivemos muitos gritos, uma energia colossal, suor, lágrimas e rostos felizes. Todo o caos antes do show valeu a pena!
Oh... que porcaria foi o próximo dia no aeroporto. A Copa Airlines simplesmente notou que seu avião não estava lotado o suficiente e nos deixaram encalhados lá (com muitas outras pessoas e toneladas de equipamento) no aeroporto. Tentamos outros aviões que iam para a Colômbia. Foram 15 horas excruciantes no aeroporto e tivemos de tomar vôos diferentes, LAN e Avianca. Nosso avião era um modelo dos anos 70 e eu estava me perguntando se ele conseguiria passar pelas 4 tempestades que tivemos de passar. Não sou uma grande fã de relâmpagos – aquele vôo era como se estivesse montando em um. Eu achava que não pousaríamos em segurança na Colômbia – mas conseguimos!
Muito obrigado para Cheo, o promotor, que teve de enfrentar um milhão de problemas, que cada um de nós fez, muitas vezes com a ajuda de vários "mangos". Ele ficou conosco até que todos estavam dentro do avião!
E um milhão de obrigados para os fãs que vieram para esse show insano – vocês são a vida e o sangue deste país! Continuem arrasando e não parem de lutar pela liberdade!
Venezuela Libertad!"
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