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Vinny Appice: não satisfeito com produção do Heaven & Hell

Por Nathália Plá
Fonte: blabbermouth.net
Postado em 10 de junho de 2011

Steven Rosen do Ultimate-Guitar.com entrevistou o baterista Vinny Appice (HEAVEN & HELL, BLACK SABBATH, DIO). Seguem alguns trechos da conversa.

Ultimate-Guitar.com: O HEAVEN & HELL acabou gravando um álbum completo chamado "The Devil You Know". Você ficou satisfeito com esse álbum?

Vinny: Achei que ficou bom; achei que foi um álbum realmente bom mas eu não gosto do som dele. Eu não gosto do jeito que o som ficou. Para mim, não tem muito poder; a bateria ficou meio que no fundo e não tem muito ambiente e reverberação. Eu não ouço a bateria e tudo é quase grande demais. É o que eu acho, mas as músicas são ótimas e o Ronnie cantou demais. Achei que o álbum seguinte seria o que ia arrebentar.

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Ultimate-Guitar.com: Alguma opinião sobre essa nova escola de bateristas que tocam como Brann Dailor (MASTODON) e Danny Carey (TOOL)?

Vinny: Eu conheço o Danny mas não conheço muitos dos outros caras; o Danny é um grande baterista. Eu vou a muitas exibições e muitas coisas diferentes e é quase como a ciência da bateria agora do jeito que as pessoas tocam. É incrível – merda, eu não consigo fazer aquelas coisas de jeito nenhum. A única coisa que acho é que às vezes falta sentimento. As vezes só de fazer uma batida as pessoas sacam, mais do que tocar o mais rápido que você puder. Então o truque é incorporar essa batida com a técnica que funciona. Mas eles são incríveis e eu não consigo fazer aquilo – é por isso que eu toco só com um bumbo. A coisa ficou tão distante que eu sequer tento.

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Ultimate-Guitar.com: Você tocou no "A Tribute To Ronnie James Dio" com Tony Iommi, Geezer Butler, e Glenn Hughes no festival High Voltage em julho.

Vinny: Foi realmente legal; fomos ao País de Gales e ensaiamos e havia outro vocalista, o Jorn Lande, da Noruega. Foi realmente legal e ensaiamos onde havíamos ensaiado com o Ronnie e aquilo foi meio triste quando chegamos lá. Nós tocamos coisas do "Dehumanizer" lá e dava para sentir a energia lá e o Ronnie estava lá. Então foi meio triste e então começamos a tocar e nenhum dos vocalistas estavam lá e aquilo foi um pouco triste mas não foi ruim porque fizemos aquilo com o Ronnie também e ele viria depois. Então os cantores chegaram e acho que começamos com o Jorn primeiro e foi tipo, "Uau, isso é estranho. Merda, isso é realmente estranho". Mas então nós tocamos a "Heaven and Hell", para mim foi realmente triste.

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Ultimate-Guitar.com: Foi?

Vinny: Ah, sim, foi realmente triste para mim. Eu só pensei, "Ai, cara, isso é estranho", porque aquela música era do Ronnie e ele não estava lá e aquilo bate tipo, "Merda, ele não está aqui". Então foi interessante fazer aquilo e então o Glenn veio e o Glenn foi ótimo; os dois eram ótimos e então deu certo. Mas ninguém pode tomar o lugar do jeito que o Ronnie cantava.

Ultimate-Guitar.com: Você pode escolher três músicas que melhor representam sua forma de tocar – quais seriam essas três faixas?

Vinny: Eu diria "We Rock" e "I Speed at Night" do DIO e "I" do SABBATH. A "I" foi muito empolgante e teve uma sensação muito boa nela e muito poder mas não tem muito preenchimento. E as outras duas tem muito preenchimento – eu não queria pegar outra que só mostra isso. Então é algo que mostra poder e empolgação.

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Ultimate-Guitar.com: Por fim, o que você aprendeu tocando no BLACK SABBATH e HEAVEN & HELL?

Vinny: Eu tive a experiência de tocar em todos grandes lugares e toda a produção, luzes, pirotecnia – tínhamos isso tudo. Musicalmente, eu aprendi a como tocar por trás da batida – eles gostam que a bateria seja tocada por trás da batida para que soe grande e pesada. Os ingleses tocam mais desse jeito. Isso cobre a coisa – é difícil de lembrar como foi. É tipo "O que aconteceu?"

Leia a entrevista na íntegra no Ultimate-Guitar.com.

http://www.ultimate-guitar.com/interviews/interviews/vinny_appice_ronnie_was_into_heavy_music_and_thats_all_i_liked_to_play.html

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Sobre Nathália Plá

Mineira de Belo Horizonte, nasceu e cresceu ouvindo Rock por causa de seu pai. O som de Pink Floyd e Yes marcou sua infância tanto quanto a boneca Barbie, mas de uma forma tão intensa que hoje escutar essas bandas lhe causa arrepios. Ao longo dos anos foi se adaptando às incisivas influências e acabou adquirindo gosto próprio, criando afinidade pelo Hard Rock e Heavy Metal. Louca e incondicionalmente apaixonada por Bon Jovi, não está nem aí pras críticas insistentes dirigidas à banda. Deixando a emoção de lado e dando ouvidos à técnica e qualidade musical, tem por melhores bandas, nessa ordem, BlackSabbath, Led Zeppelin, Deep Purple, Metallica e Dream Theater. De resto, é apenas mais uma apreciadora do bom e velho Rock'n'roll.
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