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Tristania: Anders fala sobre a produção do novo álbum

Por Pedro Lima
Fonte: Site oficial do Tristania
Postado em 06 de abril de 2013

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O texto abaixo foi publicado no site oficial do Tristania:

A pré-produção do álbum foi iniciada no apartamento do Ole, em Oslo, e foi realizada em cinco finais de semana, durante o outono e inverno de 2012. Nós sentamos e retrabalhamos todas as demos, uma por uma. Ole é o responsável pela maioria das idéias desse álbum no que concerne à musicalidade. Durante esse período, nós também inserimos algumas coisas novas que achamos necessário; de fato, algumas músicas acabaram ficando bem diferentes do que foi planejado inicialmente (Cypher, Numberand e Himmelfall.), enquanto outras continuaram praticamente do mesmo jeito (Requiem, Darkest White, Night on Earth). Lembro-me que quando fui para minha casa estava com a sensação de que foi um tempo deveras proveitoso. Todas as peças desse grande quebra-cabeça haviam sido encaixadas e já estava clara a sonoridade que o álbum teria como um todo.

Paralelo a esse processo, as gravações dos vocais foram feitas em Oslo, Kristiansand e Stavanger. Como vivemos em cidades diferentes nós acabamos trabalhando ao mesmo tempo em diferentes materiais e mandávamos as idéias uns para os outros o tempo todo.

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Decidimos rapidamente que a bateria seria gravada em num estúdio Tanken com o engenheiro de som Fredrik Wallumrød. O estúdio fica longe de Oslo e também gravamos a bateria do Rubicon lá. Ficamos muito satisfeitos com o trabalho que havíamos realizado lá em nosso álbum anterior, então ficou claro para nós que poderíamos fazê-lo de novo em Tanken. Frederick é um profissional deveras competente e também é baterista de uma banda, a EL CACO, e trabalhar com alguém que já é baterista para fazer isso é infinitamente mais fácil. Ele rapidamente entendeu que nós queríamos algo diferente para esse álbum, então ele acabou contribuindo com muitas idéias também. Então posso dizer que Tarald realizou um grande trabalho lá e fez tudo de forma honesta e com grande paixão.

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Apesar de termos gravado a bateria no mesmo local, ela soa bastante diferente da de Rubicon, no qual ela soa bastante polida e contida se comparada a de Darkest White. Tanken é de fato um excelente estúdio e é famoso por aqui por ser um local ótimo para se gravar bateria. Christer quis manter o clima acústico de Tanken e vocês perceberão claramente que a bateria foi gravada num local bem grande; ela soa poderosa, pancadaria pura! Tal processo de gravação mostrou nitidamente qual cansativo ele pode ser, chegamos a trabalhar de 10 a 12 horas por dia nisso. Nesse período, às vezes eu me sentia como se tivesse feito uma lobotomia!

Com uma bateria bastante consistente, sentimos que tínhamos uma base sólida para o restante das gravações. O próximo passo foi gravar a guitarra e o baixo, o qual foi feito no apartamento do Ole. Como as gravações desses instrumentos são feitas digitalmente, nós não precisávamos ir num estúdio profissional para tal. Foi um ambiente perfeito para fazer isso, gravamos dia e noite. Num dia normal de gravação, 18 horas eram dedicadas ao trabalho e somente seis para dormir.

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Nós nunca antes gastamos tanto tempo experimentando diferentes texturas e tons de guitarra como fizemos em Darkest White. Nosso objetivo era conseguir exatamente o que queríamos para cada uma das canções. Seguindo nossa tradição, esse álbum possui muitas peculiaridades em si. Diferentes musicas e idéias exigem um som diferente, mas para nós é importante que todas elas soem de forma coesa como um todo.

As guitarras foram gravadas no estúdio do Christer. Ele é simplesmente um mágico e fez um excelente trabalho. Nós sempre gravamos nossas guitarras com amplificadores como Engl, Marshall, Peavey e Mesa e nunca havíamos trabalhado com amplificadores tão pesados como dessa vez. Todas as guitarras desse álbum foram gravadas digitalmente.

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As onze músicas foram gravadas com nove guitarras diferentes (Mayones. Gibson, Ibanez, Fender, Gibson, Chandler) e cinco afinações distintas. Gastamos muito tempo tentando encontrar a combinação perfeita para cada canção. Lembro-me que as primeiras guitarras que gravamos foram as da canção Darkest White e depois gravamos todas as outras. Elas são brutais e enérgicas e ficamos muito satisfeitos com o resultado. Darkest White é o primeiro álbum do TRISTANIA que não possui guitarras acústicas, não porque nós queríamos que fosse assim, mas sim porque em toda a gravação não sentimos que fosse necessário. Acho que isso reflete a agressividade do álbum.

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Sobre Pedro Lima

Começou a ouvir metal na adolescência quando bandas como Nightwish e After Forever ficaram famosas mundialmente. Hoje, considera-se um apreciador do metal e (quase) todas as suas vertentes, desde as mais tradicionais como heavy e thrash até as não muito tradicionais, como o industrial e o metalcore. Como aspirante a tradutor profissional, desde já traduz notícias de suas bandas favoritas para o Whiplash.Net.
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