Dave Mustaine: difícil ser anarquista com um Mercedes na garagem
Por Fernando Portelada
Fonte: Blabbermouth
Postado em 14 de março de 2014
Em março de 2014 o frontman do MEGADETH, Dave Mustaine, refletiu sobre sua carreira, influências musicais e como ele começou sua banda, no programa Taking Shock, da Bloomberg Television. Você pode assistir o vídeo deste segmento no link abaixo.
Sobre se ele se tornou menos intimidador em termos da música que ele desenvolve.
Mustaine: "Eu acho que enquanto você cresce, as coisas mudam um pouco. É meio difícil ser um anarquista quando você tem um Mercedes-Benz em sua garagem. Nesta manhã, eu estava pensando sobre o crescimento, com eu não tinha onde morar quando comecei minha carreira. Eu era o produto de uma família quebrada e era, basicamente, cuidado durante o dia pelo Boys Club Of America [entidade para educação de jovens]. E, você sabe, é uma dessas coisas onde você vai de ser um garoto pobre, com cupons de comida e ticket refeição para um milionário. É uma história de sucesso americana."
Sobre os maiores desafios que as bandas enfrentam nos dias de hoje:
Mustaine: "Os rios de dinheiro secaram. O dinheiro que você gera da venda de discos sumiu. Então, para se ter sucesso e se manter nos negócios, você tem que achar outra forma de pagar as contas, o que predominantemente são as turnês e merchandising. Muitas pessoas tem acordos e parcerias e coisas assim, porque a transferência de arquivos e coisas assim – isso já é uma notícia velha – isso realmente mudou a indústria da música."
Sobre sua vindoura performance com a Sinfônica de San Diego:
Mustaine: "Bem, a música sinfônica, a música clássica, eu acredito, mostra-se bastante no heavy metal. Muitas destas músicas medievais que eu encontrei, e a invasão britânica... LED ZEPPELIN, por exemplo, tem muito do ato de contar histórias e os arranjos clássicos de fato contam várias histórias. E também fui gradualmente ouvindo BEATLES, então vários dos arranjos do Sir George Martin com suas cordas, essas coisas realmente me fascinavam. Então sempre fui fascinado por música clássica, mas a indústria musical está morrendo. Há uma geração de pessoas que não conhecem nada sobre isso. Eu achei que seria legal levar minha guitarra lá e tocar as partes do violino com algumas distorções, e você sabe, ver todos estes filmes da Disney enquanto era criança, eu gostava da música logo antes da maçã envenenada ser mordida, ou antes que o lobo atacasse ou algo assim, onde a música fica meio assustadora. Então nós escolhemos músicas que são realmente emocionais, coloridas – um pouco de Vivaldi e Bach.
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