Corey Taylor: se a banda fosse só imagem não estaria no topo
Por Fernando Portelada
Fonte: Blabbermouth
Postado em 20 de janeiro de 2015
O vocalista do SLIPKNOT, Corey Taylor, valou ao ChronicleLive que a razão da banda sustentar tanta relevância e aclamação da crítica por quase duas décadas, é a forma que eles conseguem passar da teatralidade do palco e o fato de que estão "falando sério". Ele disse: "Nós não estamos só cantando sobre Satã ou tentando chocar em benefício disso. Nós realmente estávamos zangados, nós estávamos chocando porque estávamos saindo correndo do portão com uma raiva gutural. E nós descobrimos que os garotos que se sentiam da mesma forma podiam se relacionar conosco."
Ele adicionou: "Se fossemos somente uma banda com uma imagem, não estaríamos no topo hoje. Nós estamos falando sério. Nós temos o visual, nós temos a arte de capa, nós temos as músicas e são as músicas que lhe mantem aqui. Nós podemos continuar escrevendo muito, muito bem."
"Nós escrevemos ótimos ganchos, melodias, músicas agressivas e é isso que assusta tanto os pais – as máscaras não são acessórios para vender a música e a raiva era real."
Taylor também falou sobre o hiato de seis anos entre o lançamento de ".5: The Gray Chapter", o quinto álbum de estúdio do SLIPKNOT e o primeiro desde a morte do baixista Paul Gray em 2010 e a demissão do baterista Joey Jordison.
"Os fãs tinham problemas comigo porque por muito tempo eles sentiam que era minha culpa, mas nós não queríamos sair correndo e fazer qualquer coisa que fosse parecer forçada, nós queríamos esperar para fazer um álbum", disse. "Nós queríamos alcançar o ponto onde estávamos seguros do que íamos dizer. Todos da banda precisaram de tempo para estarem na mesma página com essa mensagem. Eu não sei sobre os outros, mas se tivesse que esperar seis anos para estar lá, eu teria esperado."
"E talvez a razão de termos demorado tanto é basicamente o processo de luto. Esse luto nos conectou com Paul e talvez não queríamos deixar esse sentimento passar. Mas era preciso. Talvez essa agressão e o sentimento do álbum venha daí."
"Nós precisávamos parar de sentir essa depressão e voltar ao lado positivo que lembrávamos de Paul. E nós fizemos, enquanto fazíamos esse álbum. Enquanto fazíamos isso, eu me senti 20 vezes mais leve. Fazer esse álbum foi muito importante."
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