Slash: ainda há bandas por aí que fazem rock'n'roll por amor
Por Bruce William
Fonte: Blabbermouth
Postado em 13 de novembro de 2015
Durante entrevista com a Rolling Stone India, perguntaram a Slash se ainda há alguma jovem banda de rock'n'roll que ele realmente gosta: "Tocamos na Inglaterra com o trio Raveneye e eles são realmente muito bons. Quando escolhemos a banda de abertura para uma turnê, geralmente ouço primeiro para saber com o que estamos lidando. Então estou a par do que anda rolando. Há algumas bandas que gosto, e outras que ainda precisam ser lapidadas, há muita coisa por aí".
"Falando em um nível mais comercial, rock & roll está estável, mas há muitas bandas novas que tocam sem ganhar grana. É assim que funciona o mercado hoje, nenhuma destas bandas vai passar pelo processo que eu passei, ser descoberto em um clube e assinar com uma gravadora que te leva ao estúdio para gravar um disco, e depois um segundo e terceiro álbum até que funcione. Hoje em dia o foco são artistas que gravam um único hit, e isto é uma concepção totalmente diferente. Mas há muitas e muitas bandas por aí que fazem a coisa como tem que ser, pela paixão e não pelo dinheiro. Não pelo glamour mas sim porque amam o rock'n'roll".
Perguntado se ele acha que há muitos artistas talentosos com potencial mas que não terão as mesmas oportunidades que ele teve no passado, Slash respondeu: "É uma questão complicada. Em algum momento as pessoas tocaram pelo amor à música até que alguém percebeu que podia ganhar dinheiro com isto e tudo cresceu até o ponto, nos anos noventa, em que a indústria musical fazia tanto dinheiro que era maior que a indústria do cinema, maior que qualquer outro ramo do entretenimento. Mas há a indústria musical e a música. Cresci no meio da indústria e vi como existem disputas entre as pessoas - este é o jeito de se fazer dinheiro etc... tinha muita grana envolvida. Daí veio a internet e fodeu com tudo. Então hoje a indústria busca um meio de fazer dinheiro e os artistas se juntaram na luta de achar este jeito, então todos trabalham juntos. Ainda há o lado criativo que não mudou e não se deixa cooptar pela parte comercial, mas é difícil sobreviver, muitos vão tocar nos clubes pra isto. Mas está cada vez mais difícil, as oportunidades são muito diferentes de quando eu comecei no ramo".
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