Los Hermanos e Chorão: A opinião de André Forastieri sobre o atrito
Por Claudinei José de Oliveira
Postado em 07 de novembro de 2015
O polêmico jornalista André Forastieri publicou, em 2014, o livro "O Dia Em Que O Rock Morreu". Nele, entre vários textos merecedores de uma boa leitura, há um, em especial, com o título "Como O Rock Brasileiro Ficou Proibido Para Chorão" escrito no calor da hora, a respeito da morte do vocalista da banda Charlie Brown Jr., onde é mensurado o significado e a importância do músico para o rock nacional, além da opinião do jornalista a respeito da polêmica envolvendo Chorão e o líder da banda Los Hermanos, a qual acabou chegando às vias de fato.
Para os admiradores da banda de Chorão e para os interessados em discutir a condição do rock feito no Brasil, o texto se faz uma ótima leitura.
"O Charlie Brown não foi sempre essa auto-parodia de hoje. Quando a banda apareceu, era única. Ninguém mais no Brasil captou essa vibração californiana, praiana-urbana, surf e também skate, relax e tensão, vida boa e vida lôca. Fora tínhamos Sublime, Red Hot Chili Peppers, Urban Dance Squad. Aqui, ninguém, e ninguém seguiu o Charlie Brown. Eles descobriram um mundo lá fora, recriaram esse mundo aqui dentro, e ali reinaram sem rivais. Era o som moderno da Califa via Santos, muito brasileiro, galinha, eshperto.
A onipresença da banda mexeu com o núcleo dos maiores rivais do Charlie Brown em sua geração, seus antípodas em popularidade e respeito da crítica: Los Hermanos. Charlie Brown era bermuda, tatoo, zoeira, somos do rock e vai encarar? Los Hermanos barbicha, cabecice, instrospecção e ânsia desesperada de aceitação na MPB empoeirada. Uma banda abraçava a praia, outra lhe dava as costas. Chorão tinha milhões de amigos, Marcelo Camelo e companhia sonhavam com poucos e bons discípulos. Um fez sucesso só de público, outro sucesso só de crítica.
Um dia a língua de Camelo foi mais longe que devia: "esse negócio de fazer comercial para Coca-Cola é um desdobramento da indústria, a gente rejeita esse negócio de vender atitude". E depois: "o Charlie Brown Jr. é uma banda da qual temos discordâncias estéticas... são precursores deste estilo que combatemos."
E foi aí que Chorão ganhou minha torcida. Porque foi tirar satisfações com Camelo. Deu-lhe um soco no nariz, o que não é bonito, mas fácil entender e, no meu caso, aplaudir. Camelo processou pela agressão, pedindo dinheiro, o que é menos bonito ainda, pra não dizer invertebrado. Perdeu. Comemorei com Chorão. Los Hermanos sempre pediram uns corretivos."
A matéria completa pode ser lida no link abaixo:
http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2013/03/06/chorao/
Fonte:
FORASTIERI, André. O Dia Em Que O Rock Morreu. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2014. pp. 91-93.
A briga entre Chorão e Marcelo Camelo
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Irmãos Cavalera não querem participar de último show do Sepultura, segundo Andreas Kisser
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O melhor baterista dos últimos 10 anos, segundo Lars Ulrich do Metallica
O guitarrista que Jimmy Page admitiu estar fora de seu alcance: "Não consigo tocar"
O melhor disco de Raul Seixas, apurado de acordo com votação popular
Andreas Kisser diz que não tem a "mínima vontade" de voltar a tocar com irmãos Cavalera
Evanescence anuncia turnê mundial para 2026
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Dave Grohl
Monsters of Rock confirma as 7 atrações da edição de 2026 do festival
As três bandas clássicas que Jimmy London, do Matanza Ritual, não gosta
O único "filme de rock realmente bom" da história, segundo Jack Black
Robert Plant acrescenta o Rio de Janeiro à turnê brasileira em 2026
Robert Plant confirma show em Porto Alegre para 2026

A crítica ácida de Daniela Mercury ao hit "Anna Júlia", dos Los Hermanos
Los Hermanos e Chorão: A opinião de André Forastieri sobre o atrito


