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Por Luiz Pimentel
Fonte: Blog do Luiz Pimentel
Postado em 23 de maio de 2017
Morrissey é um dos símbolos da cidade. Talvez o maior. Portanto, fala com uma propriedade que só ele tem. E quando faz uso desta, não tem para ninguém. Olha o que ele soltou, em tradução livre, sobre o atentado que vitimou 22 pessoas ao final do show de Ariana Grande justamente no dia de seu aniversário de 58 anos.
Comemorando meu aniversário em Manchester quando a notícia da bomba da arena de Manchester chegou. A raiva que sinto é monumental.
Por quais razões isso vai parar?
Theresa May (Primeira ministra britânica) diz que tais ataques "não nos quebrarão", mas sua própria vida é vivida em uma bolha à prova de bala, e ela evidentemente não precisa reconhecer nenhum jovem hoje em necrotério de Manchester.
Além disso, "não vai nos quebrar" significa que a tragédia não vai quebrá-la, ou suas políticas sobre imigração. Os jovens de Manchester já estão quebrados – muito obrigado assim mesmo, Theresa.
Sadiq Khan (Prefeito de Londres) diz que "Londres está unida com Manchester", mas não condena o Estado islâmico - que se responsabilizou pela bomba.
A rainha recebe elogios absurdos por suas "palavras fortes" contra o ataque, contudo não cancelará a festa de hoje no jardim do palácio de Buckingham - para a qual nenhuma reprovação é permitida na imprensa livre da Grâ Bretanha.
O prefeito de Manchester, Andy Burnham, disse que o ataque é obra de um "extremista". Um extremo o quê? Um coelho extremo?
Na Grã-Bretanha moderna todos parecem petrificados para dizer oficialmente o que todos nós dizemos em privado. Os políticos dizem que não têm medo, mas nunca são vítimas. Como é fácil ficar sem medo quando se está protegido da linha de fogo. As pessoas não têm essas proteções.
Morrissey
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