Dio Britto: "Eu escuto, toco e respiro metal."
Por Geraldo Andrade
Fonte: Facebook Dio Britto
Postado em 07 de janeiro de 2019
No Brasil, ele foi baterista das bandas DISTRAUGHT e IN TORMENT. Hoje é mais um músico brasileiro que faz sucesso nos EUA, é o dono das baquetas da banda WESTFIELD MASSACRE.
Conversamos com DIO BRITTO, uma conversa onde o baterista falou do seu atual momento, do seu passado e muito mais, vale a pena conferir!
Em primeiro lugar muito obrigado por ter aceito o convite para entrevista.
Dio: O prazer é meu, tchê!
Você ficou conhecido como o baterista da banda DISTRAUGHT. Como foi essa tua passagem pela banda?
Dio: Foi uma experiência muito boa de onde tirei não apenas experiência e profissionalismo como musico, mas amizades e lembranças para a vida. Com eles fiz dezenas de shows, incluindo duas tours pela Argentina, a abertura histórica da primeira passagem do MEGADETH pela capital gaúcha, etc. Também gravei e lancei um álbum com eles (The Human Negligence is Repugnant), e dois videoclipes oficiais.
Você tem contato com seus ex-companheiros de banda?
Dio: Sim, mantemos contato direto, adoro aqueles perturbados! (risos)
Será que algum dia o DIO vai voltar ao DISTRAUGHT?
Dio: Será? Na verdade, eu me considero um membro permanente da banda, era fã antes de ser o baterista e continuo fã e parte da família. Mas já que tu perguntaste, tem uma surpresa a caminho!
Você também foi baterista da banda In Torment, fale da sua passagem por essa banda? Foram 3 anos de banda?
Dio: Outra banda que me fez crescer muito como musico e com a qual fiz minha primeira tour na Europa. Com eles gravei e lancei um EP/DVD (The Flesh Gateway), um álbum (Sphere of Metaphysical Incarnations), e três videoclipes, além de inúmeros shows pelo Brasil, incluindo um show memorável com o MORBID ANGEL. Enfim, uma experiência animal, a qual sou muito grato de ter feito parte e dividido com um dos meus melhores amigos, o RAFAEL GIOVANOLI.
Como o DIO BRITTO foi parar em Los Angeles, conte para nós um pouco dessa sua ida para os EUA?
Dio: Vir para os EUA era um pensamento desde pequeno, que foi apenas crescendo, e acho que o ponto crítico, onde tomei a decisão, foi constatar que o Brasil era muito limitado para o mercado na música pesada e também ver o rumo que nosso querido país havia tomado. Crises políticas e sociais, e uma epidemia mental coletiva, uma confusão geral que acabou estourando e afetando o pais inteiro de várias maneiras, na maioria negativas, como percebi nos últimos anos, me dando a certeza de que tomei a decisão correta, sendo alguém com ambições e muita forca de vontade.
Vários músicos estão indo para os EUA, qual a diferença de trabalhar nos EUA e no Brasil? Há mais reconhecimento por aí?
Dio: Eu percebi que o número de brasileiros talentosos vindo para cá aumentou nos últimos anos, e acho isso muito legal. Acho importante também vir com os "pês no chão", ou seja, sabemos que há mais reconhecimento aqui e oportunidades no mundo artístico, mas que isso não significa que vai ser fácil ou que isso vai te deixar rico. Devemos saber separar o profissional da paixão / experiência, e vida pessoal. Cada um tem suas necessidades e um caminho diferente a trilhar. Não existe formula. O negócio e fazer como Jack o Estripador, ir por partes!
Li numa entrevista sua, que você disse que 2016 foi um ano um tanto quanto surreal, comente para nós o que aconteceu nesse ano?
Dio: 2016 foi o ano em que o WESTFIELD MASSACRE decolou, logo após eu entrar banda, naquele ano lançamos 2 videoclipes, um álbum, fizemos uma tour americana de sucesso junto ao TRIVIUM e SEVENDUST, e tocamos em outros fests pelo pais como o Knotfest meets Ozzfest. E para fechar com chave de ouro aquele ano, conheci uma linda americana com a qual me casei em dezembro do mesmo ano!
Quais projetos/bandas que você participa hoje em dia?
Dio: Bom, atualmente continuo membro do WESTFIELD MASSACRE, mas também faço algumas gigs diferentes com outras bandas, e estou aberto a convites para tours, gravações, etc.
Como você entrou para o Westfield Massacre?
Dio: Eu conhecia a banda já desde o lançamento do primeiro single. Havia outro brasileiro na banda, BILL HUDSON, com quem eu estava em contato já. Quando me mudei pra Los Angeles, acabei virando amigo e roomate do MAX GEORGIEV, que acabou tocando na banda por um tempo também, então eu já estava andando com eles e virei amigo do TOMMY VEXT. Logo, quando o TIM YEUNG pulou fora, o convite veio logo. Fiz um vídeo tocando três músicas deles, e provei que estava apto a posição. O resto e história. Vale ressaltar que substituir TIM YEUNG foi tarefa árdua e que me sinto orgulhoso de ter ido tão longe com eles.
Com a banda você gravou o álbum "Salvation", como foram as gravações desse álbum?
Dio: Como todos sabem, foi uma transição um tanto quanto complicada, pois com a saída de TOMMY VEXT (agora no BAD WOLVES), e com a decisão de continuar a banda, tínhamos a missão de não apenas apresentar um novo vocalista que fosse tão versátil quanto, mas que acrescentasse algo e nos ajudasse a criar um álbum a altura ou melhor que o primeiro. Tínhamos o instrumental das músicas já gravadas, mas reescrevemos, regravamos e escrevemos mais músicas para o novo álbum. Depois de muito trabalho e pressão dos fãs e de nós mesmos, acho que fizemos um trabalho sensacional. Adoro e me orgulho de fazer parte da história do álbum "Salvation". Logo após as gravações terminarem, trouxemos outro brasileiro (gaúcho) para o time, meu maninho LUÍS KALIL. Apenas lamento ele não ter participado das gravações, mas não vejo a hora de criar música com ele.
Com o Westfield Massacre, você tocou em grandes festivais, como tem sido essa experiência?
Dio: O maior fest que tocamos foi na edição de 2016 do Knotfest meets Ozzfest. Eu sonhava desde os 14 anos em comparecer a um Ozzfest, mas ver o nome da minha banda no mesmo cartaz com SLIPKNOT, SLAYER, etc. Não tem preço. Foi demais! Curti cada segundo e conheci ídolos e adquiri muita experiência. Lembro também de tocar no Dirfest, que acontece em Michigan, com o KILLSWITCH ENGAGE, HATEBREED, etc. Foda!
Quando não está no palco ou em estúdio, como é a vida do DIO nos EUA?
Dio: Bom, eu acabei me mudando outra vez, e agora vivo no Arizona, perto do MAX CAVALERA e ROB HALFORD! (risos). E aqui vivo uma vida mais pacata com minha esposa e nosso dog. Gosto de curtir o clima aqui, e assistir Netflix and chill! (risos)
Do que você sente saudades do Brasil, mais precisamente de Porto Alegre e do Rio Grande?
Dio: De ser assaltado. Estou brincando! (risos). Sinto saudades principalmente da minha família e amigos, do calor humano que só a gente tem, das churrascadas com a galera (mesmo que eu não coma mais carne), e de poder beber uma gelada no parque em público!
O que o DIO anda escutando hoje em dia?
Dio: Desde sempre, depende do dia. Num dia estou afim de escutar Death Metal, no próximo Hair Metal e no próximo, Punk Rock. Mas não tenho escutado muita coisa nova, na verdade. Mas se me permite dar uma dica de banda nova para galera, escutem RED DEVIL VORTEX!
Você é endorse de quais marcas?
Dio: Eu consegui apoio da Tama em 2016, e através deles adquiri uma bateria animal, a qual ainda uso oficialmente em tours e videoclipes. Tive outros convites de marcas, mas eu prefiro ser livre para usar e comprar o que eu quiser.
Que conselho você daria para a geração de bateristas que está começando agora?
Dio: Pratique muito e não apenas no seu quarto, com outras pessoas, forme bandas, escrevam suas próprias músicas e ache sua própria identidade. Se preocupem menos com a opinião dos outros. E toque ao vivo, mas também compareça e apoie outras bandas. Mantenha o rock vivo!
Um recado final para os fãs e leitores?
Dio: Muito obrigado Geraldo pele espaço, a você que leu até aqui, e a todos que me acompanham e curtem meus trabalhos na música. Eu escuto, toco e respiro Metal. Prestem atenção nos talentos nacionais e saiam mais de casa para bater cabeça e fazer amizades. Horns Up!
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