Marillion: Steve Hogarth fala sobre turnê solo do início de julho
Por André Luiz Paiz
Fonte: 80 Minutos
Postado em 01 de julho de 2019
Steve Hogarth, a voz do Marillion há mais de trinta anos estará de volta ao Brasil com a sua turnê solo "H Natural". Nela, uma apresentação intimista, com Steve, o piano e o público, tocando clássicos da sua banda.
Para promover a turnê com shows já confirmados no Brasil, Steve atendeu exclusivamente o site do 80 Minutos para falar da turnê e também dos seus trinta anos ao lado deste grande nome da música, o Marillion.
Confira uma parte da entrevista:
1. Intro. Olá Steve, seja bem-vindo!
Olá a todos. É ótimo falar com vocês.
2. Estamos aqui para falar sobre algo muito especial, pois você anunciou recentemente que estará vindo para a América do Sul com a turnê "H Natural". Como você está se sentindo e o que podemos esperar destes shows?
Estou nervoso (risos). Os shows da "H Natural" são sempre assustadores, pois não tenho como me esconder. Eu tenho um milhão de acordes de piano para acertar. Nunca tive problema para me lembrar das letras, mas acordes são mais difíceis. Os shows serão únicos. Eles refletirão a atmosfera e o humor do público daquela noite.
3. Eu acho que é uma ótima ideia interagir com os fãs em um evento mais introspectivo. Como essa ideia surgiu?
Eu tenho uma conta alta de impostos para pagar! (risos). Percebi que a única maneira de pagá-la seria fazendo alguns shows solo. Isso aconteceu há alguns anos e, se não tivesse essa dívida, eu nunca teria começado a fazer isso. Mas, depois que comecei a fazer, eu vi nestes shows solo a oportunidade de fazer diferente, algo muito pessoal e espontâneo para mim.
4. Vocês redescobriram o Brasil com o Marillion na turnê de "Sounds That Can't Be Made". Eu estava lá em São Paulo e foi uma noite muito especial. Depois disso, o Brasil voltou a fazer parte dos planos do Marillion. Eu acho que nós fizemos vocês saberem que são muito bem-vindos aqui, certo?
Isso é ótimo saber. Eu amo Brasil e me sinto em casa quando estou no seu país.
5. Você trará algum convidado nesta turnê?
Não. Nem mesmo uma apresentação de abertura. Sou eu e mais ninguém.
6. H, olhando um pouco para o passado, "Seasons End" foi lançado 1989, que celebra o seu 30º aniversário com Marillion. Você poderia compartilhar algumas de suas melhores lembranças daquele primeiro período com a banda?
Gravar "Seasons End" foi um luxo. Ele foi gravado em um dos estúdios mais luxuosos do Reino Unido, o "Hook End Manor". Uma linda mansão em Oxfordshire, com lindos jardins e que continha um estúdio que era o estado da arte. Tinha também uma equipe de funcionárias para cuidar da gente, cozinhando, lavando roupa, fazendo coquetéis, etc. Nos mudamos para lá em Abril e o sol brilhou todos os dias, o que é bem difícil na Inglaterra. Eu pensei que tinha morrido e ido pro céu.
Fizemos o álbum lá, lançamos e viajamos bastante. Em todos os lugares que fui, me receberam calorosamente - mesmo eu sendo um impostor naquele momento - principalmente em São Paulo e no Rio, onde fizemos o Hollywood Rock, em janeiro de 1990. Estas são as minhas melhores lembranças.
7. Você se lembra que escalou os PA’s no Hollywood Rock? Para nós é inesquecível.
Sim. É inesquecível para mim também. Nós estávamos em contato com todas aquelas super estrelas. Então eu pensei que seria melhor fazer algo radical, aí subi no PA (risos).
8. E depois disso, você se estabeleceu a sua personalidade na banda com "Holidays In Eden" e, posteriormente, com o clássico "Brave". Outro ótimo período para o grupo, certo? Para mim, você trouxe ainda mais energia e diversidade para a banda, o que parecia necessário naquele momento.
Quando eu conheci a banda, eu primeiramente perguntei: "O que vocês estão precisando exatamente?". Eles disseram: "Nós gostamos do que você faz e queremos que continue fazendo, mas conosco!". Então, na minha cabeça, a banda passou a ser um experimento. Começamos a experimentar e continuamos até hoje.
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Link da entrevista:
https://80minutos.com.br/interview.php?interview=44
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