Adrian Smith, do Iron Maiden, comenta loucura dos sul-americanos e cita Vasco da Gama
Por Igor Miranda
Fonte: Talk is Jericho / UG
Postado em 15 de fevereiro de 2020
O guitarrista Adrian Smith falou, em entrevista ao podcast "Talk Is Jericho" transcrita pelo Ultimate Guitar, sobre o fanatismo que muitas pessoas têm pelo Iron Maiden. O músico citou a América do Sul como a região mais apaixonada pela banda, mas lamentou a presença de "caçadores profissionais de autógrafos" em meio aos admiradores.
Inicialmente, ele falou sobre aqueles que não são exatamente fãs, só querem itens autografados. "Agora, as pessoas descobrem o hotel onde você está. São caçadores profissionais de autógrafos. Eles te pegam assim que você sai e você identifica na hora, porque não parecem fãs. Eles têm malas e malas de memorabilia que desejam autografar para poder vender - e isso irrita a maior parte de nós", afirmou.
Em seguida, Smith destacou a diferença de comportamento dos fãs de verdade. "Os fãs genuínos... sabe, o garoto que bate na porta. Está tudo bem com esses. Porém, essas pessoas (os caçadores profissionais de autógrafos) estragam a situação para os fãs reais porque eu não assino nada dessas coisas, já que eles vão vender. E eles também incomodam. Em Nova York, eles podem ser realmente ofensivos e te assediam", disse.
Logo após, o guitarrista citou a América do Sul como o local onde estão "os fãs mais fanáticos". "Eles ficam do lado de fora do hotel em grupos de centenas de pessoas, o que é uma loucura. Claro, não dá para autografar tudo", disse.
Adrian Smith citou uma situação vivida em El Salvador, país da América Central, para exemplificar. "Da última vez em El Salvador, havia uma verdadeira multidão fora do hotel. Quando vi, uma hora depois, a polícia tirou todo mundo, teve tropa de choque e tudo, o que só mostra como é lá embaixo", afirmou.
O entrevistador, então, pergunta se não é incrível o Iron Maiden ainda conseguir esse tipo de reação nos dias de hoje, já que tantas coisas mudaram na música e no rock. "Sim, é incrível", respondeu Smith. "Na América do Sul, eles são muito apaixonados. O cidadão comum não é rico, então, eles dão muita importância para o futebol, são apaixonados por esporte, quase como religião - e é o mesmo com música", completou.
Por fim, o guitarrista do Iron Maiden citou o Vasco da Gama, clube de futebol brasileiro que tem uma torcida organizada independente, chamada Força Jovem, utilizando o mascote Eddie em suas bandeiras e brasões. "Eles são como torcedores de futebol. Em um time, eles chegaram a pegar o Eddie como mascote deles. Acho que é o Vasco da Gama, não tenho certeza, mas um time de futebol usa o Eddie em sua bandeira", concluiu.
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