System of a Down: "Toxicity" atingiu topo da parada durante atentado de 11 de setembro
Por Igor Miranda
Postado em 11 de setembro de 2020
Em 11 de setembro de 2001, o mundo parou por conta dos ataques terroristas nos Estados Unidos, contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, próximo a Washington. Na mesma data, o segundo álbum do System of a Down, "Toxicity", chegava ao topo das paradas americanas.
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O disco foi lançado uma semana antes, em 4 de setembro de 2001, e abocanhou a primeira colocação nas paradas principais de álbuns, a Billboard 200, após ter 220 mil cópias vendidas apenas naqueles 7 dias. Ao todo, o trabalho teve mais de 2,5 milhões de unidades comercializadas nos Estados Unidos e pelo menos 12 milhões no mundo todo.
O baixista Shavo Odadjian comentou, em recente entrevista à "Kerrang!", qual foi a sensação de descobrir que o System of a Down estava no topo das paradas dos Estados Unidos no mesmo dia em que um trágico atentado matou milhares de pessoas no país. O músico contou que soube de ambas as notícias praticamente ao mesmo tempo.
Naquela época, Odadjian morava em Los Angeles, na Califórnia. "Descobri (sobre o primeiro lugar) logo em 11 de setembro. Lembro de minha mãe ligando para mim e pedindo para eu ligar a TV. Logo quando liguei, vi uma das Torres Gêmeas caindo. Não sabia o que estava acontecendo, se era real ou não, então, fiquei vendo horrorizado", afirmou.
Logo em seguida, o baixista recebeu outra ligação. "O telefone tocou e era meu empresário. Ele disse: 'parabéns, você está no primeiro lugar da Billboard'. Ao mesmo tempo, minha mãe falava que o mundo iria acabar. Insano. Fico até arrepiado falando disso", disse.
Curiosamente, "Toxicity" trazia várias letras críticas aos Estados Unidos. Todavia, nenhuma delas sugeria algum atentado ou qualquer ato semelhante ao que atingiu as Torres Gêmeas e o Pentágono em 2001.
Ao todo, quatro aviões foram sequestrados para os atentados. Dois deles colidiram com o World Trade Center, um caiu no Pentágono e o último teve seu curso desviado após passageiros e tripulantes tentarem retomar o controle da aeronave.
Ao todo, quase 3 mil pessoas morreram em meio aos ataques. Entre os falecidos, estavam os 19 sequestradores e 227 passageiros e tripulantes nos aviões. Além disso, pelo menos uma pessoa veio a óbito por doença pulmonar causada pela poeira da colisão entre os aviões e as Torres Gêmeas.
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