Por que Paul Stanley ficaria honrado se banda Kiss seguir sem Gene Simmons e ele
Por Igor Miranda
Postado em 24 de dezembro de 2020
Paul Stanley e Gene Simmons, líderes do Kiss, nunca esconderam que gostariam de transformar a banda em uma espécie de franquia, seguindo adiante sem nenhum integrante original. O grupo, aliás, está em sua segunda turnê de despedida, "End of the Road", o que indica que esse plano pode virar realidade daqui algum tempo.
Em entrevista ao canal de Scott Lips no YouTube, transcrita pelo Blabbermouth, Stanley refletiu sobre o assunto e disse que ficaria "honrado" se o grupo pudesse continuar sem qualquer um de seus criadores. Para ele, o Kiss é "mais do que uma banda", apesar de saber que esse conceito irrita algumas pessoas.
"Se você vai ao show de qualquer artista ou banda hoje, você vê o DNA do Kiss nesse show. Tudo o que todos fazem hoje no palco é, de alguma forma, baseado naquilo que fizemos", afirmou, inicialmente.
O Starchild citou que a presença do baterista Eric Singer e do guitarrista Tommy Thayer nas vagas dos originais Peter Criss e Ace Frehley indica que não há problemas em seguir sem membros da primeira formação. Isso pode facilitar, inclusive, uma transição da banda para uma formação sem nenhum integrante clássico.
"Sempre acreditei que a banda era maior que seus indivíduos. No começo, diziam que estávamos errados, mas agora são eles que estão 50% errados, porque Eric saiu e voltou nos últimos 20 anos e Tommy está conosco há uns 18 anos. E a banda nunca esteve melhor", disse.
O músico, então, começou a refletir: "Há alguém que pode tomar meu lugar? Acho que sou muito bom, mas sei que há pessoas por aí comprometidas com o que fazem da mesma forma que eu - e que podem continuar com isso sem copiarem".
Ele admitiu que ficaria "mais do que honrado" caso isso acontecesse. "Seria uma enorme conquista se o Kiss pudesse continuar como uma banda viável de shows, porque é isso que entregamos e essa é a nossa filosofia de dar 100% aos fãs, não apenas no palco, mas em termos dessa reciprocidade que temos com eles", declarou.
Outros exemplos
Ainda durante a entrevista, Paul Stanley citou mais bandas que poderiam seguir sem membros originais ou clássicos. Nomes como Eagles e Journey, na opinião dele, já passaram por testes importantes ao seguirem sem alguns dos grandes músicos do passado.
"Outra banda poderia fazer isso? Não quero apontar, mas quem são os Eagles hoje? Don Henley e vários outros caras muito talentosos. Soa como os Eagles? Sim, então, as pessoas querem ouvir", disse, inicialmente, sobre a banda que traz apenas Don Henley como integrante original hoje - embora o baixista Timothy B. Schmit e o guitarrista Joe Walsh estejam no grupo desde a década de 70.
Com relação ao Journey, o Starchild pontuou: "Quando Steve Perry (vocalista) saiu, diziam que era o fim do Journey, mas as pessoas querem ouvir as músicas, e querem ouvi-las do jeito que está na memória delas. Então, Arnel Pineda faz um grande trabalho".
Por fim, o músico destacou: "Isso tudo leva a discussão para outro nível. Porém, não estamos estabelecendo o precedente - apenas estamos seguindo um que já existe".
A entrevista completa pode ser ouvida, em inglês e sem legendas, no player de vídeo a seguir.
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