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Judas Priest: comentando a história por trás do pejorativo "Unleashed In The Studio"

Por Mário Pescada
Postado em 23 de março de 2021

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Em 1979, o JUDAS PRIEST lançava seu primeiro registro ao vivo, "Unleashed In The East", gravado em Tóquio, Japão. Além do sucesso nas paradas, o disco acabou marcado pelo falso boato de que teria sido regravado em estúdio, gerando o pejorativo apelido de "Unleashed In The Studio".

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O livro "JUDAS PRIEST: Decade Of Domination", do escritor canadense Martin Popoff lançado pela Editora Denfire no Brasil, relembra, na visão dos próprios músicos e do produtor Tom Allom, como surgiu essa falsa acusação. Confira alguns trechos:

"Muito pouco! Essa é a resposta dada por Glenn Tipton sobre a alegação de que o disco sofreu muitas alterações em estúdio, sendo praticamente regravado, e ganhando até um apelido pejorativo de "Unleashed In The Studio". Esse boato foi aumentado porque, nos shows no Japão, Rob estava um pouco doente, com gripe, o que fez com que sua voz ficasse um pouco comprometida. E nós realmente tivemos que dar uma atenção especial aos vocais em estúdio, o que é muito incomum, porque Rob tem uma ótima voz. Então, achamos melhor dar um trato no que se referia aos vocais e acabamos também incluindo algumas coisas nas guitarras, mas muito pouco. Foi aí que vieram os boatos de que o disco havia sido todo regravado em estúdio. Mas está muito claro que não foi o caso, basta ouvi-lo com cuidado. Aquilo é uma representação realista do que era o JUDAS PRIEST numa performance ao vivo no Japão em 1978 (nota: um pequeno lapso de Tipton, a tour que gerou o disco começou no final de 1978, mas o disco foi gravado em 1979). No geral, trata-se de um ótimo álbum ao vivo e muito honesto. Muita gente ainda tenta especular sobre o assunto, pois sim, sempre haverá rumores".

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"O Unleashed foi um disco difícil devido a gravações originais bem ruins, explica o produtor do projeto, Tom Allom. Foram captados os áudios de vários shows; a Sony foi a encarregada de fazer isso no Japão, e gravou tudo exatamente igual, então tudo pecava nos mesmos quesitos (risos). Tive muito trabalho no tratamento do som. A captação deve ter sido feita no final da turnê e a voz de Rob estava muito cansada". (nota: Tom acabou trabalhando em todos os discos do JUDAS PRIEST a partir de então, além de ter trabalhos com o BLACK SABBATH e GENESIS, como engenheiro de som)

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Glenn Tipton continua: "Não fizemos nenhum overdub de guitarra, pois eu já tinha tentado fazer isso em outros trabalhos de tratamento para gravações ao vivo, em que se tenta sincronizar guitarras com o som produzido num show. É uma tarefa muito difícil de ser feita, quase impossível, sendo bem franco com você. O que fizemos... Não consigo me lembrar direito agora, foi algo como dividir alguns pedacinhos para regravar alguns pequenos trechos. Seria muito fácil fazer hoje com o ProTools, mas na época era algo desafiador. Trabalhamos com o que tínhamos ali disponível, dentro das limitações tecnológicas".

"Então foram apenas alguns vocais, nada muito além disso, continua Allom. Lembro que alguns chamaram esse disco de Unleashed In The Studio, o que absolutamente não é o caso (risos). Nos últimos dois anos, realizei alguns trabalhos com discos gravados ao vivo; cerca de cinco anos atrás, trabalhei naquele ao vivo de Budokan, sem nenhum tipo de overdubs. Também não houve overdubs nas apresentações especiais do British Steel, que fizemos há pouco (nota: sucessor de Unleashed In The East, lançado em 1980). Glenn apareceu numa tarde, só para fazer alguns ajustes com a afinação em algumas das músicas e foi só. Depois disso, trabalhei num pequeno álbum lançado na primavera do ano passado, chamado A Touch Of Evil: Live (nota: outro disco ao vivo, de 2009), e nem cheguei a ver ninguém da banda durante sua produção. Essa foi uma compilação de shows diferentes entre os anos de 2005 e 2008".

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Além desse fato na carreira do JUDAS PRIEST, o livro traz outros depoimentos dos membros, ex-membros, de pessoas próximas a banda e TUDO que rondou o grupo de "Rocka Rolla" (1974) a "Defenders Of The Faith" (1984), além da já característica do autor Martin Popoff em fazer sua análise faixa a faixa de cada disco.

Para adquirir esse baita livro, entre em contato com a Editora Denfire ou pelo email [email protected]

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FONTE: Editora Denfire
https://editoradenfire.com/

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Sobre Mário Pescada

Mineiro, leitor compulsivo, ouvinte de todas as vertentes do rock - do blues ao grindcore. Valoriza mais a honestidade e entrega em cima do palco do que a técnica. Guarda os flyers dos shows que vai como se fossem relíquias.
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