Jaguar: a banda que "inspirou" Lars Ulrich em "Whiplash"
Por Tchelo Emerson
Postado em 29 de julho de 2021
Em mais um vídeo da série de resenhas do canal Metal Musikast, temos a análise do álbum "Power Games", da banda britânica Jaguar.
Veja a resenha no player de vídeo a seguir:
Caso a popularidade de uma obra fosse baseada apenas em seu valor artístico, o álbum "Power Games", da banda britânica jaguar teria maior reconhecimento.
A banda é uma das pioneiras do movimento musical que ficou conhecido como New Wave of British Heavy Metal, popularizando a sigla NWOBHM (ou Nova Onda do Heavy Metal Britânico), tendo sido formada em 1979.
Quando pensamos em NWOBHM, logo nos vem à mente o Iron Maiden, os maiores desse movimento, além do Saxon e do Def Leppard.
Além destes, o Diamond Head ganhou notoriedade por conta do apoio que recebeu do Metallica, que gravou covers de quase o álbum Lightining to the Nations.
O Raven é bem lembrado, não só por seus ótimos álbuns, mas também por ter participado da famosa primeira turnê do Metallica.
Se essas bandas tiveram o reconhecimento merecido, por que o Jaguar acabou ficando em segundo plano, já que merecia figurar na Premier League do metal britânico com seu álbum de estreia.
Talvez a própria banda tenha contribuído para suas dificuldades, quando trocou saiu da gravadora Neat Records e gravou um disco com influências de AOR, This Time, pela Roadrunner Records, fazendo a banda perder o rumo e se separar em 1984, voltando à ativa 16 anos depois, com o álbum Wake me.
Já lançaram os discos Run Ragged (2003) e Metal X (2014) e fizeram shows com certa regularidade, inclusive participando de festivais europeus, com algumas mudanças de formação.
O álbum "Power Games" traz aquilo que melhor definiu o heavy metal durante a NWOBHM, com músicas rápidas, centradas em riffs criativos e sujos, chegando a fazer um som que logo ficou conhecido como speed metal, como podemos conferir nas músicas "The Fox" e "Prisoner".
A música de abertura, Dutch Connection é um clássico e ficaria muito bem se fosse tocada como versão pelo Metallica no EP "Garage Days RE-revisited", lançado em 1987 e que colocou em evidência as bandas que foram "coverizadas".
"Ain't no fantasy" tem influências de Judas Priest e "Raw Deal" parece um Deep Purple "speed metal".
"Coldheart" começa em estilo progressivo e melódico, na linha do que Paul Dianno cantou no iron Maiden em músicas como "Remember tomorrow" e "Strange World", para descambar mais uma vez para o "speed metal".
A versão nacional lançada pelo selo Voice Music tem 3 "bonus tracks". Não entendo porque "Axe Crazy" não entrou no "tracklist" regular, pois é uma das melhores do álbum.
Além dos bônus, o CD nacional vem em "slipcase", com um poster.
James Hetfield sempre andava com um colete onde se via um "patche" da banda Jaguar. Lars Ulrich também era um grande fã da banda. No livro "Metallica - All that Matters - A biografia definitiva", de Paul Stenning, há citação de uma fala de Lars Ulrich, na página 71, em que o baterista do Metallica admite que "chupou" o começo da música Stormchild para o início da música "Whiplash". O Jaguar havia participado da coletânea "Heavy Metal Heroes" com essa música, que já foi relançada como bônus em algumas versões de "Power Games" e "Metal X".
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