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Marcelo Nova: "ninguém manda em Marcelão, abraço quem eu quero e vou morrer"
Por Emanuel Seagal
Postado em 14 de julho de 2021
Em comemoração ao Dia Mundial do Rock, Marcelo Nova (Camisa de Vênus) foi entrevistado pelo programa Bahia Meio Dia, filiada da Rede Globo em Salvador, uma participação que está sendo utilizada por diversos canais contrários às medidas de proteção contra o COVID-19.
"Prestes a fazer 70 anos de idade, e com 40 anos de carreira, isso não serve pra mim. Eu fiz as minhas regras, eu faço meu caminho, não deixo que governadores, prefeitos nem presidentes, ninguém manda em Marcelão", afirmou ele.
Ao ser questionado sobre o que produziu durante "esses meses de isolamento", o músico respondeu: "Veja bem, isolamento parcial né, pois eu não me submeto a esses 'fica em casa, não sai, não se aproxime', eu beijo quem eu quero, eu abraço quem eu quero e eu vou morrer. Se não morrer de COVID, vou morrer de câncer, assassinado, atropelado, zika, chikungunya. Eu vou acabar morrendo do mesmo jeito. Todos nós deveríamos, penso eu, amar a vida, o fato de estar vivo, porque respirar não é viver. Tem gente respirando por aí e que está morto. Viver é ter prazer na vida, é assumir seus compromissos."
Marcelo Nova atacou diretamente João Dória e criticou: "Qual a mensagem que um governador passa ao agir dessa maneira, ao ir pra Miami. 'Fica em casa seu babaca, fica aí com seu álcool em gel, sua máscara e distanciamento, porque eu vou pra Miami, curtir, sem máscara nem nada, porque eu tenho o poder, e você babaca, obedece', então esses elementos de governos totalitários existem não é de agora. Tô acabando de ler um livro de um francês chamado Gustave Le Bon, ele escreveu em 1880, e ele chama atenção para que o pânico disseminado, como a mídia vem disseminando esse pânico, ele é altamente favorável a um controle governamental, o indivíduo desaparece, a contestação some da face da terra, você é apenas um número."
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O termo que Marcelo Nova usava para se referir aos Paralamas e bandas do RJ
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