Marcelo Nova diz que suas letras são atemporais: "Sangue, ódio, sexo, paixão"
Por Bruce William
Postado em 17 de junho de 2023
Durante participação no PodCast50Mais, Marcelo Nova comentou as letras das músicas que ele fez ao longo de sua carreira. "O meu interesse pelas palavras e pelas letras me levou a escolher o meu caminho no Camisa de Vênus. 'Eu quero escrever as canções, eu não sei tocar. Eu quero escrever as canções'. Mas sou um sujeito muito inquieto, não me satisfazia só escrever as canções, eu queria tocar, eu queria compor as canções", diz Marcelo, explicando que na época do Camisa ele escrevia as músicas na cabeça e depois explicava para os músicos a sua ideia, coisa que faz até hoje, mas agora com o filho, Drake Nova.
"Então a partir do momento em que eu percebi que eu tinha facilidade, embora fosse um total analfabeto musical, eu fui fundo, eu era um menino pretensioso(...) Até hoje não há exceção na minha obra, eu já tenho mais de 200 músicas compostas, nenhuma delas eu comecei pela música. Todas eu começo pela letra, depois eu concluo o texto. Se eu fosse um pintor, a tela seria a minha letra e a moldura seria a minha música, que serve para conduzir o meu texto. E de lá para cá, não mudou muito, evidentemente", explica.
"Você aprende algumas coisas no decorrer de 43 anos de carreira. Você aprende a evitar certas coisas, por exemplo, qualquer uma das premissas em relação ao meu trabalho é algo que seja atemporal. Eu não faço música sobre o Morumbi Shopping, sobre o Fashion SP Fashion. Não faço música sobre as maravilhas da tecnologia. Não, o meu trabalho é fundamentado nas mesmas dores e nos mesmos prazeres que o meu avô tinha. Meu trabalho é sobre sangue, ódio, sexo, paixão, tudo que vem desde que o mundo é mundo. Eu não sei fazer falar sobre nada de novo", finaliza.
Veja no vídeo a seguir a participação de Marcelo Nova no PodCast50Mais, apresentado por Fabio Atui e Fernando Rocha.
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