A emotiva última vez em que Brian May, do Queen, esteve com Freddie Mercury
Por Igor Miranda
Postado em 17 de agosto de 2021
Como foi o último encontro de Brian May com Freddie Mercury? Já sem poder levantar da cama, o vocalista do Queen, falecido em novembro de 1991 devido a complicações causadas pela aids, recebeu uma agradável visita do guitarrista.
A ocasião foi relembrada por May em entrevista ao jornalista Felipe Branco Cruz, da Veja. O bate-papo pode ser conferido integralmente tanto na seção de páginas amarelas da revista (edição 2.751) como no site da publicação.
Inicialmente, Brian comentou que Freddie não estava bem fisicamente - o cantor faleceu dias depois -, mas a visita levantou o astral dele. Naquele dia, os dois assistiram juntos ao filme "Quanto Mais Idiota Melhor", que trazia uma cena épica envolvendo a música "Bohemian Rhapsody", do Queen.
"Ele estava confinado numa cama. Mostrava-se triste por não poder se levantar e olhar o jardim pela janela. Levamos uma fita do 'Quanto Mais Idiota Melhor', do Mike Myers. Ele assistiu ao filme e sorriu", afirmou.
Em seguida, May contou: "Conversamos sobre várias coisas e, de repente, ele disse: 'Brian, você não precisa me entreter, você não precisa ficar conversando comigo. Estou muito feliz só por você estar aqui. Podemos aproveitar este momento. Não sinta que precisa fazer nada por mim'. Isso foi muito inspirador. Freddie sabia que não tinha muito tempo e estava feliz apenas por compartilhar os momentos de uma forma espiritual".
O guitarrista do Queen destacou que o amigo e parceiro de banda não era do tipo que ficava deprimido ou reclamava, mesmo ciente de que estava com uma doença sem cura. "Nunca o ouvi reclamar. Alguns dias depois recebemos o telefonema avisando que Freddie tinha morrido. Embora soubéssemos que isso aconteceria, não conseguíamos acreditar. E, de repente, era isso", declarou.
Ainda durante o bate-papo, Brian May lembrou de quando os veículos de comunicação começaram a repercutir a notícia de que Freddie Mercury havia falecido. "Eu, John (Deacon, baixista) e Roger (Taylor, baterista) estávamos juntos e nos sentamos em uma sala e ligamos a TV. Foi simplesmente alucinante. Nosso mundo foi destruído de uma hora para outra. Embora devêssemos estar preparados, o fato é que não estávamos", comentou.
A entrevista completa pode ser conferida no site da Veja ou na edição 2.751 (18 de agosto de 2021) da revista.
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