Armored Dawn: negando vínculos políticos, banda anuncia fim de suas atividades
Por Igor Miranda
Fonte: Roadie Crew
Postado em 30 de setembro de 2021
A Armored Dawn anunciou o encerramento de suas atividades. A informação foi confirmada, na noite desta quinta-feira (30), em uma nota conjunta redigida pela banda e publicada no site da revista Roadie Crew.
No texto, o grupo formado por Eduardo Parras (vocal), Tiago de Moura (guitarra), Timo Kaarkoski (guitarra), Heros Trench (guitarra, também integrante do Korzus), Rodrigo Oliveira (baterista, também do Korzus) e Rafael Agostino (teclados) afirma não ter "nenhum tipo de vínculo político". A nota não é assinada pelo baixista Fernando Quesada (ex-Shaman e Noturnall), que anunciou sua saída da formação mais cedo nesta quinta (30).
"A Armored Dawn sempre foi uma banda de rock formada por músicos com mais de 30 anos de estrada. Não compactuamos com nenhum preconceito, discurso de ódio e não temos nenhum tipo de vínculo político. Informamos que a banda está encerrando as suas atividades. Eduardo Parras, Rafael Agostino, Timo Kaarkoski, Tiago de Moura, Heros Trench e Rodrigo Oliveira", diz a nota.
O encerramento das atividades do Armored Dawn foi anunciado um dia após a banda deixar o line-up do Knotfest Brasil. Em breve nota, a organização do festival disse apenas que a banda "não fará mais parte do line-up".
As notas do Armored Dawn e do Knotfest Brasil não fazem menção direta às causas que levaram a banda a deixar o line-up do festival ou encerrar suas atividades. Imagina-se, porém, que a situação esteja ligada à investigação conduzida pela CPI da Covid envolvendo a Prevent Senior, empresa de assistência médica fundada por Eduardo Parras - nome artístico do médico Eduardo Parrillo - junto do irmão, o administrador e também músico Fernando Parrillo.
De acordo com a Agência Senado, a Prevent Senior é investigada na CPI da Covid por diversas denúncias relacionadas ao tratamento dado a pacientes com Covid-19 - entre elas, fraude de prontuários médicos e atestados de óbito para ocultar mortes de pacientes com Covid-19.
Os senadores que atuam na CPI apuram, a partir do dossiê de médicos que trabalharam para a Prevent Senior, se a operadora usou indiscriminadamente em pacientes da rede remédios sem eficácia comprovada pela ciência, como a hidroxicloroquina.
Também é investigado se a empresa realizou experimentos com pacientes sem autorização das famílias e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e se esses estudos teriam sido usados pelo Ministério da Saúde por meio do chamado "gabinete paralelo".
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