Armored Dawn, banda de dono da Prevent Senior, não tocará mais no Knotfest Brasil
Por Igor Miranda
Fonte: José Norberto Flesch
Postado em 29 de setembro de 2021
O Armored Dawn não tocará mais no festival Knotfest Brasil. A banda traz como vocalista o médico Eduardo Parrillo, um dos fundadores da Prevent Senior, empresa de assistência médica investigada na CPI da Covid.
A informação sobre a saída do Armored Dawn do line-up do Knotfest Brasil foi confirmada pelo jornalista José Norberto Flesch, em seu canal no YouTube. Cerca de uma hora depois, a própria organização do evento se manifestou, com uma breve nota, para confirmar o fato.
"O Knotfest Brasil comunica que a banda brasileira Armored Dawn não fará mais parte do line up do festival a ser realizado em dezembro de 2022", diz o texto publicado pelo Knotfest Brasil nas redes sociais e enviado também ao Whiplash.Net após solicitação de posicionamento. Não foi feita nenhuma referência à causa, embora imagina-se que esteja ligada à investigação envolvendo a Prevent Senior.
Os músicos não se manifestaram oficialmente sobre a situação. Tanto o site quanto as redes sociais da banda encontram-se desativados no momento.
Programado para acontecer no dia 18 de dezembro de 2022, após adiamento, o evento também anunciou em sua programação as bandas Slipknot, Bring Me the Horizon, Mr. Bungle, Trivium, Sepultura, Motionless in White, Vended e Project46. O festival manteve seu local de realização: o Sambódromo do Anhembi, em São Paulo.
Além de Eduardo Parrillo, que assina como Eduardo Parras em suas atividades artísticas - ele também canta na banda Doctor Pheabes, junto do irmão, o guitarrista e administrador Fernando Parrillo, com quem fundou a Prevent Senior -, o Armored Dawn conta com os guitarristas Tiago de Moura, Timo Kaarkoski e Heros Trench (Korzus), o baterista Rodrigo Oliveira (Korzus), o baixista Fernando Quesada (ex-Shaman, ex-Noturnall) e o tecladista Rafael Agostino.
Prevent Senior e CPI da Covid
De acordo com a Agência Senado, a Prevent Senior é investigada na CPI da Covid por diversas denúncias relacionadas ao tratamento dado a pacientes com Covid-19 - entre elas, fraude de prontuários médicos e atestados de óbito para ocultar mortes de pacientes com Covid-19.
Os senadores que atuam na CPI apuram, a partir do dossiê de médicos que trabalharam para a Prevent Senior, se a operadora usou indiscriminadamente em pacientes da rede remédios sem eficácia comprovada pela ciência, como a hidroxicloroquina.
Também é investigado se a empresa realizou experimentos com pacientes sem autorização das famílias e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e se esses estudos teriam sido usados pelo Ministério da Saúde por meio do chamado "gabinete paralelo".
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