Angra: escolhas erradas prejudicaram "Aqua", "não foi uma boa ideia", segundo Andreoli

O baixista Felipe Andreoli (Angra, 4Action) participou de uma entrevista ao canal de Thales Queiroz no YouTube para divulgar seu álbum solo "Resonance". Durante o bate-papo o músico falou a respeito do álbum "Aqua", lançado em 2010, onde o grupo decidiu pela primeira vez em sua história não trabalhar com um produtor, no estilo "faça você mesmo", e os resultados negativos que ele sentiu por consequência dessa escolha, como a ausência de alguém para unificar as ideias e dar um direcionamento para o disco.

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"Não é que a gente não tenha capacidade de produzir, mas eu acho que é muita gente, de visões e personalidades bastante contundentes trabalhando juntas, e o produtor é mais do que só um produtor musical, ele é um mediador e um facilitador dessas ideias e dessa comunicação. O 'Aqua' foi feito em uma época estranha, não é que a gente estivesse brigado nem nada, mas a banda não estava naquela confiança, naquele momento power, 'vamo botar pra quebrar', a gente estava meio 'vamo aí, vamos ver no que dá', e na época estava com um conceito na cabeça que parecia ser o mais certo. Aí você está envolvido naquela produção, não tem um produtor de fora pra te falar 'vocês estão viajando', e a gente achou que era aquilo mesmo e lançou. Não tinha um responsável, não tinha uma visão clara de onde a gente queria chegar. A gente foi gravando e chegou naquele resultado, que até você lançar, você não sabe se 'flopou', se foi bom, entendeu?", revelou.

Angra: dez anos do mais injustiçado álbum

Felipe justificou que analisar hoje, olhando em retrospecto, permite uma visão diferente do que a banda teve enquanto estava envolvida nas gravações. "É muito fácil olhar dez anos pra trás e falar 'pô, por que vocês fizeram isso?'. Antes de lançar, enquanto você está lá fazendo, você acha que é um conceito diferente, uma batera um pouco mais natural, parece uma boa ideia e aí você lança no mercado, e não, não foi uma boa ideia", disse.

Ouça o álbum "Aqua" no player abaixo.

Thales Queiroz citou também o álbum "Fireworks", lançado em 1998, três anos antes da entrada de Felipe na banda. "No 'Fireworks' a mentalidade deles era 'vamos fazer um negócio cru, anos 70, gravar no rolo, gravar ao vivo', parecia uma boa ideia, não foi o resultado que os fãs esperavam, mas existe um conceito por trás disso que a banda abraçou na época, e se dá certo ou não você vai descobrir depois que lança", comentou o músico.

O bate-papo pode ser assistido na íntegra no player abaixo.

"Resonance" pode ser conferido abaixo e conta com as seguintes faixas:

01 - Driven
02 - Resonance
03 - Thorn In Our Side (com Simon Phillips & Dino Jelusick)
04 - Not A Day Goes By
05 - Metaverse (com Virgil Donati & Andre Nieri)
06 - Neutron Star (com Brett Garsed)
07 - Chaos Theory
08 - Down The Line (com Guthrie Govan)
09 - Sagan (com Kiko Loureiro)
10 - Thorn In Our Side (Instrumental) (com Simon Phillips)