Angra: "A gente chegou com sangue nos olhos no Temple Of Shadows"
Por Emanuel Seagal
Postado em 11 de novembro de 2021
O baixista Felipe Andreoli (Angra, 4Action) participou de uma entrevista no canal do Thales Queiroz no YouTube para divulgar seu álbum solo "Resonance". Durante o bate-papo o músico falou a respeito das diferenças na banda durante a gravação do "Temple of Shadows", se comparado ao "Rebirth", e que deixaram o grupo mais empolgado e com mais energia durante este processo. Confira alguns trechos abaixo, transcritos pelo Whiplash.Net.
Felipe Andreoli - Mais Novidades
Sobre a situação do Angra durante as gravações do "Rebirth", o primeiro sem o trio Andre Matos, Ricardo Confessori e Luís Mariutti.
"Tem que analisar pra entender em que pé a gente chegou no 'Temple of Shadows'. Quando eu entrei no Angra em 2001, era uma grande incógnita se o Angra ia conseguir alguma coisa com o disco novo com três caras diferentes. Não era assim, tipo 'nós somos o Angra, só colocar três caras e vamo embora e vai dar tudo certo'. Não, existia dúvida muito grande, tanto é que a banda começou com cachê baixo de shows, sem muita expectativa com relação ao público, uma fase de bastante insegurança."
"O 'Rebirth' é um disco seguro no sentido que ele segue bem claramente a fórmula, aí sim é mais um gabarito das músicas do 'Angels Cry', quase uma por uma você percebe que a fórmula foi repetida, ou do 'Holy Land', pra tentar, justamente colocar a banda de volta no trilho."
O sucesso do "Rebirth" e a motivação gerada para as gravações do "Temple of Shadows".
"Conforme a gente saiu em turnê a gente percebeu que o negócio decolou. Então a gente fez shows lotados pelo Brasil inteiro, o cachê da banda subiu pra caramba, sucesso total, disco bem aceito. Foram coisas que, novamente, antes de lançar você não sabe o que vai acontecer."
"Existiu muito investimento pra isso acontecer, existiu muito trabalho, só que a gente sabia que a composição do 'Rebirth' tinha sido mais conservadora do que poderia ter sido e quando a gente começou a tocar ao vivo ficou claro que a banda tinha potencial de fazer muita coisa e de explorar mais esse potencial nas músicas do próximo disco, então a gente chegou com sangue nos olhos, no sentido de, tipo assim, 'vamos botar pra quebrar, tocar muito, fazer um disco animal, sem as amarras que a gente tinha no 'Rebirth''.
"Foi tipo assim, 'beleza, fizemos a lição de casa, o jogo tá ganho, e agora a gente vai se divertir'. É claro, não esquecendo os pilares e as raízes do Angra, mas com muito mais liberdade, e com o sangue nos olhos, tipo assim 'agora vou mostrar do que sou capaz'. Todo mundo estava com essa mentalidade, e é por isso que o disco saiu como saiu."
O bate-papo pode ser assistido na íntegra no player abaixo.
"Resonance" pode ser conferido abaixo e conta com as seguintes faixas:
01 - Driven
02 - Resonance
03 - Thorn In Our Side (com Simon Phillips & Dino Jelusick)
04 - Not A Day Goes By
05 - Metaverse (com Virgil Donati & Andre Nieri)
06 - Neutron Star (com Brett Garsed)
07 - Chaos Theory
08 - Down The Line (com Guthrie Govan)
09 - Sagan (com Kiko Loureiro)
10 - Thorn In Our Side (Instrumental) (com Simon Phillips)
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