Mi Vieira (Gloria) explica por que banda sempre "sofreu muito hate" na cena do metal
Por Gustavo Maiato
Postado em 14 de janeiro de 2022
Com cinco álbuns de estúdio lançados, show no Rock in Rio no currículo e milhões de reproduções de suas músicas acumuladas no Spotify, o Gloria conquistou seu lugar ao sol entre as bandas brasileiras de metal que obtiveram sucesso. Mesmo com todo esse reconhecimento, parte da cena não gosta da banda e costuma destilar ódio seja por meio de comentários maldosos ou simplesmente com preconceito.
Em entrevista recente para o podcast Amplifica, apresentado por Rafael Bittencourt, o vocalista da banda, Mi Vieira, explicou o motivo pelo qual, em sua opinião, essa postura acaba ocorrendo entre os consumidores de rock e metal brasileiros.
"No nosso país, o metal é algo muito forte. Você viaja para vários estados, como Piauí, e vê que tem muito metaleiro. E é um meio bem duro, tem que ter muito estômago. Vou ser sincero. Nós sofremos muito, porque viemos do punk emo, de um rolê underground, mas éramos muito emo para o metal e muito metal para o emo. Então ficamos nesse limbo, sofremos muito hate por uma boa parte do público do metal. Nós temos o metalcore, nunca fomos heavy metal nem thrash core. Sempre buscamos o metalcore, que é algo mais novo", explicou.
Em outro ponto, Mi Vieira comentou um pouco sobre as principais influências do Gloria e relembrou um divertido episódio envolvendo o Chorão, saudoso vocalista do Charlie Brown Jr.
"Nossas maiores referências sempre foram Killswitch Engage, All That Remains e até Slipknot, mas também Rob Zombie, Tool, A Perfect Circle e todas essas bandas. Mas sempre trouxemos o metalcore. Era algo mais para o lado do mainstream lá fora, mais comercial. Seguimos esse caminho. Viemos do underground ligado ao punk, então tinha um pessoal vegano, vegetariano. O movimento emo ali estava muito forte. Por ser algo diferente, quando assinamos contrato com uma grande gravadora, tivemos uma grande exposição. Pegamos um público bem do Gloria. São 20 anos de banda já. Lá atrás, lembro de bater um papo com o Chorão, do Charlie Brown Jr., e ele falou para a gente: ‘esse som que vocês fazem... vocês estão fodidos!’, porque só nós fazíamos esse som para o mainstream. Acabamos criando um público no Brasil bem grande a até hoje eu vivo disso", completou.
Assista o episódio completo do podcast abaixo.
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