Skank: Samuel Rosa conta como escreveu "Tão Seu", um dos maiores sucessos da banda
Por Mateus Ribeiro
Postado em 11 de março de 2022
A banda mineira Skank é um dos maiores nomes do rock nacional. Durante a sua longa carreira, que se iniciou na década de 1990, o grupo lançou grandes músicas, que fazem muito sucesso até hoje. Uma dessas músicas é "Tão Seu", faixa de "O Samba Poconé", terceiro disco de estúdio do Skank, lançado em julho de 1996.
Escrita pelo guitarrista/vocalista Samuel Rosa em parceria com o saxofonista Chico Amaral, "Tão Seu" se tornou um dos maiores hits do quarteto. Samuel explicou como escreveu a música, em vídeo postado no seu canal do Youtube.
"É uma das músicas mais conhecidas do Skank, né? Um hit mesmo, uma música que é obrigatória nos nossos shows. Geralmente a gente escolhe [‘Tão Seu’] pra acabar, [a gente] encerra o show com essa música. É uma música mais pra cima", diz Samuel, que na sequência, relatou a dura missão que a música tinha: substituir "Garota Nacional" nas rádios do Brasil.
"Para quem viveu essa época e para quem não viveu está sabendo agora, em 96, ‘Garota Nacional’ dominou as rádios brasileiras e algumas estrangeiras também. E tocou muito, talvez tenha sido a música do Skank que mais tenha tocado em rádios FM. Enfim, virou uma febre a tal ‘Garota Nacional’ (...) Ela [‘Tão Seu’] se saiu muito bem, eu acho que ela usou talvez da brecha que ‘Garota Nacional’ abriu chamando atenção para aquele disco novo", disse Samuel.
O vocalista também relembrou o sucesso de "Samba Poconé", maior sucesso comercial da banda.
"As duas músicas [‘Tão Seu’ e ‘Garota Nacional’] fazem parte do disco do Skank que mais vendeu em toda a história, ‘O Samba Poconé’, só naquela época, meados ali de 95 97, [o disco vendeu] um milhão e 800 mil cópias".
Em outro trecho, Samuel falou sobre a inspiração para a letra da música.
"Ela [‘Tão Seu’] faz menção a um tipo de leveza numa relação. Tem uma certa tristezinha, uma melancolia da pessoa que não está junto com quem ama, mas que já está fazendo os planos então... ‘De noite eu quero ir para o cinema com você’ [um dos trechos da canção]. Eu acho que um pouco conhecido supervalorização que a gente ali dava aos nossos relacionamentos, nós todos do Skank e o Chico também. No momento em que a gente se via praticamente exilado de casa, exilado da cidade... A gente vivia e vive até hoje rodando o Brasil, sempre fora [de casa], sempre viajando. Então, [a música] falava das delícias que é um encontro, uma paquera, um namoro despretensioso, o programa de um casal de noite, ver um filme no cinema. Cinema esse que de fato hoje existe em Belo Horizonte, é o Cine Pathé, hoje está desativado, mas trata se de um lugar tombado pelo Patrimônio Histórico. É um cinema antigo bem antigo na cidade. Não só ‘Tão Seu’, mas outras músicas desse álbum fazem alusão a pontos da cidade de Belo Horizonte, [como] a Avenida do Contorno e também o Cine Pathé".
Por fim, Samuel relembra outros artistas brasileiros que regravaram "Tão Seu" e toca uma versão minimalista da música. Clique no player a seguir para conferir o vídeo completo.
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