Produtor do Abril Pro Rock, lança livro "Memórias de um motorista de turnês"
Por Dulce Reis
Postado em 13 de agosto de 2022
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"Memórias de um motorista de turnês" é a estreia literária de Paulo André Moraes Pires, produtor-executivo e curador de um dos mais relevantes festivais do Brasil, o Abril Pro Rock. O livro é uma revisão de uma vida de intensas experiências com arte, música e mercado cultural através de registros autobiográficos. A publicação tem incentivo do edital Recife Virado – Prefeitura do Recife, com edição da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE).
Na publicação, o leitor vai encontrar crônicas sobre o que aconteceu ― ou do que Paulo André lembra de ter acontecido ― antes, durante e depois das suas "maiores aventuras da vida": as turnês internacionais de Chico Science & Nação Zumbi. Os relatos foram reunidos no início dos anos 2020, impulsionados pelo período da pandemia e do isolamento social. "Me debrucei no acervo, nessa memorabilia. Me inspirei pra escrever textos sobre alguns momentos da minha vida — mas com ênfase, como diz o título do livro, nas andanças com as bandas mundo afora", conta.
Segundo Paulo André, sua "carreira internacional de motorista de turnês" começou na primeira viagem com Chico Science & Nação Zumbi, em 1995, e se confirmou na Afrociberdelia, em 1996. "Foi isso que tentei passar, de quando lembro desses personagens. Quando lembro da gente cruzando com os produtores do Trans Musicales, de Rennes, encantados com o show em Montreux, eu estou ouvindo Chico me dizer ‘meu irmão, te vira, Paulo... eu quero tocar!’, revela Paulo, logo na introdução do livro.
Além dos textos, o leitor vai se deparar com verdadeiros achados ou relíquias, dependendo de quão fã é das tantas bandas e artistas citados no livro. "Quando me tornei profissional da música, sempre tive o cuidado de pedir tudo: o cartaz, o panfleto, a coletânea do festival. Quando vejo os objetos, as fotos, os flyers, as fitas-demo, eles me trazem lembranças não só de situações como dos próprios diálogos", explica.
No livro, muitas dessas memórias materializadas em itens colecionáveis também estão presentes em fotos e arquivos digitalizados. Como é o caso de uma foto de um cheque do lendário CBGB, berço de diversas bandas punk rock, em Nova York, que serviu de pagamento de 100 dólares para Chico Science, em 1995.
Sobre o autor:
Recifense, gerenciador de carreiras artísticas e idealizador do Festival Abril Pro Rock, Paulo André Moraes Pires produziu artistas como Chico Science & Nação Zumbi (e, depois, Nação Zumbi), Cabruêra, DJ Dolores y Orchestra Santa Massa, Siba e a Fuloresta, Cascabulho e Felipe Cordeiro. Com esses, realizou turnês internacionais pioneiras por Estados Unidos, Canadá e Europa. Também criou e dirigiu o Porto Musical. Ocupou as funções de presidente dos Festivais Brasileiros Associados (FBA) e de conselheiro do Porto Digital e da Empresa Pernambuco de Comunicação (EPC). Ainda foi fundador e vice-presidente da Associação Brasileira dos Festivais Independentes (ABRAFIN). Foi curador e realizador da Mostra Poster Arte Design e curador musical de projetos como Womex (World Music Expo) (2010) e Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative (2007–2009), além de ter feito parte do júri de festivais como Candango Cantador (DF), Festvalda (RJ), Microfonia (PE), Festival de Música da Aperipê FM (SE), SESI Música (PE) e Skol Rock.
Mais informações:
www.instagram.com/pauloandremoraespires
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