The Doors: Além da poesia, Jim Morrison queria se dedicar ao jornalismo
Por André Garcia
Postado em 08 de janeiro de 2023
Diversos dos grandes escritores do século passado usaram de sua habilidades na escrita para trabalhar como jornalistas: Ernest Hemingway cobriu a Guerra Civil Espanhola; George Orwell cobriu a Segunda Guerra Mundial; Mark Twain e Hunter S. Thompson cobriram as revoluções culturais e sociais do final dos anos 60.
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Apaixonado por literatura, dramaturgia e cinema, Jim Morrison tinha o desejo de seguir o mesmo caminho, para registrar os acontecimentos que ele testemunhava. Em entrevista de 1969 para a Rolling Stone, ele disse:
"Eu poderia ser um jornalista. Para mim, entrevista é a nova forma de arte. Considero que a autoentrevista é a essência da criatividade: fazer perguntas a si mesmo em busca de respostas. O escritor nada mais faz do que responder a uma série de perguntas não feitas."
"Já pensei em escrever para a imprensa underground, porque não conheço nenhum outro lugar onde você possa ter uma ideia e vê-la impressa quase imediatamente. Eu gostaria de escrever uma coluna para jornais clandestinos. Apenas relatar as coisas que vejo; sem ficção, apenas reportar; [escrever] relatos precisos sobre as coisas que já testemunhei (especialmente em Los Angeles)."
"Acho que tenho medo de desperdiçar muitas ideias boas no jornalismo. Se as mantivesse na cabeça por tempo suficiente, elas poderiam dar em algo. Grandes escritores já foram jornalistas: Dickens, Dostoiévski… e, claro, Mailer — um jornalista contemporâneo."
The Doors
O The Doors foi formado em 1965 em Los Angeles, pelo vocalista Jim Morrison, o tecladista Ray Manzarek, o guitarrista Robby Krieger e o baterista John Densmore. Eles se destacaram por criar músicas que exploravam temas como a liberdade, o amor livre, experimentações e a rebeldia, incorporando elementos de rock, blues, jazz, psicodelia e poesia.
Em sua carreira, o The Doors lançou álbuns clássicos como seu autointitulado debut de 1967 e "Strange Days" (1968), que conquistaram uma legião de fãs. Mas era ao vivo que a banda realmente brilhava, com o magnético carisma de seu vocalista em incendiárias apresentações performáticas para lá de provocativas e imprevisíveis.
A partir de 1968, por outro lado, as frustrações de Jim com a vida de rockstar e sua falta de reconhecimento como um escritor sério o levaram a afundar no alcoolismo. Para piorar, problemas na justiça contribuíram para que ele perdesse o interesse na música e caísse na depressão.
Após terminar sua parte na gravação de "L.A. Woman" (1971), Morrison partiu em retiro para a França, em busca de se recuperar física e mentalmente. Infelizmente, ele jamais retornaria daquela viagem. Poucos meses após o lançamento do álbum, ele foi encontrado morto na banheira aos 27 anos.
Os membros remanescentes ainda tentaram seguir em frente sem seu frontman, mas, após fracassarem com "Other Voices" (1971) e "Full Circle" (1972), não restou a eles outra alternativa se não o fim da banda.
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