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Quando Roberto Carlos foi alfinetado por Raul Seixas, mas o Rei gostou do que ouviu

Por Bruce William
Postado em 03 de fevereiro de 2023

No começo dos anos setenta, Roberto Carlos já era "O Rei". Embora hoje em dia costuma se dizer - principalmente nas redes sociais - que este "endeusamento" tenha acontecido graças à TV Globo, os especiais que eles exibiam só começaram no final de 1974 e praticamente desde o início de sua carreira RC é chamado de Rei. Já em 1965, ele foi literalmente coroado "Rei da Juventude" por Chacrinha em seu programa da TV Excelsior, conforme relata matéria do Splash. E quanto ao "Rei", a matéria aponta mais de uma possível origem, todas surgidas lá na década de sessenta.

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Foto: Reprodução
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Seja como for, em 1973 sem dúvida Roberto Carlos já estava no topo da sua popularidade como artista brasileiro. E no meio do áudio de uma entrevista concedida por ele ao Radialista Bolinha (Antonio Carlos Pereira) em Joaçaba/SC, que pode ser conferido online, aconteceu a seguinte conversa: "Dá pra se notar duas correntes distintas na música popular brasileira: uma que tem Elis Regina com 'Atrás da Porta' e Maria Bethânia com 'Esse Cara'. A outra traz inovações através de Raul Seixas com 'Ouro de Tolo' e o Sérgio Sampaio com 'Cala a Boca, Zebedeu'. Como é que você vê essas correntes musicais atualmente?", pergunta Bolinha.

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Roberto coloca na mesa seu ponto de vista: "Naturalmente que a música não pode ser uma coisa só, e aliás, nada pode ser uma coisa só, pelo menos se tratando de arte. Cada tipo de arte deve abordar um tema, um estilo. Naturalmente que, se tratando de música, lógico, tem que haver dois, ou três, ou quatro, ou mil estilos. É uma questão de gênero. Por exemplo: Raul Seixas fala uma linguagem... trata os assuntos de uma forma, eu acho, muito interessante. É uma forma de inverter os valores. Isso tudo foi lançado, esse tipo de mentalidade, pelos hippies. Bob Dylan já falou também dessas coisas assim. Agora, no Brasil, atualmente, eu acho que o Raul Seixas é o primeiro a falar dessas coisas dessa forma..."

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Neste ponto, Roberto percebe que seu raciocínio não parece estar 100% correto e faz um ajuste: "Não, o Caetano Veloso falou de uma forma mais ou menos assim em 'Alegria, Alegria', só que não foram todas as músicas que Caetano continuou fazendo naquele estilo. E Raul Seixas agora abordou esse tipo de música, esse tipo de letra com muita categoria e muita inteligência, porque ele é um rapaz realmente muito inteligente, e sobretudo muito culto porque eu conheço o Raul pessoalmente da CBS. E tá fazendo um sucesso grande. E sobretudo merecido".

Bolinha então aproveita para perguntar a Roberto: "Você já gravou Caetano, você gravaria Raul Seixas?". O cantor respondeu de pronto: "Gravaria, naturalmente! Depende sempre do tipo de música que ele me desse e naturalmente eu me sentisse bem interpretando, e outra coisa: que condissesse exatamente com aquilo que eu penso".

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Roberto com certeza não se lembrava, mas ele na verdade já havia conhecido Raul lá dos anos sessenta, mais precisamente de 1965, quando ele se apresentou em um programa de calouros lá na TV Itapoan em Salvador, e um muito jovem Raulzito era integrante da banda Os Panteras (The Panthers). Inclusive existe até uma foto registrando o encontro dos dois músicos.

O fato é que, no vídeo onde conta a história da canção do Raul, o jornalista e historiador do Rock Nacional Júlio Ettore explica que a música fazia uma crítica direta ao Roberto Carlos: "Diversas interpretações apontam que 'Ouro de Tolo' seria o Raul olhando para os queridinhos do sistema, que fizeram muito sucesso - no entendimento dele, com muita facilidade - enquanto ele era o questionador, e que encontrava mais obstáculos para mostrar o trabalho dele", diz Júlio, observando que Raul fez a canção com uma levada "brega" para que fosse uma cópia "propositalmente mal feita" de alguma música do Roberto Carlos, pois Raul teria intenção de ironiza-lo.

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Por fim, Júlio conta que o livro "Raul Seixas - Não Diga Que A Canção Está Perdida" de Jotabê Medeiros cita que "Ouro de Tolo" faz menção à "Sentado à beira do caminho", composta e lançada por Roberto e Erasmo Carlos em 1969. "Elas são bem parecidas", comenta Júlio, mostrando ainda o trecho de outra música de Roberto, "A Montanha", lançada em 1972, onde ele cantava: "Por isso eu digo / Obrigado, Senhor / Mesmo que eu chore". Como sabemos, Raul começa "Ouro de Tolo" cantando: "Eu devia agradecer ao Senhor por ter tido sucesso na vida".

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Sobre Bruce William

Quando Socram chegou no Whiplash.net era tudo mato, JPA lhe entregou uma foice e disse "go ahead!". Usou vários nomes, chegou a hora do "verdadeiro". Nunca teve pretensão de se dizer jornalista, no máximo historiador do rock, já que é formado na área. Continua apaixonado por uma Fuchsbau, que fica mais linda a cada dia que passa ♥. Na foto com a Melody, que já virou estrelinha...
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