Ozzy Osbourne sobre seu álbum que menos gosta: "Soava tudo a mesma m*rda"
Por André Garcia
Postado em 24 de abril de 2023
Ozzy Osbourne revelou ser "The Ultimate Sin" (1986) o álbum que menos gosta em sua extensa discografia — composta por 13 álbuns de estúdio. Todo pai diz que ama a todos os filhos por igual, mas com tantos assim, é previsível sair pelo menos um patinho feio.
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Em entrevista para a Rolling Stone em 2019, para promover o boxset "See You on the Other Side", o Mad Man foi honesto:
"Ron Nevison não fez um grande trabalho na produção. Não é que as músicas fossem ruins; elas apenas foram gravadas de forma estranha. Tudo parecia e soava a mesma merda. Não tinha imaginação. Se tem um álbum que eu gostaria de remixar e consertar, é 'The Ultimate Sin'."
Só que a produção não foi o único problema do álbum: na época, a vida de Ozzy era um turbilhão regado a cocaína e álcool em doses cada vez maiores, e turbinado pelo status de celebridade nos Estados Unidos. Como se não bastasse, a mudança de formação prejudicou aquele trabalho também no quesito composição, como relembrou certa vez o baixista Bob Daisley:
"Eu escrevi o álbum com Jake e depois eu e Ozzy tivemos uma briga: ele me demitiu, e ia demitir Jake também. Eu nunca fui cara submisso. Algumas semanas depois, ele me ligou e tinha o Phil Soussan no baixo; mas, como eu já tinha escrito grande parte das músicas com Jake, eles sabiam que tinham que me creditar nas músicas de qualquer jeito. Então acredito que ele resolveu aproveitar que teria que me pagar e me pediu para voltar e escrever as letras também. Fiz como um trabalho freelance: eu escrevo, você me paga, você leva. Então, passei algumas semanas escrevendo as letras para o álbum todo. Depois eles gravaram. De certa forma, estou feliz por não estar naquele álbum — é o único que eu realmente não gostei."
Quarto álbum solo de Ozzy Osbourne, "The Ultimate Sin" alcançou a posição #6 nas paradas de sucesso dos Estados Unidos, certificado disco de platina em 1992. Apesar da popularidade do vocalista na América do Norte, o álbum não foi muito bem recebido. A maior crítica ficou para a produção, que se deixou levar pelas tendências da época, e acabou com uma sonoridade genérica, que ficou datada muito rápido.
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